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Rúben Amorim: "Parece que ainda agora saímos do avião mas temos mesmo de vencer"

Rúben Amorim fez a antevisão ao jogo com o Arouca
Rúben Amorim fez a antevisão ao jogo com o AroucaSporting CP
Rúben Amorim, treinador do Sporting, fez este sábado a antevisão ao jogo com o Arouca, marcado para amanhã, às 20:30, no Estádio José Alvalade, e que surge no meio da eliminatória dos quartos de final da Liga Europa, com a Juventus.

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"Onde podemos mostrar que queremos dar a volta é amanhã. As redes sociais, a maior parte das vezes, são uma ilusão, não dizem muito sobre a real vida das pessoas. O que me interessa a mim é o tipo de atitude e como vamos enfrentar o próximo adversário. É o Arouca, há seis jogos que não perde. Seis jogos, quatro vitórias e dois empates, são muitos jogos. O Evangelista está a fazer um grande trabalho. É um jogo muito difícil. Com David Simão e Ruiz a meterem bolas na frente... Vamos ter de estar muito concentrados e frescos, mental e fisicamente", começou por dizer Rúben Amorim, ainda com a derrota por 0-1 em Turim bem fresca na memória.

"Voltámos com boas sensações, sabendo que é um jogo completamente diferente. Temos uma outra responsabilidade. O adversário vai estar confortável, à espera que o jogo se complique. Se queremos dar a volta, é ganhando no campeonato", defendeu o treinador do Sporting, pedindo foco aos jogadores para a partida do campeonato, antes da receção à Juventus.

"Tivemos jogo na quinta-feira, ontem treinámos lá num campo pequenino e hoje tivemos um dia para preparar um jogo contra uma equipa que tem muito para mostrar. O medo não é que eles fiquem desconcentrados, é voltar a ligar o chip, parece que ainda agora saímos do avião. Esse é o grande perigo. Já provámos que quando voltamos das competições europeias somos fortes. Temos jogadores para rodar, e agora temos de rodar algumas posições, porque os jogadores têm de estar frescos. Estamos preparados. É um jogo muito perigoso. Só a vitória interessa. Temos mesmo de vencer, diante de uma excelente equipa. Estamos preparados para esse perigo do jogo e vamos estar bem amanhã", prometeu Rúben Amorim.

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"Paulinho e St. Juste? Teríamos de ter alguma sorte para voltarem a jogar este ano"

Além de Daniel Bragança, lesionado de longa duração, também Jovane Cabral voltou lesionado da seleção de Cabo Verde. Paulinho foi a última baixa, antes de Jeremiah St. Juste sofrer novo problema físico no jogo com a Juventus, tendo de sair ainda antes do intervalo.

Quatro casos clínicos que, assumiu Rúben Amorim, podem mesmo afastar os jogadores do que resta desta temporada.

"Jovane dificilmente voltará esta época, Paulinho não prevejo nada fácil, St. Juste também. O Daniel Bragança também só volta para o próximo ano. São quatro jogadores que teríamos de ter alguma sorte para voltarem a jogar este ano. Vejo com dificuldade que possam voltar", disse o treinador do Sporting, que terá então Chermiti e Rodrigo Ribeiro como opções para a frente de ataque até final da temporada.

"Rodrigo Ribeiro é sempre opção na equipa A, como o Afonso Moreira. Depende do rendimento. Vejo os jogos todos da equipa B. Sei o rendimento deles, falo com o treinador todas as semanas. Todos têm uma porta aberta na equipa A. Youseff (Chermiti) vai fazer o seu caminho. Não vale a pena meter pressão, tem 19 anos. Jogou contra a Juventus, diante de jogadores de seleção. Safou-se bem. Obviamente tem muita coisa a melhorar. Vlahovic e Milik também tiveram dificuldades. Acredito mais no Rodrigo do que o Rodrigo acredita nele. Somos justos na observação. O que queremos do Chermiti não são milhões, são golos e rendimento", explicou Rúben Amorim que, em relação à equipa B, falou igualmente da atual situação competitiva da equipa, a lutar pela manutenção na Liga 3.

"Estivemos perto da subida, mas as características deste campeonato levaram-nos para uma fase de descida. Tiramos sempre muitos jogadores, tivemos uma rotação muito grande na equipa B e assim torna-se complicado. Houve um desgosto grande nos jogadores da equipa B quando não atingimos a fase de subida, mas não estou preocupado. Estaremos preparados para qualquer situação", explicou o técnico dos leões, que fechou a conferência falando sobre mercado e o interesse inglês. Em si, no caso do Chelsea, e em Pedro Gonçalves, no caso do Tottenham.

"Já falei sobre o meu futuro, não vou comentar isso", limitou-se a dizer Rúben Amorim sobre as últimas notícias ligando o seu nome ao comando técnico dos blues, antes de deixar claro que Pote, a sair, só pela cláusula de rescisão, de 80 milhões de euros.

"São jogadores que estão felizes no Sporting. Neste momento, há uma coisa muito boa, e já o provámos com o Pedro Porro, que são as cláusulas de rescisão. A do Pote são 80 milhões. Se tiverem 80 milhões eu se calhar levo-o lá. Caso contrário ele vai ficar aqui", afirmou o treinador dos leões.

"Ranking? Tem a ver com dinheiro"

A perda do sexto lugar do ranking da UEFA para os Países Baixos, que retira uma equipa portuguesa da Liga dos Campeões, mereceu igualmente uma opinião de Rúben Amorim sobre as soluções a adotar para melhorar o campeonato português.

"Os direitos televisivos podem melhorar. Quando era jogador no Belenenses, gastava-se dinheiro numa contratação, quando podia dar jeito num ginásio ou num fisioterapeuta. Tem a ver com dinheiro. Há jogadores da formação que podem ir para outros clubes. Temos muito a melhorar. Tem a ver com a capacidade financeira. A liga inglesa é muito boa porque tem os melhores jogadores, os melhores treinadores. A liga espanhola caiu quando não foi capaz de reter os melhores. Quanto mais equipas portuguesas temos na Champions, mais difícil é. É mais fácil na Liga Europa. Vamos a uma Salernitana que tem jogadores de grande nível. É algo que demora. Nem quero ter essa tarefa. Compete à Liga, à Federação, ao Sindicato", afirmou Rúben Amorim.