Recorde aqui as incidências da partida
Depois da derrota (0-1) com o Benfica, Ricardo Soares voltou a apostar em Tiago Gouveia, emprestado pelos encarnados, além de Rafik Guitane e Marqués no onze, em detrimento de Tiago Araújo, João Marques e Cassiano.
Já do lado do Santa Clara, e em relação ao empate com o Chaves, Accioly tirou Sagna e Andrezinho, lançando Nanu e Allano na equipa titular.
A favor do vento mas com tudo contra
O Santa Clara entrou melhor na partida, aproveitando igualmente o facto de jogar a favor do vento que se fez sentir na Amoreira, e aos 5 minutos Allano, de livre, tentou levar perigo à baliza do Estoril mas... o vento levou a tentativa por cima da barra.
Respondeu o Estoril, aos 10', com um remate de João Gamboa, igualmente muito por cima da baliza açoriana, antes de Alejandro Marqués, uma das novidades no onze, atirar... a contar. Aos 17 minutos de jogo, beneficiando de um erro de Ricardinho, que passou de calcanhar para trás, Carlos Eduardo lançou Rafik Guitane e o francês assistiu o avançado espanhol, que inaugurou o marcador.
O Santa Clara sentiu o golo, o Estoril assentou o seu jogo e aos 33 minutos também o VAR mostrou estar atento, identificando uma grande penalidade na área açoriana, por uma falta de Allano sobre Tiago Santos.
Aos 35 minutos o brasileiro Carlos Eduardo, chamado a cobrar a grande penalidade, não deu hipótese ao compatriota Gabriel Batista e elevou o marcador para os 2-0.
O Santa Clara tentou reagir à desvantagem até final da primeira parte mas sem nunca criar real perigo junto à baliza de Dani Figueira.
Gerir antes de matar
Ao intervalo Accioly procedeu desde logo a três substituições, apostando em MT, Tagawa e Gabriel Silva, tentando alterar o rumo dos acontecimentos.
O Estoril, porém, jogava a favor do vento e em vantagem no marcador, explorando as transições ofensivas. Logo aos 48 minutos João Carvalho, num livre ainda distante, aproveitou o vento para disparar a rasar a barra da baliza de Gabriel Batista, com a resposta do Santa Clara a chegar em cima da hora de jogo, igualmente de bola parada, com Gabriel Silva a atirar por cima da barra.
O mesmo Gabriel Silva, aos 64 minutos, bateu o canto que Boateng desviou para defesa, a dois tempos, de Dani Figueira.
Já depois das primeiras mexidas no Estoril, voltou a ser o Santa Clara a estar perto do golo, aos 72 minutos, com Nanu a combinar com Ricardinho mas o cruzamento a sair desviado.
Dez minutos depois, novamente Gabriel Silva em evidência, desta feita a chegar atrasado, por centímetros, a um cruzamento da direita, com Dani Figueira aparentemente batido.
O Santa Clara bem procurou o golo que ainda lhe permitisse discutir o jogo até final, aos 86 minutos Ricardinho disparou mas contra a barreira defensiva estorilista, ganhando um canto, aos 89' Gabriel Silva rematou junto ao poste mas seria mesmo o Estoril, letal no contra-ataque, a matar qualquer esperança açoriana.
Aos 89 minutos João Carvalho conduziu o contra-ataque, libertou para Tiago Santos que, sem egoismo, tocou para Rodrigo Martins que, de pé direito, fuzilou Gabriel Batista e apontou o 3-0.
O Santa Clara morria na... praia, claro, e já nos descontos os nervos à flor da pele levou a confusão no relvado, com um desentendimento entre Tiago Santos e Bruno Jordão e levar a empurrões e agarrões entre jogadores. Tudo sanado com um cartão amarelo para cada um.
Com esta vitória o Estoril ganha um valente balão de oxigénio, mantendo-se no 15.º lugar mas agora com 28 pontos, mais seis que o Marítimo, equipa em zona de play-off. Já o Santa Clara mantém o último lugar, com apenas 16 pontos, agora a 12 pontos do primeiro lugar de salvação, ocupado precisamente pelo Estoril, quando faltam quatro jornadas para o final do campeonato, e em desvantagem no confronto direto. Dito de outra forma, o melhor que os açorianos podem alcançar é o play-off de manutenção.
Homem do jogo Flashscore: Tiago Santos (Estoril)