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Rúben Amorim: "Tudo o que já passou não interessa, temos de ganhar por meio a zero se for preciso"

Mário Rui Ventura
Rúben Amorim, treinador do Sporting
Rúben Amorim, treinador do SportingSporting CP
Rúben Amorim, treinador do Sporting, fez esta sexta-feira a conferência de antevisão ao jogo com o Famalicão, o primeiro de um ciclo com jogos a meio da semana, e que se segue ao final do mercado de transferências, onde o Sporting garantiu Koba Koindredi e Rafael Pontelo, libertando por empréstimo nomes como Afonso Moreira, Dário Essugo e Rodrigo Ribeiro.

Ciclo de sete jogos: "O ciclo não se pensa. Claro que olhamos muito para o espaço entre jogos. Se tivermos três dias de trabalho entre os jogos conseguimos recuperar bem os jogadores. Não se pensa no ciclo, pensa-se no próximo jogo, contra uma equipa do Famalicão, que tem sempre talento. Nestes jogos não têm grande responsabilidade, eles têm a capacidade de ter bola e de criar perigo. Sabemos também que é um jogo num campo diferente, onde canto que ganharem vai ser diferente. O nosso trabalho foi dizer aos jogadores que tudo o que se passou no último jogo não terá interferência neste próximo jogo. O nosso objetivo é ganhar e manter a liderança, nem que seja por meio a zero." 

Balanço do mercado: "Preparámos o presente e o futuro, principalmente o futuro. O Afonso precisava de minutos, o Dário a mesma coisa. Sentimos que, com o Dário, a equipa B é curta para ele e a equipa A é difícil pela qualidade dos jogadores. Foi ter minutos na 1.ª Liga e dar o passo seguinte. O Koba é parecido com o que fizemos com o Rafael (Pontelo). Quando chegámos aqui comprámos o Nuno Santos pelo mesmo valor para ser o nosso titular. Estamos a preparar o futuro sabendo que, quando olhamos para o Koba, não estamos só a comprar o jogador que é, mas também o que pode ser. Daqui a um ou dois anos teríamos que pagar muito mais. Foi a pensar muito no que se pode tornar e no que pode dar, exatamente como o Pontelo. Juntamo-los aos nossos talentos de formação para lutarem entre si e serem uma mais valia para o futuro."

Declarações sobre o futuro: "Essa do onde vai um, vai todos, saiu-me na conferência de imprensa, não foi planeado. Em relação ao meu futuro, não posso dizer mais nada do que já disse. Pelas pessoas que trabalham à minha volta, vamos trabalhar juntos para sempre. É esse o nosso pensamento. Sobre esse assunto, não vou dizer mais nada. Caso contrário estamos sempre a falar do meu futuro todas as semanas. Fui muito claro naquilo que disse. Vamos ver no final da época."

Profundidade do plantel atual: "Quando digo que as contratações são para o futuro é a nossa ideia enquanto clube, de salvaguardar o futuro, de anteciparmos coisas que achamos que podem acontecer, e isso não quer dizer que não sejam opção para agora. Faltam no máximo nove dias para o Diomande e o Morita voltarem, obviamente que nestes dias temos jogos muito importantes que podem ajudar a decidir o nosso lugar. Sinto que o plantel está no bom caminho e penso que, sem grandes lesões, temos plantel para competir por todas as competições e dar oportunidades a todos os jogadores".

Koba em vez de Mateus Fernandes: "Não tem uma coisa a ver com a outra. O Mateus Fernandes encaixa bem, se calhar a jogar a médio, e comparando com o Pote, é o jogador mais parecido. Enquanto clube, queremos salvaguardar a equipa, preparar o futuro. Vi o Koba treinar connosco um dia e tudo o que pensamos é que tem muita qualidade mas também precisa de muito trabalho, por isso é que não era titular indiscutível no Estoril. Mas se o deixássemos crescer noutro clube, não teríamos a capacidade de o ir buscar. Não é só a pensar neste momento, é também no futuro. Koba e Pontelo são jogadores de qualidade. Geny não tinha minutos e explodiu, Quaresma igual. Pontelo e Koba são jogadores de grande talento e sim, o Koba já está convocado para amanhã".

Superliga Europeia: "A posição do Sporting tem de ser o Sporting a dizer, eu não tenho nada a dizer. Como funcionário do Sporting, jogarei na competição em que o Sporting estiver inserido e competirei por todas. É uma decisão do clube e temos que a aceitar".

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Permanência de Gyökeres: "Não tivemos propostas pela cláusula de rescisão. Nenhum jogador ficou por estarmos a lutar por títulos. Ficaram porque na época passada saíram jogadores que valeram muito dinheiro. Entre contratações e vendas gastámos exatamente o mesmo e essa é a razão para não vendermos agora. Não estamos a fazer um esforço financeiro. Fizemos um planeamento muito diferente do ano passado."

Luta pelo título sem perder titulares: "Fica mais perto, sem dúvida nenhuma. Se não tivéssemos Viktor, Pote, Trincão, Paulinho, ficaríamos muito mais longe. O Viktor, pelo impacto que tem, obviamente que estamos mais perto de alcançar títulos. Não abdicaria de nenhum título, mas para mim o principal é o campeonato. E não vamos abdicar dos outros. Mas temos que saber que valores teremos se entrarmos diretamente na Liga dos Campeões. O foco é ser campeão, porque isso dá um orgulho a toda a gente no clube e aos adeptos, tem um impacto psicológico nos adeptos e na forma como queremos ganhar, que não é de 20 em 20 anos mas sim de dois em dois ou de um em um. Se entrarmos podemos fazer um planeamento diferente. Temos que ser campeões nacionais. Se pudermos ganhar tudo muito bem, mas precisamos de sorte. E sorte é o que não falta às vezes".

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Diomande e Morita perdem espaço quando regressarem? "Todos os jogadores têm de correr atrás do prejuízo, mas não podem ser prejudicados por terem ido para as seleções. Quem treinar melhor irá jogar. A escolha é baseada, e sempre foi, nesse aspeto. Se foram à seleção é porque são bons, não podem ser prejudicados por isso. Mas os outros que estão cá a trabalhar também não serão prejudicados. Quem estiver melhor, jogará. Temos muitos jogos para rodar a equipa."

Nuno Santos e Geny podem jogar juntos? "Podem jogar várias combinações, não vou dizer porque tem influência. O que interessa é o talento dos jogadores do Famalicão. Se joga o Puma ou o Chiquinho. Acho que podem jogar os dois. O Cadiz é o jogador que toca mais vezes na bola dentro da grande área da cabeça, mas por outro lado grande parte da rotina do Famalicão pela esquerda é com o Moura, que está castigado. O Otávio saiu, têm menos capacidade de tapar a profundidade. Tudo isso vai entrar em jogo. Podem jogar os dois, pode não jogar nenhum. Depende do que queremos para o jogo. A grande preocupação é explicar aos jogadores que tudo o que já passou, não interessa. Temos de ganhar por meio a zero se for preciso, eles são capazes de vencer o Sporting. Lutamos pelo título e queremos vencer".

Rodrigo Ribeiro: "O Rodrigo é um miúdo que acredita muito nele, mas por uma ou outra razão não se desenvolveu na equipa principal. É uma opção dos jogadores, dos agentes. O que desejo é a melhor sorte ao Rodrigo porque tem muito talento. Depende dele e do treinador. É uma liga muito competitiva, espero que tenha sorte. As coisas podem mudar de um dia para o outro."

Faltou um extremo no mercado? "Nunca disse que queríamos ir buscar um extremo. O que disse foi que tentámos um jogador que queríamos muito e não o conseguimos. Não desistimos, simplesmente aquilo que dizemos sempre de querer um jogador, mostrar tudo ao jogador, foi feito. Não conseguimos e não tínhamos segunda opção tão boa como a primeira. O que fizemos foi guardar tudo e conseguir jogadores com grande talento para evitar que no futuro tenhamos que pagar mais por eles. Temos alvos, temos dois níveis de estratégias, e conseguimos os jogadores que estão a crescer e que vão dar frutos no futuro. Não vos vou dizer se queríamos um extremo, o Buchanan ou outro."

St. Juste: "Ainda está a recuperar."

Valor de Gyökeres: "O que foi dito é que a meio da época será da cláusula, depois será decisão do Hugo Viana e da direção. Não vou estar a dizer que poderá sair por este ou outro valor, porque a última vez que disse isso sobre um jogador, esse jogador teve de sair. Tenho ideia que vão existir propostas por jogadores nossos e precisamos de os segurar. Tenho a certeza que no fim da época vai ser muito difícil aguentar certos jogadores".