O arranque de época do Benfica não está a ser o desejado. À derrota com o Famalicão na primeira jornada da Liga seguiu-se uma exibição confrangedora diante do Casa Pia, pelo menos durante 65 minutos.
É nesse momento que é lançado Tiago Gouveia. Com a irreverência própria de um jovem determinado a mostrar que pode ser opção e as características de um extremo que consegue desequilibrar – o único na ficha de jogo com esses predicados – o internacional sub-21 português virou o jogo de pernas para o ar e ajudou a desmontar o bloco dos gansos.
Assistiu Vangelis Pavlidis para o primeiro golo e ele próprio fez o segundo, acalmando os ânimos de um caldeirão da Luz que estava pronto a explodir mais uma vez contra Roger Schmidt.
Testado a lateral-direito na pré-temporada para ser opção a Bah, com guia de marcha para o estrangeiro, Tiago Gouveia acabou por ficar no plantel e ser utilizado devido à venda de David Neres para o Nápoles. O extremo não parece encaixar numa ideia de jogo que já provou que não é eficaz – Aursnes e João Mário foram os dois jogadores mais ofensivos nas faixas nas duas primeiras rondas – e é agora o único de uma raça que está em extinção no plantel encarnado.
Mas foi a sua irreverência que garantiu uma semana mais tranquila a Roger Schmidt. Terá encontrado finalmente espaço no plantel e, mais importante, dentro da ideia do técnico alemão? Afinal, parece haver espaço para um jogador assim ser feliz na Luz e fazer da Luz feliz.
Leia aqui os outros Momentos Flash
