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Os cantos do novo líder: Benfica vence Gil Vicente (3-0) e assume 1.º lugar à condição

Bruno Henriques
Atualizado
Festa dos encarnados
Festa dos encarnadosOpta by Stats Perform, LUSA
Aproveitando o adiamento do jogo do Sporting, o Benfica venceu o Gil Vicente de forma confortável e assumiu a primeira posição do campeonato, ainda que uma partida a mais em relação aos leões. Numa partida em que não existiu muita inspiração por parte dos encarnados, a bola parada assumiu um papel fundamental, com Di María a relembrar porque o regresso gerou tanto entusiasmo. O conjunto de Barcelos somou a nona derrota em 10 jogos fora de casa.

Reveja aqui as principais incidências

À entrada para o jogo, Roger Schmidt apresentou duas surpresas no onze. Regressado de lesão, Alexander Bah foi lançado novamente no lado direito da defesa do Benfica, com Aursnes a ser puxado para extremo esquerdo e João Mário a ficar no banco. Por ouro lado, Florentino Luís formou dupla no meio-campo com João Neves, remetendo Orkun Kokçu para o banco de suplentes.

No Gil Vicente, Vítor Campelos fez uma alteração forçada em relação à equipa que bateu o Vitória SC. Emprestado pelo Benfica, Martim Neto estava impedido de jogar e foi rendido pelo mais defensivo Mory Gbane.

As nota dos jogadores
As nota dos jogadoresFlashscore

Os cantos da casa

Frente a um Gil Vicente que apresentava um dos piores registos forasteiros do campeonato (oito derrotas e uma vitória), o Benfica entrou mais dominador, mas voltou a sentir algumas dificuldades para desenvolver o jogo.

Sem Kokçu, Di María assumiu-se como o criativo, com a equipa a procurar em demasia o lado direito para procurar a definição do argentino (que permitiu a Arthur Cabral cabecear ao poste aos 5 minutos). A jogar mais à frente no ataque, Aursnes procurava juntar-se muitas vezes a Cabral e acaba por ser uma águia que só jogava com uma asa.

Aursnes (8) não dá largura como extremo na esquerda
Aursnes (8) não dá largura como extremo na esquerdaOpta by Stats Perform, SL Benfica

E pese embora o balanço à direita, o jogo acabou por ser decidido à esquerda, mas com recurso à bola parada. Aos 14 minutos, Di María bateu um canto no lado canhoto, com Arthur Cabral, sozinho no coração da área, a cabecear com mais afinação para o fundo das redes. Pela primeira vez o avançado brasileiro marcou em dois jogos consecutivos de águia ao peito.

Em vantagem, o jogo entrou numa toada morna. O Benfica baixou o ritmo, tornou-se impaciente com bola e foi permitindo ao Gil Vicente ganhar confiança e aproximar-se da baliza de Trubin, privilegiando a construção na esquerda entre os criativos Fujimoto e Maxime Domínguez. Contudo, o guardião ucraniano resolveu as poucas ocasiões.

Emoção só mesmo aos 29 minutos, quando as bancadas da Luz se levantaram em homenagem a Miki Fehér, falecido há 20 anos. Com a família do avançado magiar nas bancadas (onde também estava José Mourinho), os adeptos ergueram-se no aplauso e mostraram uma faixa onde se podia ler “20 anos do teu último sorriso, és um de nós”.

Poucos minutos depois novos aplausos, desta feita para a festa do golo. Aos 34 minutos, Di María arrancou pelo meio e na aproximação à baliza viu o passe para Arthur Cabral intercetado. Chamado a marcar novo canto na esquerda, o argentino encontrou João Neves ao segundo poste, que teve um excelente trabalho antes de rematar para o fundo das redes.

Os números ao intervalo
Os números ao intervaloOpta by Stats Perform

Aprender a usar Arthur Cabral

O segundo tempo confirmou uma tendência da etapa inaugural. Depois de dificuldades de adaptação, muitas críticas e de até parecer um corpo estranho na equipa, Arthur Cabral aparece agora assimilado.

Um homem de área, foi uma constante dor de cabeça para a dupla de centrais dos encarnados e, acima de tudo, mostrou dotes sempre que foi alimentado de cabeça. Quer Di María, quer Aursnes aproveitaram quase sempre para colocar bolas aéreas para o avançado e ele ganhou a grande maioria dos lances no ar.

É, de resto, assim que surge o terceiro golo. Aursnes cruzou e Arthur Cabral obrigou Andrew a defesa segura. Na sequência do canto, o médio norueguês combinou com Rafa Silva e o internacional português rematou de forma espontânea para o fundo das redes, colocando aquele que pareceu ser um ponto final na partida.

Antes de sair por volta dos 70 minutos, Rafa ainda obrigou Andrew a uma defesa atenta. Foi um dos últimos momentos de frisson para os adeptos do Benfica que viram a equipa baixar a intensidade. O Gil Vicente voltou a assumir a posse e procurou sempre a baliza contrária, mas fora os remates de Afonso Moreira (76 minutos) e Castillo (80 minutos) e Touré (86 minutos, uma grande defesa esta), Trubin acabou por ter uma noite descansada.

Os números finais da partida
Os números finais da partidaOpta by Stats Perform

Com este resultado, o Benfica assumiu o primeiro lugar com 51 pontos, mais dois que o Sporting (um jogo em atraso) e seis que o FC Porto. Já o Gil Vicente está no 10.º lugar, com 22 pontos.

Homem do jogo Flashscore: Ángel Di María (Benfica)

Os passes de Di María
Os passes de Di MaríaOpta by Stats Perform, AFP