Onze da 10.ª jornada para o Flashscore: A legião de Banza, o mágico Edwards e o muro Carné
Guarda-redes:
Marcelo Carné (Estoril) – 8,2
Depois de se ter destacado no Marítimo, o guarda-redes brasileiro de 33 anos manteve-se na Liga ao mudar-se para o Estoril. Partiu atrás de Dani Figueira, mas ganhou o lugar ao então capitão da equipa e tem vindo a demonstrar o porquê, sendo que a exibição no Estádio do Dragão fica certamente marcada entre as melhores da carreira. Defendeu tudo o que havia para defender, incluindo um penálti de Taremi, e foi uma das chaves da vitória do então último classificado da Liga no Estádio do Dragão.
Defesas:
Tem sido uma época complicada para o Rio Ave, sobretudo se tivermos em conta a impossibilidade do clube de se reforçar. Era essencial manter os bons valores do plantel e Costinha está entre eles. O lateral-direito foi decisivo no regresso aos triunfos dos vila-condenses, com um cruzamento milimétrico para a cabeça de Fábio Ronaldo, que abriu o marcador diante do Boavista.
Marcelo (Moreirense) – 7,8
Muito da época tranquila do Moreirense tem passado pela qualidade dos centrais. Aos 34 anos, Marcelo regressou a Portugal depois de um périplo pelo Médio Oriente e está a confirmar a imagem de qualidade que deixou. Na jornada passada marcou o golo do triunfo, desta feita foi essencial para manter a baliza a zeros diante do Vitória de Guimarães.
Francisco Moura (Famalicão) – 8,2
É um dos pontos fortes do Famalicão. Capaz de dar profundidade pela esquerda, consegue acrescentar em termos ofensivos à equipa de João Pedro Sousa. Marcou o segundo golo da equipa frente ao Gil Vicente e assistiu para Chiquinho fazer o terceiro, em mais uma exibição que confirma o potencial que se lhe adivinhava.
Médios:
Tem estado na sombra de Álvaro Djaló, mas o internacional português de 29 anos voltou a brilhar diante do Portimonense. Com a equipa a perder por 0-1 ao intervalo, foi dele a assistência para o golo do empate, que abriu caminho à goleada.
Ricardo Horta (SC Braga) – 8,6
É caso para dizer que o capitão indicou o caminho da reviravolta. Foi dele o golo do empate que lançou o SC Braga para a goleada diante do Portimonense, num jogo que ameaçava lançar novamente as nuvens das desconfianças sob a equipa de Artur Jorge, antes do importante duelo da Liga dos Campeões com o Real Madrid.
João Neves (Benfica) – 8,5
Deslocado do meio-campo neste novo sistema de três centrais do Benfica, o jovem médio está a mostrar uma versatilidade importante para Roger Schmidt. Capaz de dar profundidade pelo lado direito da defesa, acaba por estar também diretamente envolvido no resultado, ao sofrer a grande penalidade que resultou no segundo golo do Benfica.
Marcus Edwards (Sporting) – 9,2
O internacional inglês é um caso diagnosticado de falta de consistência. A qualidade técnica é sobejamente conhecida e quando a consegue colocar em ação é capaz de emular lances mágicos. É ele que puxa o Sporting num momento de maior aperto, após a reviravolta do Estrela da Amadora (1-2) com um lance de mágica, daqueles que vale a pena pagar bilhete. Como se isso não bastasse, assistiu Paulinho para o golo da vitória (3-2).
Avançados:
Bruno Duarte (Farense) – 8,6
De regresso a Portugal depois de experimentar o futebol saudita, o avançado brasileiro foi uma adição bem-vinda ao Farense. Combativo, ajudou a equipa a garantir uma importante vitória sobre o Arouca e ainda inscreveu o nome na lista de marcadores, com um penálti convertido.
Viktor Gyökeres (Sporting) – 8,2
O sueco não marcou, mas não deixou de ser uma peça importante na vitória do Sporting. Permite à equipa de Rúben Amorim arrancar para o ataque rapidamente e tem demonstrado que não tem só olhos para a baliza. Saiu do jogo com o Estrela da Amadora com duas assistências. E se é verdade que na segunda limitou-se a dar a bola a Edwards que resolveu, no primeiro lance encontrou Daniel Bragança à entrada da área.
Melhor jogador da 10.ª jornada: Simon Banza (SC Braga) – 10
É, muito provavelmente, a exibição mais dominadora de um avançado até ao momento nesta edição da Liga. O SC Braga marcou seis golos ao Portimonense e quatro deles tiveram contribuição de Simon Banza (completou um hat-trick e assistiu Álvaro Djaló). Depois de um arranque de época complicado, em que parecia estar a perder a luta com Abel Ruiz, o internacional pela República Democrática do Congo está a assumir-se decisivo na manobra da Artur Jorge. Com 17 jogos, já só está a quatro golos de igualar a marca (14) alcançada nas 47 partidas que fez na época passada. É o melhor marcador destacado do campeonato.