Pavlidis continua a dar nas vistas, mas Benfica não passa do empate com o Celta (2-2)
Recorde as principais incidências
Com apenas três alterações em relação à equipa inicial que defrontou o Farense, o Benfica entrou bem frente ao Celta de Vigo e dominou toda a primeira parte, mas deixou escapar o triunfo com a rotação da equipa no segundo tempo.
Vangelis Pavlidis voltou a deixar sinais positivos e foi a grande figura do Benfica na partida desta tarde, que voltou a contar com muito público em Águeda. O avançado grego até começou por assustar quando caiu de forma aparatosa, mas acabou por se evidenciar pela forma como foi decisivo na área do Celta de Vigo.
A equipa espanhola fez o primeiro amigável da pré-época e Ristic, ex-Benfica, saiu logo aos 15 minutos, devido a lesão. Com novo treinador, o conjunto galego fez uma exibição em crescendo, mas começou mal e um penálti de Jailson sobre Aursnes acabou por abrir espaço para o primeiro golo de Pavlidis no encontro.
Samuel Soares voltou a dizer presente para segurar a vantagem encarnada, dilatada aos 28 minutos por Pavlidis. O avançado combinou com David Neres e fianlizou com classe, à saída do guardião do Celta de Vigo.
A equipa encarnada caiu de rendimento no final da primeira parte e não melhorou quando Roger Schmidt mudou todo o onze ao intervalo, bem pelo contrário.
Com uma defesa muito jovem pela frente, o Celta aproveitou para conseguir o empate. Iago Aspas saiu do banco para fazer o 2-1 (70') e Pablo Durán, apenas quatro minutos depois, aproveitou uma má abordagem de Tiago Parente para estabelecer o resultado final.
Pavlidis quer ser o que Arthur Cabral não foi
Na época passada, a saída de Gonçalo Ramos a poucos dias da Supertaça deixou um problema em mãos para Rui Costa. O presidente do Benfica e a restante equipa quiseram resolver rapidamente essa questão, mas ao longo da temporada percebeu-se que Arthur Cabral não seria o substituto ideal para o avançado que rumou ao Paris SG.
Quase um ano depois, Vangelis Pavlidis vai mostrando que faltou a Roger Schmidt uma solução para a saída do internacional português.
Além dos golos (já leva três em dois jogos, apenas com 90 minutos realizados), nota pela forma como se deu ao jogo, desta vez sem um avançado mais próximo. Por isso, o grego acabou por recuar mais para ter bola e combinar com os colegas, acabando por dar nas vistas pela forma como tabelou com Neres e finalizou na cara do guarda-redes do Celta.
Desde o banco de suplentes, Arthur Cabral, que entrou na segunda parte, terá tomado notas, mas sabe que não tem as mesmas características que o ex-AZ Alkmaar, como acabou por mostrar quando foi lançado a jogo.
Tengsted não conta mesmo
Dois jogos, 90 minutos de utilização para todos. Corrigimos: 90 minutos de utilização para quase (!) todos. Casper Tengsted esteve novamente no banco de suplentes do Municipal de Águeda e voltou a não ser utilizado por Roger Schmidt.
Depois de ter ficado claro que seria a última opção ofensiva do técnico alemão, o facto de não ter participado em qualquer minuto nestes dois particulares só comprova que o dinamarquês estará na lista de potenciais dispensáveis, ainda que na época passada tenha realizado 31 jogos de águia ao peito.
Mais espaço para Rollheiser
Depois dos 45 minutos frente ao Farense, nos quais bisou e mostrou capacidade para entrar de forma mais consistente nas opções de Roger Schmidt, o argentino teve uma oportunidade rara para ser titular no Benfica.
Curiosamente, Rollheiser não jogou nas costas de Pavlidis, nem junto ao flanco, onde voltou a estar David Neres. O argentino recuou para o meio-campo e juntou-se a João Mário, mostrando que é um jogador polivalente que pode ser útil para a atual temporada.
A qualidade apresentada não foi a mesma do jogo com o Farense, mas a adaptação fez lembrar outro argentino, de seu nome Enzo Pérez.
Tomás Araújo deu garantias, Carreras para defender
A forma como o Benfica deixou fugir o triunfo na segunda parte não será grande motivo de preocupação para Roger Schmidt. Afinal, as águias terminaram com uma defesa composta apenas por jovens, liderada pelo guarda-redes da equipa B, André Gomes, no entanto voltaram a ficar evidentes as poucas soluções no setor mais recuado nesta fase da pré-época.
No primeiro tempo, porém, ficaram dois bons indicadores defensivos a nível individual. Tomás Araújo voltou a mostrar-se intransponível e parece pronto para ser escolha mais regular numa altura em que já se pede alguma gestão da situação de Otamendi.
No corredor esquerdo, Carreras, que já tem concorrência, mostrou-se muito pouco ofensivamente, mas foi eficaz do ponto de vista defensivo, aspeto em que tinha sentido algumas dificuldades na época passada.