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Otávio: “Estive quase a desistir, não esperava dar o salto para o FC Porto”

Bruno Henriques
Otávio frente a Kai Havertz, na Liga dos Campeões
Otávio frente a Kai Havertz, na Liga dos CampeõesProfimedia
Atualmente de férias, Otávio concedeu uma entrevista ao Globoesporte. Falou um pouco da carreira e da temporada que fez, onde chegou ao FC Porto e chegou a disputar Liga dos Campeões, bem como conquistar a Taça de Portugal.

Com 22 anos, Otávio está a viver o melhor momento da carreira. Formado no Flamengo, o central mudou-se para Portugal em 2022 para jogar no Famalicão e época e meia depois chegou ao FC Porto.

Eu já não acreditava mais. Há dois anos estava no Sampaio Corrêa sem jogar. Estive quase a desistir, não esperava dar o salto para o FC Porto. Foi muito importante na minha carreira. Eu deixei de sonhar. Isto mostrou que eu devo acreditar sempre”, atirou. 

Recordando o momento que chegou a Portugal, lembrou a chegada a Famalicão.

Quando eu cheguei no Famalicão o treinador pediu para eu descer e treinar com os sub-23. Eu não queria, mas fui. Joguei quatro jogos, tive oportunidade no plantel principal e não saí mais de lá. No começo desta temporada, estivemos muito bem, a nossa defesa era a melhor da liga e uma das melhores da Europa. Em dezembro começou a aparecer um monte de coisas no Twitter, notícias e essas coisas sobre o FC Porto. Eu achava bem difícil. Nem sempre essas coisas são verdades”, explicou.

Os números de Otávio Ataíde
Os números de Otávio AtaídeFlashscore

Mas a chegada ao Dragão aconteceu mesmo, onde teve a oportunidade de jogar ao lado de Pepe.

Estava a realizar um sonho. Quando cheguei lá, tudo era diferente. Jogar ao lado de um ídolo como o Pepe, foi incrível. Ele abraçou-me e ajudou-me bastante em tudo. Depois do treino ficava a conversar comigo. É caso para dizer que me acolheu. Para mim, não tem preço estar a jogar ao lado do Pepe", atirou relembrando a oportunidade de jogar na Liga dos Campeões e conquistar o primeiro troféu: "Quando tocou o hino da Champions, estava nervoso e ansioso. Aquele frio na barriga. É uma competição e um adversário (o Arsenal) que eu só via no jogos de computador. Quando começou fiquei tranquilo, todos a passarem-me confiança. Eu só desfrutei. O jogo foi incrível. Parece que tudo estava a acontecer da forma que eu imaginava. Para primeiro jogo não podia ter sido melhor. Quanto à Taça de Portugal, eu tinha sido eliminado pelo Famalicão da e pude jogar de novo com o FC Porto. Pela forma como o grupo me acolheu, pela forma que nós estávamos na temporada, merecíamos terminar com um título. Foi muito importante para mim, por ser meu primeiro título como profissional e joguei".