Recorde aqui as incidências do encontro
Depois do triunfo em Portimão por 1-2, o AVS partia em vantagem para este duelo decisivo e deixou as responsabilidades nas mãos dos primodivisionários, que este domingo contaram com o regresso de Filipe Relvas ao onze, em vez de Seck.
Por seu lado, Jorge Costa apostou no mesmo onze, exceto a entrada de Edson Farias por Fábio Pacheco, expulso por acumulação de amarelos na primeira mão.
Muita vontade, pouca frieza
De facto, até foram os algarvios a entrarem melhor no jogo aproveitando o bloco baixo dos avenses, sempre com o pé direito de Carlinhos como sistema de navegação e Hélio Varela como desequilibrador. Essa melhor entrada, no entanto, não se traduziu em oportunidades claras para golo e o AVS foi-se soltando das amarras, apesar de lesão de Tunde - melhor em campo na primeira mão -, que foi rendido por Eric Veiga, aos 20 minutos, que se estreou esta época depois de um longo período de lesão.
Numa série de lances consecutivos, John Mercado começou a abrir o livro com cruzamentos muito perigosos para o matador de serviço, Nenê. Num deles chegou atrasado ao cruzamento, no outro cabeceou perto do poste. Mercado também tentou a sua sorte, mas foi negado por uma grande intervenção de Vinicius.
Na resposta, Hélio Varela fugiu na grande área e rematou para uma grande defesa de Simão Bertelli para canto. Mas Mercado estava intratável e continuava a criar perigo a partir do flanco esquerdo: aos 35 minutos, serviu Léo Alaba ao segundo poste, mas o remate do lateral foi travado pelas pernas de Vinicius.
A cinco minutos do intervalo, um lance feio entre Edson Farías e Gonçalo Costa levou o árbitro João Pinheiro a mostrar o cartão vermelho ao defesa do AVS, mas depois de consultar o monitor do vídeo-árbitro, a admoestação foi anulada.
Abertura do Mercado da Liga Portugal
Sem alterações depois do descanso, a pressão do resultado (e de Nenê) abriu a porta aos erros algarvios. Aos 52 minutos, o avançado brasileiro teve um trabalho fundamental que não será espelhado nas estatísticas, mas que foi de capital importância para o golo inaugural. Depois de um alívio, Lucas Ventura e Pedrão hesitaram perante a aproximação de Nenê, a bola ficou nos pés de John Mercado, que contornou Vinícius e lançou a festa nas bancadas.
A precisar de dois golos para igualar o play-off, Paulo Sérgio foi ao banco à procura de respostas e lançou desde logo Sylvester Jasper, com resposta dos anfitriões que lançaram Stênio para segurar o miolo. Mas os algarvios estavam de cabeça perdida e cabisbaixos, ameaçando de forma algo tímida a baliza de Bertelli.
Já se festejava na Vila das Aves, ao mesmo tempo que Paulo Sérgio desesperava no banco dos alvinegros. Ronie Carrilo, Luan Campos, Dener e Davis Silva foram lançados, mas exceto um remate cruzado de Luan para defesa tranquila, pouco ou nada criaram perigo.
Benny desfaz as dúvidas e lança os foguetes
Com os algarvios totalmente desesperados no ataque, a velocidade de Mena pelo flanco direito ameaçava as costas e permitia aos avenses respirar. Num desses lances, aos 89 minutos, o extremo galgou terreno, deixou dois adversários para trás e a bola eventualmente foi parar aos pés de Benny à entrada da área. O médio não se fez rogado e rematou forte e colocado para fazer o 2-0 e soltar a festa no relvado e nas bancadas.
Já com o jogo resolvido, surgiu a melhor ocasião para o Portimonense, num remate de longe de Igor Formiga para uma grande defesa de Simão Bertelli. Na insistência após o pontapé de canto, Hélio Varela lançou Pedrão na área, o central cruzou para a pequena área e Ronnie Carrilo fez o desvio para o 2-1.
Insuficiente para alterar o rumo dos acontecimentos, mas ainda a tempo para aquecer o ambiente e levar a imagens feias depois do reatamento, que levaram às expulsões de Fernando Fonseca e Pedrão.
Homem do jogo Flashscore: John Mercado (AVS).
