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Rafa faz juras de amor ao Benfica e elogia Schmidt: "Não têm a noção da pessoa que está aqui"

Hugo Filipe Martins
Rafa Silva despediu-se do Benfica na partida com o Arouca
Rafa Silva despediu-se do Benfica na partida com o AroucaSL Benfica
Rafa Silva encerrou definitivamente o ciclo no Estádio da Luz, depois de não ter participado no jogo com o Rio Ave, em Vila do Conde. Em entrevista ao site do Benfica, o extremo de 31 anos fez juras de amor ao clube encarnado e explicou ainda os motivos que o levaram a não aceitar bater penáltis no último jogo de águia ao peito.

Na entrevista publicada este sábado, um dia depois de o Benfica ter empatado 1-1 com o Rio Ave, Rafa Silva admitiu que "estava na sua hora" de sair e justificou os motivos pelos quais não aceitou uma homenagem. 

"Nenhum jogador joga para homenagens. Eu acho que nunca, e sempre disse isso... nunca quis câmaras, nunca quis prémios, nunca quis nada disso. Não tive interesse nenhum nisso, nunca vou ter interesse nenhum nisso. O meu interesse sempre foi que as pessoas gostassem de mim como homem, pelo meu caráter, pelo que eu sou, não por o Rafa jogador. Uns gostam, outros não, isso faz parte da vida, mas… homenagens não são para mim. Não quero nada disso", atirou.

O extremo teve a possibilidade de marcar de penálti no jogo com o Arouca, mas acabou por não o fazer.

"O individual não conta para nada, e ali, para mim, fazer o golo ou não fazer, não era por aí. Eu nunca bati penáltis, não tinha por que começar agora. Não fazia sentido para mim", explicou.

O internacional português contou ainda que recusou propostas lucrativas para deixar o Benfica nas últimas duas temporadas.

"Eu privilegiei sempre estar cá, não porque fui obrigado, não porque alguém queria que eu cá ficasse. Fui eu sempre que decidi, tivesse mais dinheiro, menos dinheiro, foi sempre uma decisão minha ficar cá porque a minha família estava cá, eu estava cá, eu sentia-me feliz cá. E acho que isso é o mais importante, eu sentir-me bem num sítio".

Por fim, Rafa deixou ainda palavras de elogios aos vários treinadores que encontrou, desde Rui Vitória a Jorge Jesus, acabando por destacar o atual técnico das águias, Roger Schmidt, que o terá convencido a ficar no Estádio da Luz.

"Acaba por ser o mais fácil de falar porque é o nosso treinador. Espero que continue cá muitos anos. Espero que o apreciem como treinador, porque não têm a noção da pessoa que está aqui. Foi uma das fortes razões também para eu ter continuado no Benfica, numa altura em que as coisas estavam muito… Para mim, na minha cabeça, não estavam a fazer o sentido que faziam. E então foi o míster Roger que… Tivemos uma conversa quando eu cheguei cá, depois das nossas férias. E foi uma das razões também que me fizeram ficar cá. Sou muito agradecido por o que ele fez por mim, por ter percebido a pessoa que eu era, por ter sabido lidar comigo e gerir o que eu sou, porque acho que um treinador é muito importante também quando sabe lidar com as pessoas, sabe estar", disse ainda.

Os números de Rafa
Os números de RafaFlashscore

Para finalizar, o extremo que passou oito temporadas no Benfica deixou juras de amor aos encarnados.

"Eu sou Benfiquista, sim. É verdade. Não tenho problema nenhum em dizer isso. Amo o Benfica. Hoje em dia, faz-me muita confusão como é que o que interessa são fotos nas redes sociais, o que interessa é beijar o símbolo ou a maneira como se festeja um golo, quando se devia olhar muito para o que a pessoa é, para o que a pessoa faz e também para o que a pessoa… para o que a pessoa sente pelo clube", atirou.

"Não sinto que dei muito ao Benfica. O que eu sinto, e o que vou sempre sentir, é: eu senti o Benfica. Eu estive cá porque quis, eu fiquei cá porque decidi ficar cá, nunca estive obrigado. E, acima de tudo, a minha família foi feliz cá, por isso, se a minha família foi feliz, e passámos maus bocados. Houve, como é óbvio, e há vida. Passámos situações boas, passámos situações más, mas sinceramente não guardo mágoa", concluiu.