Onze da 27.ª jornada para o Flashscore: Ricardo Velho segura a baliza mesmo na derrota
Defesas:
Num Benfica marcado pela inconsistência, Fredrik Aursnes até parece corpo estranho pela consistência do seu jogo, independentemente da posição. O norueguês voltou ao corredor esquerdo, onde fez uma exibição sólida, com três duelos ganhos e três passes decisivos como destaque.
Larrazabal (Casa Pia) - 8.1
A exibição do Casa Pia foi personalizada e marcada por grandes momentos, um deles já nos descontos. Depois de 90 minutos de alta rotação, o espanhol Gaizka Larrazabal teve pulmão e energia para fazer todo o corredor direito e selar a goleada frente ao Vizela com um remate forte já no interior da área adversária. Fez lembrar outro lateral espanhol que passou recentemente por Portugal (Pedro Porro).
Nuno Santos (Sporting) - 8.0
Nuno Santos tem uma característica que faz com que seja capaz de aparecer em momentos decisivos para fazer a diferença e ajudar a equipa. Num jogo que começou difícil para o Sporting, o ala percorreu o corredor esquerdo para acreditar numa jogada pela direita e apareceu no sítio certo para fazer o desvio que acabou por resultar no golo do triunfo leonino.
Médios:
Roger Fernandes (SC Braga) - 8.3
Num jogo que servirá, muito provavelmente, como despedida para Artur Jorge, Roger Fernandes mostrou que um dos legados do treinador é o próprio extremo. Lançado na equipa principal por Carvalhal, foi aposta regular nos últimos meses e tem vindo a afirmar-se cada vez mais. Em Portimão, apareceu em grande estilo para fazer duas assistências e marcar um golo, mostrando que há futuro em Braga, apesar das saídas de Álvaro Djaló e do próprio treinador.
João Neves (Benfica) - 8.6
Hugo Souza defendeu os penáltis de Di María e Arthur Cabral e deixou a Luz em estado de nervos, até que apareceu o menino do costume. João Neves, aos 19 anos, voltou a assumir as responsabilidades da equipa de Roger Schmidt e, de cabeça, fez o golo da vitória frente ao Chaves. Talvez seja melhor começar também a bater penáltis...
Morlaye Sylla (Arouca) - 7.9
O resultado não traduz o domínio do Arouca, muito por culpa do homem que viria a ser o melhor da ronda segundo o algoritmo do Flashscore, mas a boa exibição da equipa de Daniel Sousa esteve à vista durante a partida. Sylla, provavelmente um dos destaques mais subvalorizados em Arouca, mostrou isso mesmo com uma exibição completa, onde se destacam os quatro remates e os seis duelos ganhos.
Trincão (Sporting) - 8.1
A chamada à seleção provocou um sabor agridoce a Francisco Trincão, que foi obrigado a regressar ao clube com uma lesão. Em Alcochete, o esquerdino não deu o tempo como perdido, recuperou e voltou à boa forma que tinha mostrado no início do ano civil. Uma exibição de encher o olho na Reboleira, com influência direta nos dois golos do Sporting.
Avançados:
Di María (Benfica) - 8.3
Já o escrevemos aqui e voltamos a repetir: mesmo num jogo em que não brilha (até falha um penálti), Di María é um elemento diferenciador neste Benfica. Foi do pé esquerdo do argentino que saiu a bola para o golo que decidiu a partida.
Felippe Cardoso (Casa Pia) - 9.0
A saída de Clayton deixou uma falha ofensiva no Casa Pia, mas Felippe Cardoso já mostrou ser capaz de preencher esse espaço. Depois do bis frente ao Moreirense, em janeiro, voltou a marcar em dose dupla para fechar o mês de março. O segundo golo, de nota artística elevada, merece ser visto e revisto.
Cristo González (Arouca) - 8.7
Depois de duas derrotas consecutivas e sem golos de Cristo, o espanhol voltou a aparecer para decidir o jogo em Arouca, aproveitando a assistência de Mujica. Uma dupla já conhecida do burgo que voltou a fazer a diferença para impôr o nono jogo consecutivo sem triunfos ao Farense.
Melhor jogador da 27.ª jornada: Ricardo Velho (Farense) - 9.2
O Farense está há nove jogos sem saber o que é vencer, mas Ricardo Velho está bem longe de ser um dos responsáveis da má fase dos Leões de Faro. Num jogo em que a equipa algarvia foi derrotada, o guardião de 25 anos, uma das revelações da época na Liga Portugal, revelou-se fundamental para manter a margem mínima no resultado, numa partida em que o Arouca fez 28 remates, 15 deles à baliza, e o guardião registou 13 defesas.