Rúben Amorim aponta ao bicampeonato em noite de euforia no Marquês de Pombal
É caso para se dizer que foi uma noite verde e branca em Lisboa. Minutos depois da derrota do Benfica em Famalicão, que selou a conquista do 20.º campeonato nacional, os adeptos do Sporting começaram a preencher um Marquês de Pombal já engalanado para a festa enquanto a equipa se preparava para fazer o trajeto do Estádio de Alvalade até à emblemática praça lisboeta.
A viagem curta (cerca de seis quilómetros) foi feita num autocarro aberto, onde o plantel foi celebrado por um autêntico banho de multidão. Desde as imediações do reduto leonino até à Avenida da República, na última etapa antes de entrar no Marquês de Pombal, foram vários os adeptos que não quiseram perder a oportunidade de celebrar os seus heróis com muito fogo de artifício à mistura.
Foi já perto das duas da madrugada que começou o desfile dos atletas no palco montado em frente ao Marquês de Pombal. Um a um os atletas foram chamadas e se Viktor Gyökeres, o melhor marcador do campeonato, foi dos mais aplaudidos, Paulinho também teve das entradas mais esperadas ao som de uma versão de Freed from Desire com letra dedicada ao avançado português. Contudo, foi Rúben Amorim quem mais aplausos gerou.
Obreiro dos últimos títulos do Sporting (2020/21 e 2023/24), o técnico não fugiu à inesperada viagem a Londres antes do clássico com o FC Porto que fez aumentar os rumores de uma eventual saída e parece ter colocado um ponto final sobre o futuro, isto depois do capitão Sebastián Coates ter lançado um cântico a pedir para o técnico ficar.
“Vamos despachar isto, que tenho um avião para apanhar bem cedo amanhã. É muito cedo para esta piada, vou guardar para mais tarde”, brincou, atirando depois aquelas que seriam as palavras mais esperadas da noite: “Disseram que só ganharíamos campeonatos de 18 em 18 anos, disseram que só ganhámos o campeonato (2020/21) porque não tínhamos público (disputado em altura de pandemia) e dizem que jamais seríamos bicampeões outra vez. Vamos ver”.
O Marquês de Pombal irrompeu em aplausos. Seguiu-se mais um momento de festa com Diego Miranda, DJ, a dar música aos adeptos enquanto alguns dos jogadores do plantel principal iam iniciando cânticos, alguns de apoio, outros de provocação aos rivais. Não faltou também o habitual Mundo Sabe Que, cantando em comunhão.
O ponto final numa noite que teve atuações de Plutónio e até mesmo dos Supporting, banda de adeptos leoninos que cantou alguns dos principais êxitos musicais que se ouviram nas bancadas de Alvalade esta temporada.