Onze da 6.ª jornada para o Flashscore: Samba de Neres comanda legião minhota
Guarda-redes
Luiz Júnior (Famalicão) – 8,5
É o rosto mais visível da melhor defesa do campeonato após seis jornadas (três golos sofridos). Voltou a ser decisivo contra o Arouca, com quatro defesas a um bom nível e uma quinta que acabou por não contar: no início do segundo tempo, defendeu um penálti batido por Sylla, mas uma invasão da área por parte de Zaydou Youssouf levou à repetição (que não foi convertida).
Defesas:
Víctor Gómez (SC Braga) – 8
Diante do então líder, o lateral-direito espanhol, que tem sentido algumas dificuldades neste arranque de época, teve espaço para brilhar, aproveitando o facto de o Boavista ter ficado reduzido a 10 à passagem da meia-hora. Assistiu Ricardo Horta, deu profundidade pelo flanco direito e só ficou manchado pelo golo de Tiago Morais, em que é apanhado demasiado alto no terreno.
Otávio (Famalicão) – 8,3
Se Luiz Júnior mereceu créditos, Otávio também não fica muito atrás na importância que tem na melhor defesa do campeonato. A cumprir o segundo ano em Portugal, este em plena afirmação, o central de 21 anos é um dos bons centrais da Liga e complementou um excelente jogo defensivo (ganhou seis duelos) com o golo da vitória.
Serdar Saatci (SC Braga) – 8
O turco de 20 anos começa a reclamar mais tempo de jogo. Contratado na época passada ao Besiktas, tem vindo a somar mais minutos esta época com Artur Jorge e está a bater à porta do onze, com contribuições efetivas. Foi titular pela primeira vez, ao lado de Niakaté, e teve um bom jogo contra um dos melhores ataques do campeonato (pese embora reduzido a 10 desde os 31 minutos), com oito duelos ganhos e sete interceções. Permite também aos bracarenses jogar com a linha defensiva mais subida, em relação a José Fonte.
Médios:
Iván Jaime (FC Porto) – 8,1
Seria sempre difícil de encontrar um substituto de Otávio, uma rara combinação de um jogador criativo e agressivo defensivamente, mas, pelo menos na primeira parte, Iván Jaime encaixa que nem uma luva. A afirmar-se no onze – ainda sem “estar à vontadinha” – o espanhol é quem a equipa procura para construir jogadas de perigo. Estreou-se também a marcar de dragão ao peito.
Al Musrati (SC Braga) – 8,6
O médio transmite qualidade inegável ao meio-campo minhoto, com qualidade de passe e inteligência a ocupar espaços em termos defensivos. Assinou (mais uma) boa exibição com a conversão de uma grande penalidade, o terceiro tento esta temporada, e já está perto de igualar o máximo de golos numa época da carreira (cinco)
Eustaquio (FC Porto) – 8,2
O médio de 26 anos está a crescer em termos de importância no FC Porto e nem a chegada de nomes mais sonantes como Alan Varela ou Nico González lhe retiram importância. A jogar num meio-campo a três, como um 8 tem ajudado defensivamente e ofensivamente. Desta vez, coube-lhe a ele o papel de herói ao marcar o golo da vitória do FC Porto aos 90+1 minutos.
Alanzinho (Moreirense) – 8,4
É uma das grandes figuras deste Moreirense. Decisivo na subida, este criativo médio de 23 anos não sentiu a mudança de patamar e na Liga tem sido o grande dínamo ofensivo da equipa de Rui Borges. Garantiu a vitória diante do Farense, com aquele que foi o segundo golo em seis jornadas (a que junta mais duas assistências).
Avançados:
É um caso de um patinho feio que virou cisne. Esta época ainda não tinha jogado sem Gyökeres ao lado, mas na segunda-feira foi chamado a liderar a linha de ataque frente ao Rio Ave. Não desiludiu e apontou o quinto golo na Liga, sendo que já igualou o total de tentos no campeonato passado, que disputou 22 jornadas.
Léo Jabá (Estrela da Amadora) – 8,7
Aos 25 anos, o extremo brasileiro é talvez o nome mais sonante deste Estrela da Amadora. Campeão com o Corinthians e com o PAOK (com quem disputou Liga dos Campeões), está a tentar reavivar a carreira na Europa e Sérgio Vieira agradece. Assistiu e marcou no empate com o Chaves, sendo a principal fonte de perigo dos tricolores.
Melhor jogador da 6.ª jornada: David Neres (Benfica) – 9,4
É, talvez, o grande pecado de Roger Schmidt neste Benfica. A chegada de Ángel Di María tirou-lhe os minutos que pretendia (já que o treinador alemão prefere a segurança de João Mário numa ala a ter dois fantasistas ao mesmo tempo nos flancos) e que tem vindo a reclamar com exibições nas oportunidades que tem. Sem o astro argentino disponível, foi lançado no onze em Portimão e, sem surpresa, foi o grande destaque do Benfica na frente de ataque. Assistiu Musa e tranquilizou os adeptos com o terceiro golo que colocou um ponto final nas dúvidas quanto ao vencedor do jogo. São já três assistências e um tento em apenas 172 minutos (uma média de 28 minutos por partida) no campeonato. Um talento puro, quase sempre decisivo quando entra, e que é um luxo ter no banco de suplentes.