"Foi lá ler umas coisas que tinha num papel… A única coisa importante que disse é que votassem contra as contas. Não foi ouvido porque só 100 e tal é que votaram contra, os restantes não o ouviram", começou por dizer Pinto da Costa, abordando a decisão de André Villas-Boas em candidatar-se.
"Penso que sim, por todo o trabalho que ele tem feito, tem pessoas a trabalhar para ele, tem um gabinete de comunicação já a trabalhar há muito tempo. Se andasse com este trabalho todo e não fosse para se candidatar era tolinho", considerou o atual presidente do FC Porto, confrontado com as palavras de Villas-Boas, no passado, que disse que nunca se iria candidatar enquanto Pinto da Costa estivesse no cargo.
"Isso só prova aquele ditado: 'nunca digas nunca'. Se calhar achou que eu ia morrer mais cedo, mas ainda vai ter de esperar para ir ao meu funeral", atirou Pinto da Costa, que lançou igualmente uma bicada perante o discurso de André Villas-Boas, que disse que só iria aprovar as contas se a direção devolvesse os prémios.
"Eu estava era à espera é que ele devolvesse os prémios que ganhou no FC Porto. Foi um fait-diver para criar algum stress, mas ninguém ligou ao que ele disse porque ele apelou ao voto contra as contas do clube, mas a maioria aprovou e quem se absteve, num sinal de bom senso, significa que não aprovava as contas mas não queriam criar um problema ao clube. O voto contra perdeu e foi uma derrota escusada de Villas-Boas. Se eu fosse à Assembleia pedir para aprovar as contas e elas fossem reprovadas era uma derrota minha", considerou o presidente do FC Porto, que não quis falar da sua recandidatura ao cargo.
"Não tenho timing para apresentar a candidatura porque tenho outras preocupações com o FC Porto. Temos de passar aos oitavos da Liga dos Campeões e estamos a acelerar a academia. Essas é que são as minhas peocupações. Não desvendei a data porque ainda não decidi, quando o fizer, comunicarei primeira decisão aos meus dirigentes", referiu.