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Nélson Oliveira e a passagem pelo Benfica: "Jorge Jesus nem nos chamava pelo nome"

Nélson Oliveira no podcast oficial do Vitória SC
Nélson Oliveira no podcast oficial do Vitória SCVitória SC
Nélson Oliveira, avançado português de 33 anos, regressou na última temporada a Portugal, pelas portas do Vitória SC, depois de ter passado por Espanha, França, País de Gales, Inglaterra, Grécia e Turquia, após ter deixado o Benfica em 2014. Em entrevista ao "Dezanove22", podcast oficial do Vitória SC, o internacional português recordou a sua passagem pela equipa principal dos encarnados.

Passagem pelo Benfica: “Fui treinado pelo Jorge Jesus quando estive no Benfica. Algumas histórias não posso contar. Às vezes nem é bem sobre as histórias, são as expressões dele. As histórias têm mais graça quando eram com os outros. Quando é connosco não tem a mesma graça. A mim e aos outros miúdos nem nos chamava pelo nome. Às vezes chamava-me Nélson de Oliveira. É muito engraçado, mas quando as histórias são contigo dá alguma azia. Quando trabalhei com ele, eu tinha 19, 20 anos. É claramente um treinador diferenciado no sentido tático e dos aspetos do jogo."

Passagem para a equipa principal: “A minha estreia como sénior foi no Rio Ave. Ainda era júnior. Na minha altura, o campeonato não era tão competitivo como agora. Não estava tão bem organizado. Agora há a Youth League, por exemplo. Na altura, eu já não estava a evoluir muito naquele nível. Estive até janeiro nos juniores e depois fui experimentar o futebol sénior. Não havia equipas B nem nada disso. Houve um choque de passar de um balneário de miúdos para um balneários sénior. Apanhei algumas carcaças fixes, porreiras. Foi um momento bom. Aqueles seis meses ajudaram-me para a época seguinte no Paços de Ferreira e com o Mundial sub-20. Foram meses importantes. Houve aquele choque de chegar ali e já não ser um miúdo. Aliás, era um miúdo, mas já não estava num ambiente de miúdos.”

Escolha pelo Vitória: "Apesar de ter passado pela formação do SC Braga, sempre disse, entre amigos, que gostava de jogar no Vitória e ter esse privilégio quando regressasse a Portugal. Não estava feliz na Turquia. Foi uma má experiência. Mandei uma mensagem ao meu empresário a dizer que se o Vitória estivesse interessado em mim e quisesse um avançado, não me importava de perder dinheiro porque eu gostava de jogar no Vitória. Ele falou com quem tinha de falar e o interesse foi mútuo."

Primeira temporada: "Se calhar estava mesmo para restauro quando vim como escreveram. Não pela idade. Era mesmo pela forma como eu estava. Não cheguei aqui na minha melhor versão. Sabia que, mesmo não vindo na melhor versão, poderia ajudar. Mesmo no último ano, apesar de não estar tão bem fisicamente como este ano, houve jogos em que consegui dar o meu contributo."

Grupo de trabalho: "Foi importante vir para um grupo assim. Eu vinha num período em que precisava de chegar a um grupo e sentir alegria, camaradagem, bom ambiente e que não é cada um por si em que treinas e vai cada um à sua vida. Cheguei a um grupo assim. O pessoal tem prazer em ir para ali e brincar uns com os outros. Foi muito importante para mim. Nós estamos a jogar bem e numa boa fase agora, mas não começamos ontem. Começamos em junho a trabalhar."

Dívida de gratidão: "O Vitória realmente acreditou em mim num momento em que eu não estava tão bem. Eu sinto que tenho essa dívida, entre aspas, com o clube. Não é uma dívida, na verdade. Sempre dei tudo de mim por onde passei, mas sinto-me grato ao Vitória por ter vindo aqui parar. Além disso, tive sorte com o grupo que apanhei. Apanhei um grupo espetacular e que gosta de brincar. É um grupo unido."