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Para ganhar jogos (e campeonatos) não é preciso marcar cinco golos todas as jornadas. O Sporting de Rúben Amorim sabe disso como ninguém, afinal, o aspeto defensivo foi o destaque do último campeonato nacional conquistado pelos leões.
Por isso, mais do que marcar muitos ou sofrer poucos, o Sporting concentra-se, nesta fase, em dar poucas oportunidades aos adversários. Tal como o SC Braga na jornada anterior, também o Moreirense, sensação desta edição da Liga Portugal, teve dificuldades para visar a baliza de Adán e acabou a primeira parte sem remates à baliza e com o desfecho da partida quase encaminhado.
Rúben Amorim voltou a apostar na equipa que, para já, parece ser a mais forte. Eduardo Quaresma e Trincão fazem parte, claro, tal como Geny Catamo. No Moreirense, só a titularidade de Ismael, que também foi titular na receção ao Benfica, surpreendeu.
Se nos lembrarmos desse jogo, havia motivos para os sportinguistas desconfiarem da deslocação de segunda-feira a Moreira de Cónegos, mas a desconfiança foi cedo tranformada em tranquilidade, uma vez que o Sporting marcou à primeira ocasião da partida.
Na sequência de um canto a partir da direita, Frimpong, que já tinha mostrado alguns sinais de hesitação segundos antes, aliviou contra Morita, que estava em cima da linha de golo para abrir o marcador e fazer um dos golos mais fáceis da carreira.
Esse momento fez com que o Sporting apostasse ainda mais no controlo da partida. Coates, com bola, chamou os adversários e o Moreirense não mudou a linha de execução. A pressão ao primeiro portador não era intensa, mas apertava assim que o Sporting conseguia progredir.
Na estreia do novo equipamento, a equipa que equipou de negro começou a criar maior volume de oportunidades. Kewin foi valendo com algumas boas intervenções, mas mesmo sem a inspiração de Gyökeres houve eficácia leonina, como tem sido habitual nas últimas partidas.
O objetivo foi claro: sem assumir riscos, o Sporting tentou chegar ao 0-2 que permitisse controlar a partida, até porque o calendário e o campeonato apertam. Por isso, a inspiração de Trincão, que galgou terreno pelo centro até assistir Pedro Gonçalves desde a direita, ajudou a descansar os homens de Rúben Amorim.
A primeira parte teve apenas o sentido da baliza de Kewin, mas o Moreirense, que começou, muito lentamente, a subir a linha de pressão, mostrou que o jogo não estava decidido quando ainda faltavam 45 minutos para jogar.
Paciência para jogar xadrez
Sabemos que o xadrez pode não ser o mais entusiasmante dos jogos, mas quando a estratégia é boa até o menos entusiasta da modalidade admira as intenções de quem a construiu.
Ainda no banco de suplentes, Rui Borges chamou a equipa técnica para preparar a estratégia da segunda parte. Rúben Amorim, por outro lado, recolheu rápido aos balneários. Também aí, os dois treinadores adotaram ideias distintas.
O Moreirense voltou mais agressivo para o segundo tempo e forçou o Sporting a uma estratégia mais cautelosa, que podia resultar no golo da confirmação, anulado a Trincão logo nos instantes iniciais da segunda parte, depois de Pedro Gonçalves acertar no poste.
No entanto, na estratégia montada, Rui Borges também acautelou o sempre perigoso ataque à profundidade da equipa leonina, que foi praticamente inexistente em Moreira de Cónegos.
Se a segunda parte de Kewin foi bem mais tranquila, para Adán foi mais do mesmo. O Moreirense continuou sem rematar à baliza do guarda-redes espanhol, os minutos foram passando e, finalmente, o Sporting fez xeque-mate para voltar à liderança da Liga Portugal.
Melhor jogador em campo Flashscore: Morita (Sporting)