Puma mordeu e Zaydou serviu banquete ao leão: Benfica perde em Famalicão e Sporting é campeão
Recorde aqui as incidências do encontro
O jogo tinha todos os ingredientes certos para ser um espetáculo com muita emoção: de um lado, o Famalicão procurava assegurar a tão esperada manutenção no campeonato, enquanto o Benfica precisava de vencer para evitar que o Sporting se sagrasse campeão já este domingo.
Anarquia e eletricidade
Contenção, controlo e cabeça. Tudo termos e conceitos que se perderam mal a bola começou a rolar em Famalicão, num início de jogo eletrizante, com golos anulados e oportunidades para os dois lados. Primeiro, foi Di Maria a ser apanhado em posição irregular por 9 centímetros, num belo desvio de calcanhar.
Na resposta, Puma Rodríguez levantou para o cabeceamento certeiro de Cádiz, que também estava adiantado em relação à defesa. O Benfica impunha-se para se aproximar da baliza de Luiz Junior, que brilhou ao travar um cabeceamento muito bom de Marcos Leonardo.
Mas, à medida que as águias subiam linhas, o Famalicão aproveitava os espaços nas costas para espreitar a baliza de Trubin e ameaçar o golo inaugural. Num lance de insistência, Gustavo Sá teve o mérito de não desistir e atirar contra o ucraniano, num lance que deixou a bola nos pés de Cádiz em posição privilegiada, mas o venezuelano disparou por cima da trave.
Logo a seguir, Puma Rodríguez acertou no ferro num remate que ainda foi desviado por Álvaro Carreras e, no contra-ataque, Kokçu acertou na malha da baliza famalicense.
À passagem da meia hora, o ritmo acalmou depois das correrias sucessivas dos primeiros minutos, em que a bola não parou de rondar uma ou outra grande área. Até ao descanso, de registar duas tentativas de Di Maria para intervenções seguras de Luiz Junior, na outra área Puma Rodríguez quase surpreendeu com um remate de bico perto do poste.
"Chamem a maca... mas não para mim"
Dos balneários vieram as primeiras mudanças: Evangelista foi cauteloso, retirando um tocado De Haas para lançar Riccieli, enquanto Schmidt operou uma revolução com as entradas de Arthur Cabral, Rafa e Florentino. Um poder de fogo que quase tinha efeito imediato quando o desvio do português quase bateu Luiz Junior.
O Benfica cresceu - e muito - com as mudanças, apesar de o protagonista ser sempre Di Maria, quer na criação, quer na finalização. O campeão mundial acertou no ferro no frente a frente com Luiz Junior, depois isolou Arthur Cabral que deve ter ficado surpreendido com tanto espaço e falhou a receção.
Cheirava a golo, tanto que ele acabou por aparecer... mas não para o Benfica. Depois de tanto desperdício e tanta atenção dada ao ataque, Puma aproveitou o espaço concedido para fazer aquilo que ameaçou e não conseguiu no primeiro tempo. Partiu para cima de Carreras, fletiu para o meio e rematou ao primeiro poste, apanhando Trubin em contra-pé e silenciando a bancada benfiquista em Famalicão.
Os encarnados tinham uma montanha para escalar de forma a evitar que o Sporting celebrasse o título no conforto do sofá. Tiago Gouveia foi a jogo com a missão quase impossível de escalar o Evereste, na mesma altura em que adeptos atiraram tochas de fora para dentro do estádio, o que obrigou à interrupção do jogo. No reatamento, mais do mesmo, ou seja, Luiz Junior travou novo remate de Arthur Cabral.
Queda em espiral
Passo a passo, minuto a minuto, adeptos e equipa do Benfica foram sentido a inevitabilidade do resultado. O que já era muito difícil, passou a ser impossível depois de um passe terrível de Florentino aproveitado prontamento por Topic, que isolou Zaydou Youssouf e o médio, no cara a cara com Trubin, bateu o ucraniano e colocou um ponto final no destino dos três pontos, do título e da manutenção.
Esta vitória, além de entregar de bandeja o título ao Sporting, garantiu também a permanência do Famalicão na Liga Portugal
Homem do jogo Flashscore: Puma Rodríguez (Famalicão)