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Pedro Proença e Fernando Gomes lamentam morte do antigo árbitro Carlos Valente

LUSA
Fernando Gomes lamentou morte de Carlos Valente
Fernando Gomes lamentou morte de Carlos ValenteLUSA
Os presidentes da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP), Pedro Proença, e da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), Fernando Gomes, lamentaram esta quinta-feira a morte do antigo árbitro Carlos Valente, aos 77 anos, vitima de doença.

“Até sempre, amigo Carlos Valente. Junto-me à família da arbitragem portuguesa que hoje chora a partida de um dos seus grandes nomes, de uma das suas maiores referências”, escreveu Pedro Proença nas redes sociais.

O presidente da FPF, Fernando Gomes, recordou que Carlos Valente foi um digno representante da arbitragem portuguesa nos palcos internacionais e que ostentou as insígnias da FIFA durante quase uma década, sendo durante muitos anos o mais conceituado árbitro português.

"Foi com enorme tristeza que tive conhecimento da morte de Carlos Valente, antigo árbitro internacional que tanto prestigiou a arbitragem portuguesa”, adianta o presidente da FPF, Fernando Gomes, considerando uma perda enorme para o futebol português.

A LPFP emitiu uma nota de pesar pela morte do antigo árbitro, recordando que Carlos Valente, que pertenceu à Associação de Futebol de Setúbal e esteve presente em dois Campeonatos do Mundo, dirigiu mais de 200 jogos oficiais ao longo da sua carreira.

“À família enlutada e a todos os amigos, a Liga Portugal endereça as mais sentidas condolências”, refere o organismo num comunicado.

O presidente do Conselho de Arbitragem da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), José Fontelas Gomes, lamentou também a morte de Carlos Valente, que rotulou de "referência da arbitragem nacional e internacional".

“(Carlos Valente) foi um exemplo para jovens árbitros e marca uma geração. Esteve presente em dois Mundiais e, acima de tudo, é uma referência. É uma notícia que nos deixa tristes”, considerou José Fontelas Gomes.

Carlos Valente, internacional entre 1984 e 1992, foi um dos oito árbitros portugueses em Mundiais de futebol, tendo arbitrado um jogo no México1986 e dois no Itália1990, reeditando os feitos de António Garrido (1978 e 1982), Saldanha Ribeiro (1970), Joaquim Campos (1958 e 1966) e Vieira da Costa (1954).

O árbitro setubalense estreou-se em Mundiais no Hungria-França (0-3), no México-86, e quatro anos volvidos, no Itália90, arbitrou Diego Maradona, momento que guardou para sempre como um privilégio.

Em 18 de junho de 1990, Carlos Valente dirigiu o último jogo da Argentina no Grupo B do campeonato do Mundo realizado em Itália, frente à Roménia (1-1), numa edição em que a seleção sul-americana chegou à final, mas perdeu com a Alemanha.

“Arbitrar o Maradona e logo em Nápoles foi interessante, porque Nápoles era o mundo do Dieguito. Foi espetacular”, recordou numa entrevista à agência Lusa Carlos Valente.

Após a presença no Itália-1990 do árbitro natural de Setúbal, a arbitragem portuguesa voltou a estar representada em Mundiais por Vítor Pereira (1998 e 2002), Olegário Benquerença (2010) e Pedro Proença (2014).