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Rúben Amorim e o empate do Benfica: “Não diria que é uma motivação extra”

Rúben Amorim alertou para as dificuldades
Rúben Amorim alertou para as dificuldadesSporting CP
O treinador do Sporting fez a antevisão ao jogo da nona jornada da Liga diante do Boavista. Comentou o deslize dos encarnados e as palavras de Roberto Martínez sobre Pedro Gonçalves.

Cabe ao Sporting fechar a nona jornada da Liga com uma deslocação difícil ao estádio do Boavista. Líderes do campeonato, os leões sabem que podem isolar-se ainda mais na liderança com uma vitória depois do empate do Benfica perante o Casa Pia.

Eu não diria que é uma motivação extra (o empate do Benfica). Para se ganhar campeonatos temos de ganhar os nossos jogos e os outros tem de perder pontos. Nesta fase da época é muito cedo para fazer contas aos adversários. Condicionamos muito o campeonato no início, e o que vamos fazer é  vencer o nosso jogo, sempre íamos ter de o fazer para manter a nossa posição. Contra uma equipa muito difícil”, atirou, recusando uma ideia de desgaste dos jogadores: “São três dias entre jogos, temos de estar pontos, somos uma equipa grande habituada a esse ciclo, vai ser duro porque a Liga Europa é diferente da Champions, jogar quinta e domingo. Desta vez é quinta e segunda-feira, temos de estar prontos, apesar de menos um jogador e de um domingo difícil, parecem que o campo vai estar difícil também, mas estamos preparados e os jogadores já  estão recuperados nesta altura”.

Depois de Franco Israel ter sido titular diante do Raków, gerou-se a dúvida sobre quem vai jogar no Bessa de entre os guarda-redes.

“Pela primeira vez não vou dizer quem vai jogar. Estamos a fazer uma gestão normal dos nossos jogadores. O Franco cresceu muito no ano passado, a escolha para estes dois jogos já estava feita na paragem e pré-estabelecia. O terceiro íamos ver de acordo co, o rendimento, vão ver amanhã (segunda-feira). Têm características diferentes, jogam com pés diferentes e vou deixar isso em aberto”, atirou.

Deixou também elogios ao Boavista, liderado por Petit.

“Sabemos claramente o que queremos fazer, o que nos coloca algumas dúvidas é a forma como o Boavista se tem apresentado, um grande carácter apesar das dificuldades financeiras, tem um treinador com identidade própria. Uma equipa bem trabalhada, com dinâmicas muito boas, a fazer um grande campeonato, sem pressão nenhuma. É uma equipa do Boavista muito forte, mas estamos preparados”, atirou.

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Com o dérbi com o Benfica a aproximar-se, Rúben Amorim foi confrontado com as palavras de Roger Schmidt, sobre a importância maior que as águias dão aos duelos com o FC Porto.

“Eu não ouvi as declarações e pareceu-me que o treinador do Benfica disse que estava ser irónico. Não ligo a isso. O nosso dérbi é daqui a duas semanas, se não ganharmos ao Boavista e Estrela da Amadora não estamos em primeiro. É importante chegar no primeiro lugar a esses desafios. Queremos recuperar a nossa posição e é isso que vamos tentar recuperar amanhã, com seria se o Benfica tivesse vencido. Queremos manter a nossa dinâmica de vitórias”, frisou.

Relativamente ao jogo com o Raków, que o Sporting empatou a uma bola, Rúben Amorim reconheceu que existem poucas ilações a tirar.

São jogos completamente diferentes e depois de uma expulsão aos 8 minutos não podemos fazer comparação nenhuma. Não é a primeira vez na Europa que ficamos condicionados muito cedo e isso desgasta a equipa e o treinador. Torna-se frustrante quando é recorrente, por uma razão ou outro. Houve coisas positivas, marcámos como aconteceu com o Arouca. Não aguentamos até ao fim. O que podemos retirar do jogo é quase nada. Vamos ver os melhores jogadores, quem se apresenta melhor fisicamente, que características tem e enfrentar o Boavista sem pensar no jogo passado”, atirou.

Confrontado com as palavras que deixou na entrega de um prémio, Rúben Amorim recusou qualquer indireta.

“Acho que fui muito esclarecido na análise. Apenas falo de mim, sinto-me refletido no clube que represento. Não deixei indiretas para ninguém, porque seria muito pouco inteligente quando estamos em primeiro. Só ajuda a atiçar os adversários. Não tenho nada a dizer sobre os outros clubes, acho que o Sporting está com um posicionamento bom. Não somos perfeitos, ainda cometemos alguns erros. Mas que eu acho que temos atitude positiva certo, não estou a dizer que os outros têm uma atitude negativa. Não arranjamos bodes expiatórios, não somos perfeitos, também cometemos muitos erros, mas estamos a tentar ter uma atitude mais positivo no futebol. Que os outros também estão? Não sei, não é para mim”, asseverou.

Azar de Pedro Gonçalves

Por último, foi confrontado com as palavras de Roberto Martínez, selecionador nacional, que disse que Pedro Gonçalves tinha“azar” por estar a disputar as posições mais preenchidas de Portugal.

É um bocado verdade e temos gerações onde há mais jogadores para uma certa posição. Eu fui um jogador mais fraquinho que o Pote, tive a sorte de fazer mais posições e a geração não era forte. Quero que ele sinta que não são só os números e tudo pode acontecer, pode haver lesões, pode subir ainda mais de forma. Estou a metê-lo no máximo de posições para ver se ele pode jogar em mais. É simpático e uma forma aberta de falar do selecionador. Nesta geração é muito difícil qualquer jogador entrar. O mesmo para o Nuno Santos e Paulinho. Tiveram azar. Eles têm de trabalhar no máximo, porque tudo pode acontecer”, concluiu.