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Momento Flash da semana: Um artístico azarado que isola ainda mais o líder

Bruno Henriques
Momento Flash da semana: Um artístico azarado que isola ainda mais o líder
Momento Flash da semana: Um artístico azarado que isola ainda mais o líderProfimedia
Todos os dias há belos momentos no desporto nacional, mas há destaques e destaques. Nesta nova rubrica, o Flashscore traz-lhe o melhor momento da semana, focando-se maioritariamente - mas não exclusivamente - no futebol português. Entre golos, defesas, cortes ou simplesmente um gesto, vai poder ver aqui o que realmente importa: o jogo bonito.

É, talvez, um dos jogadores mais enigmáticos do futebol português. Ninguém tem dúvidas da qualidade de Pedro Gonçalves que desde 2019, quando regressou a Portugal depois das aventuras em Espanha (Valência) e Inglaterra (Wolverhampton) tem vindo numa trajetória ascendente.

Foi a principal figura do Sporting campeão em 2020/21, sucedeu a Simão Sabrosa (2002/03) como o primeiro melhor marcador do campeonato sem ser um avançado, e é das poucas peças fixas quando Rúben Amorim começa a desenhar um onze.

Contudo uma das perguntas mais elementares que se pode fazer no futebol pode tornar-se num quebra-cabeças relativamente a Pedro Gonçalves: em que posição joga? Não é um extremo, mas atua no trio da frente, não é um médio mas tem capacidade de partilhar um meio-campo a dois. 

Os números de Pedro Gonçalves desde que chegou ao Sporting
Os números de Pedro Gonçalves desde que chegou ao SportingFlashscore, Sporting CP

Roberto Martínez olha para ele como um médio. A pista ficou dada quando no domingo falou de Pedro Gonçalves como “o jogador mais azar”, numa entrevista ao Record, justificando a ausência do jogador de 25 anos das escolhas do novo selecionador de Portugal com a concorrência que enfrenta de nomes como Bruno Fernandes, Bernardo Silva ou Vitinha.

Um dia depois, Pedro Gonçalves, a jogar no trio da frente, mostrou que, acima de tudo, estando em campo tem capacidade para ser decisivo e diferenciado. Numa época onde está ofuscado, em termos mediáticos, pelos golos de Viktor Gyökeres, o médio mostrou que está presente, e logo num momento que poderá vir a ser fulcral para o desenrolar da época.

A vencer por 1-0 no estádio do Bessa, o Sporting parecia que não ia conseguir aumentar a distância para o Benfica quando viu Bozenik empatar aos 77 minutos. O lance foi anulado por fora de jogo, mas a sensação de instabilidade já lá estava e só um momento de génio, aos 85 minutos é que permitiu aos adeptos leoninos respirar.

Ricardo Esgaio surgiu pela direita e cruzou para a área onde apareceu Pedro Gonçalves a colocar de calcanhar a bola no fundo das redes de João Gonçalves. Um golo que carimbou definitivamente três pontos (os da vitória e os que agora o leão tem de distância para o segundo classificado).

Um azarado com génio artístico.

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A escolha de Bruno HenriquesFlashscore