Os 12 destaques da Liga Portugal para o Flashscore
Viktor Gyökeres (Sporting)
Não restam dúvidas que Viktor Gyökeres foi a grande figura da Liga Portugal. Melhor marcador do campeonato, o sueco justificou a forte aposta do Sporting na sua contratação e deixou meia Europa atenta às suas exibições. Difícil de segurar (pelos defesas, mas também pelo Sporting), é pouco provável que continue mais uma época em Portugal, mas depois do que fez pelo Sporting, conseguindo conquistar em Portugal o primeiro título da carreira, é justo que o próprio decida o próximo passo da carreira. Aconteça o que acontecer, já ficou na história do emblema leonino - acabou o campeonato com 29 golos (média de 0,9 golos por jogo), nove assistências e foi um monstro nos duelos (média de 6,8 ganhos por jogo).
Rafa Mujica (Arouca)
Se Gyökeres ainda vai decidir o seu futuro no verão, Mujica vai de férias já com destino traçado. O espanhol teve uma boa primeira época em Portugal, mas explodiu definitivamente nesta segunda temporada, apresentando números muito acima da média numa equipa que teve um início de época difícil. Marcou 23 golos e ainda fez cinco assistências, ficando apenas a nove tentos do melhor marcador da história do Arouca, Joeano. No entanto, deixa uma marca bem importante na equipa arouquense - o Al-Saad vai pagar cerca de 10 milhões de euros pela contratação da revelação espanhola.
Cristo González (Arouca)
Era impossível fazer uma lista de destaques do Arouca e incluir apenas um jogador espanhol. Se Mujica impressionou pela veia goleadora, Cristo González foi um misto de tudo. Classe com bola, inteligência nas movimentações e capacidade para assumir o jogo nos momentos mais delicados, o que explica a quantidade de remates efetuados (máximo na Liga Portugal). Formado no Real Madrid, mostrou pergaminhos na primeira época em Portugal e promete dar o salto já neste verão, depois de um registo impressionante de 17 golos e 10 assistências em 41 jogos.
Francisco Conceição (FC Porto)
O regresso do extremo ao Estádio do Dragão gerou algumas questões, mas as respostas de Francisco Conceição foram dadas ao longo da época, de tal forma que acabou por assinar pelo FC Porto em definitivo, depois de um curto período no Ajax. O esquerdino foi sempre o elemento mais esclarecido ao longo da época no ataque portista, acabando por ganhar a titularidade e por convencer Roberto Martínez a convocá-lo para a seleção nacional. Um desequilibrador muito forte no um para um, o melhor da Liga Portugal neste aspeto com mais de 11 dribles por jogo, é cada vez mais inteligente na ocupação de espaços centrais e foi o elemento diferenciador na ofensiva portista.
Jota Silva (Vitória SC)
A época memorável de Jota Silva merecia o devido destaque neste espaço. O extremo, que chegou a passar pelos campeonatos distritais, completou a sua caminhada com uma incrível chegada à seleção nacional, pela qual realizou duas partidas. Para isso, contribuiu e muito a excelente temporada do ex-Casa Pia em Guimarães. O avançado foi o grande destaque da equipa comandada por Álvaro Pacheco (que entretanto saiu), apresentando em campo o espírito competitivo que os adeptos do Vitória SC exigem desde as bancadas. À esquerda, à direita ou ao centro, nunca desiludiu e acabou o campeonato com 12 golos marcados, cinco passes para golo e muitos quilómetros nas pernas - surge entre o top 5 nas estatísticas de duelos ofensivos, dribles por jogo, corridas progressivas e recuperações no último terço.
Ricardo Velho (Farense)
Um dos nomes mais indiscutíveis da temporada. Se o Farense conseguiu garantir a manutenção com relativa tranquilidade, muito o deve a Ricardo Velho. O guardião de 25 anos foi uma autêntica revelação esta temporada, acabando com a melhor média pontual entre os guarda-redes do Flashscore, com 7.2. Depois de terminar a formação em Braga, mudou-se para Faro, subiu de divisão e, na estreia no primeiro escalão, mostrou capacidade para outros voos, contribuíndo para sete clean sheets na equipa de José Mota, com uma média superior a quatro defesas por jogo.
Simon Banza (SC Braga)
Só mesmo o forte impacto de Viktor Gyökeres conseguiu tirar os holofotes à época de Simon Banza. O avançado congolês lutou quase até ao fim com o sueco pelo estatuto de melhor marcador da Liga Portugal, acabando prejudicado pela presença na CAN, que fez com que participasse em apenas 28 partidas, o que significa que alcançou uma média de 0,75 golos por jogo, apenas superado, claro está, por Gyökeres. A ausência de Banza pesou na pior fase da temporada dos arsenalistas, que sentiram falta do seu melhor goleador para decidir jogos importantes que acabaram por retirar a equipa da luta pelos primeiros lugares. Forte no jogo aéreo (marcou 10 golos de cabeça esta época), ainda foi capaz de criar oportunidades para o conjunto bracarense, acabando a época com seis assistências no campeonato.
Gonçalo Franco (Moreirense)
Ainda não foi desta que o Moreirense conseguiu estrear-se nas competições europeias, mas a equipa de Moreira de Cónegos voltou a ser uma das grandes surpresas da Liga Portugal. Numa época marcada pelo recorde pontual, a equipa comandada por Rui Borges perdeu a principal referência ofensiva em janeiro, mas Gonçalo Franco ficou para guiar o Moreirense no que restou da temporada, com a equipa a terminar em grande, com quatro triunfos consecutivos. O médio foi o mais utilizado ao longo da época e nem isso fez com que se sentisse desgastado, acabando por ser a referência no miolo do Moreirense, com destaque para a frequência com que recupera bolas - média superior a seis.
Morten Hjulmand (Sporting)
Uma das melhores contratações do Sporting e uma das melhores contratações da Liga Portugal. O impacto de Gyökeres, no futebol jogado pelos leões e nos golos marcados, faz com que o dinamarquês acabe por ficar algo esquecido na hora de destacar elementos do campeão nacional, mas é inegável que Hjulmand encaixou que nem uma luva em Alvalade. O próprio Rúben Amorim admitiu-o ao dizer que "Hjulmand é o jogador daquela posição mais completo", comparando o nórdico a Palhinha e Ugarte, o que por si só diz muito da qualidade do ex-Lecce, um jogador cerebral com bola e agressivo na recuperação.
Pedro Gonçalves (Sporting)
Se Hjulmand passa ao lado do radar dos mais desatentos, Pedro Gonçalves é quase a definição de um jogador underrated. Pau para toda a obra na estratégia de Rúben Amorim, pisa praticamente todas as zonas de terreno e a sua influência a nível ofensivo é inegável. Terminou a época com 12 assistências (tal como Rafa) e com 11 golos marcados, apenas a dois de Evanilson, por exemplo. Não são números iguais aos da primeira época, mas são registos que mostram que Pote continua a ser imprescindível em Alvalade.
Rafa Silva (Benfica)
Rafa parte e deixa para trás um rasto que será difícil de copiar. À semelhança de Grimaldo, o extremo termina o ciclo na Luz com uma saída a custo zero que dá a sensação que, dentro de alguns meses, pode ser relembrado com saudades pelos adeptos benfiquistas. Apesar de algum período de irregularidade, não há dúvidas quanto ao rendimento de Rafa ao longo da época. Claramente o mais influente a nível ofensivo no Benfica, terminou o campeonato como melhor assistente, a par de Pote, e com 14 golos marcados (melhor registo da equipa de Roger Schmidt), mesmo sem querer marcar penáltis. É certo que não foi o jogador mais eficaz ao longo da época (desperdiçou 20 ocasiões claras), mas se a época das águias foi abaixo nas expectativas a culpa não deve, nem pode, ser imputada ao internacional português.
Ángel Di María (Benfica)
Ao longo da temporada, os benfiquistas tiveram uma relação de amor-ódio com o argentino, mas não se pode dizer que tenha sido por fala de compromisso de Di María. Apesar da idade, o extremo não foi gerido com pinças por Roger Schmidt e atingiu registos que não se viam desde os tempos do Real Madrid, chegando quase aos 50 jogos em todas as competições. No regresso à Liga Portugal, o esquerdino foi sempre um dos elementos mais influentes na equipa benfiquista, acabando a época com nove golos marcados, 10 assistências e inúmeras presenças nos Onzes da Jornada do Flashscore.