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Rúben Amorim: "Tenho a certeza que o que vivi aqui não vou viver em mais clube nenhum"

Hugo Filipe Martins
Rúben Amorim lançou partida entre o Famalicão e o Sporting
Rúben Amorim lançou partida entre o Famalicão e o SportingSporting
As declarações de Rúben Amorim, treinador do Sporting, na antevisão à partida com o Famalicão, um encontro em atraso da 20.ª jornada da Liga Portugal.

Siga as principais incidências do encontro

Mensagem a Rui Duarte: "Em nome do Sporting e da equipa queria mandar uma mensagem e um abraço ao Rui Duarte, que está a passar a pior coisa na vida de alguém. Que tenha força para seguir em frente".

Jogo adiado: "Tivemos de pensar dessa maneira por toda a envolvência depois desse jogo. Os adeptos ficaram stressados e quisemos mostrar confiança. Continuamos a depender desse jogo, mas queríamos chegar na frente a poder aumentar a vantagem. Aconteceu e vai ser um jogo complicado contra uma equipa que não perdeu os últimos três jogos, empatou no Dragão, tem um treinador que, no passado, não conseguimos ganhar". 

Matheus Reis: "Reis não está disponível, não vai ser convocado, está a fazer tratamento. Não faz coisas no campo, por isso vai demorar um bocadinho".

Debast: "Em relação ao mercado temos tempo para falar depois da época".

Ansiedade para o título: "O Famalicão é um viveiro de grandes jogadores e isso dificulta o trabalho dos treinadores lá, têm muito talento mas é muita gente nova. Não senti a equipa ansiosa. O que percebemos é que a facilidade que provocámos com o Gil Vicente este jogo vai ser diferente. A equipa do Famalicão é mais agressiva, mais perigosa no último terço, tem capacidade física diferente, tem um jogador especial dentro da área e de cabeça, forte nas transições. Conhecemos bem a forma de jogar com o Famalicão e fomos ver os nossos jogos com o Arouca porque a ideia mantém-se. Tudo vai criar problemas na nossa equipa. Esperamos um jogo difícil, que queremos ganhar, mas a semana foi tranquila e estamos preparados para o jogo".

Siga o relato no site e na app do Flashscore
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Gestão psicológica: "A gestão do treinador tem a ver com o contexto e o que sente do grupo. Às vezes é preciso puxar para cima, outras é preciso dar tranquilidade. Estamos no meio disso, digamos assim. Com o desenrolar do campeonato, o nervosismo antes dos jogos aumenta, mas todos sabem os pormenores do jogo e isso ajudou a vencer o Gil Vicente. É procurar um equilíbrio e a ganhar tudo é mais fácil. No ano passado foi mais complicado porque estávamos em 4.º lugar. Agora é mais fácil".

Conversa com jogadores sobre continuidade: "Em relação a isso, só comentar que não falei nada com os jogadores. Quando se falou do acordo e assim, senti essa necessidade, mas como vinha à conferência escusava de perder tempo porque chega tudo aos jogadores. Não perguntaram nada, só perguntam quando é que há folgas. Estamos perto de algo importante para nós e não pensamos nisso".

Jogo mais importante para o título: "É muito importante, não há como esconder. Nós acreditamos, mas para mim é a esperança que tiramos aos adversários. Estamos preparados para fazer o nosso jogo, queremos ganhar, já estivemos do outro lado, no segundo ano estivemos sempre à espera que o FC Porto perdesse. Todos são importantes, mas quanto menos jogos houver temos de matar as esperanças do adversário e ganhar ainda mais força".

Melhor momento do Sporting: Não sei se é o melhor, estamos num bom momento, mas na viragem do ano tivemos um clique, aumentámos o número de golos e foi uma boa sequência. Se ganharmos, faz uma volta que perdemos pela última vez, que foi com o Vitória SC, aumentámos a qualidade do jogo e a fluidez e por isso é que marcámos golos".

Sporting pode ficar com sete pontos de vantagem na luta pelo título
Sporting pode ficar com sete pontos de vantagem na luta pelo títuloFlashscore

Gyokeres: "Tento perceber o momento de cada um e vou dando algumas dicas em conversas informais. A única coisa que ele tem de fazer é aproveitar o momento. Ele já fez uma época fantástica e já não tem estar tão stressado com os golos. Tem a ver com a exigência que tem dele e as pessoas à volta estão sempre à espera que marque três golos por jogo. Quando não marca, revela um bocadinho, mas acho que isso é uma coisa boa porque revela fome. Acredito que se aproveitar mais o jogo, a bola vai ter com ele, bate nele e entra na baliza".

Falta de contestação: "Acho que no primeiro ano a expectativa era muito baixa e isso ajuda sempre um treinador. Depois fomos campeões na primeira época e deu uma margem grande. Mantivemos o nível e não baixámos logo, lutámos até ao fim, depois sim, tivemos uma quebra grande. Se o quarto lugar fosse no primeiro ano, não estaria aqui e tenho noção disso. No terceiro ano tínhamos esta margem toda. Depois, o foco da identidade estar vincada, apesar dos resultados, ajuda. Os adeptos não sentiram que a equipa estava perdida e isso ajuda. Em grande parte foi sorte. Se a ordem é invertidade, não havia hipótese. A ordem foi perfeita e isso ajudou muito, mas a identidade e perceber que há uma direção agrada cada vez mais".

Golos nos últimos jogos sem Gyokeres a marcar: "Quando o Viktor marcava muitos golos, sempre disse que a equipa não depende só do Viktor. Mantenho a ideia, mas nós marcamos porque o Viktor dá coisas à equipa que ajudam a marcar golos. Se numa fase em que o Viktor marca muito eu achava que os outros tinham um peso muito grande no que a equipa faz, digo o mesmo. Mesmo não marcando, a forma de jogar dele permite-nos marcar mais golos do que no passado. A equipa não está dependente dele, mas precisa muito dele".

Os números de Viktor Gyokeres
Os números de Viktor GyokeresFlashscore

Diferenças no Famalicão: "A vantagem que temos é diferente. Tem um carácter mais decisivo do que tinha na altura. Quando saiu a ficha de jogo, havia alguns jogadores do Famalicão para o qual não estávamos preparados e seria uma surpresa na altura. Não vou dizer, mas poderá haver uma alteração daquela ideia. O Famalicão ia apresentar-se com uma linha de cinco, neste jogo pode haver linha de cinco com o médio a entrar ou de seis com o ala a ajudar, aconteceu com o FC Porto. Se estiverem em vantagem, torna-se difícil criar perigo. Vai ser uma abordagem parecida, mas há nuances que vão mudar. A única coisa que há em comum é que é difícil vencer em Famalicão, mas estamos preparados para isso".

Daniel Bragança titular para ter bola: "Com o Morita ou o Dani teríamos sempre bola. Temos de olhar para o pé, também, pela ligação que têm entre eles e o momento, também. O futebol também é o momento. Juntando tudo, vamos escolher os melhores jogadores. Acho que os dois são bons com a bola e não será esse o fator decisivo".

Os próximos jogos do Sporting
Os próximos jogos do SportingFlashscore

Mensagem pré-jogo: "Parte dela é no momento, não posso dizer. Se dissesse que o campeonato acabava aqui, teria um problema para o jogo com o Vitória SC. Todos os jogos são decisivos, mas ganhando nós olhamos para o campeonato e é menos um jogo e esperança para o adversário. Só com a Taça na mão é que é o xeque no título, até lá temos de ganhar os nossos jogos".

Crescimento de Rúben Amorim: "Essas críticas feitas no início não são críticas, são factos, tinha pouca experiência. Caí num cenário onde ter o Viana como diretor desportivo, um presidente que confiava em mim e por isso pagou o que pagou, tenho a certeza absoluta que o que vivi aqui não vou viver em mais clube nenhum e isso ajuda um treinador. Há um crescimento em tudo, não só no treinador como na estrutura, tudo foi aprimorado. Vejo um jogo diferente do que via há quatro anos. Temos todos a melhorar, mas esta evolução foi de toda a gente".