Parceria entre Vitória SC e fundo V Sports está bloqueada pela UEFA até outubro de 2024
Em entrevista à Rádio Santiago, órgão de comunicação social de Guimarães, António Miguel Cardoso revelou que o fundo que detém os ingleses do Aston Villa disponibilizou aos vimaranenses uma linha de crédito até ao “momento em que a UEFA bloqueou a relação”.
“Estamos impossibilitados de nos relacionarmos. Eles (V Sports) não nos podem emprestar jogadores, não nos podem financiar. Não podemos falar de nada que seja de futebol ou de questões financeiras. Tenho alguma curiosidade para ver o que vai acontecer entre o Girona e o Manchester City”, disse, acerca da hipótese de os clubes ligados ao City Football Group competirem na Liga dos Campeões 2024/25.
Os sócios do Vitória SC aprovaram a venda de 46% das ações ao fundo detido pelo egípcio Nassef Sawiris e pelo norte-americano Wesley Edens por 5,5 milhões de euros, numa assembleia geral realizada em 03 de março de 2023.
O V Sports reduziu, no final de junho, essa participação para 29%, para cumprir o Regulamento das Competições da UEFA, face à participação de Vitória e de Aston Villa na Liga Conferência Europa de 2023/24, e tanto Wesley Edens com Nassef Sawiris abandonaram os dois lugares destinados ao fundo no conselho de administração da SAD.
António Miguel Cardoso confirmou ainda que o ponta de lança André Silva, autor de nove golos em 23 jogos na presente época, esteve prestes a reforçar os italianos do Verona, mas “algumas alterações” de última hora pedidas pelo clube da Série A encerraram as negociações.
À frente do Vitória de Guimarães desde 2022, o dirigente assumiu também que as vendas de Alisson Safira ao Santa Clara e de Dani Silva ao Verona, bem como o empréstimo de Nélson da Luz ao Qingdao West Coast, da China, renderam entre os dois e os três milhões de euros, quando o valor considerado adequado pelo departamento financeiro do clube se situava nos oito milhões.
Convencido de que o quinto lugar deve ser o “mínimo exigível” na Liga, o presidente vitoriano frisou que o clube precisa de uma nova academia, como complemento à atual, e disse que, no máximo, vai liderar o clube de Guimarães por dois mandatos, tendo recusado esclarecer se se vai recandidatar em 2025, ano para o qual estão marcadas eleições.