Rui Borges e o arranque perfeito do Vitória SC: "Exigência de ganhar vai ser cada vez maior"
Protagonista de um início de temporada com cinco triunfos em cinco jogos oficiais, 11 golos marcados e nenhum sofrido, a equipa vimaranense tem de se manter focada “no que pode controlar” e em “aproveitar as coisas menos boas e anular as boas” de um adversário que se pode apresentar “magoado”, face à goleada sofrida na ronda inaugural, em casa, perante o Santa Clara (4-1).
“Temos de ser iguais a nós próprios. Cada vez a exigência de ganhar e de não sofrer golos vai ser maior. Vai ser cada vez mais difícil marcarmos golos e mantermos a baliza a zeros. Temos de nos manter tranquilos nos comportamentos. Queremos ganhar perante um adversário difícil, a querer dar outra imagem”, disse, na antevisão ao embate marcado para as 18:00, em Guimarães.
Convencido de que a primeira aparição do treinador escocês Ian Cathro no banco de suplentes canarinho pode motivar a formação adversária, organizada numa estrutura tática 4-3-3 no momento ofensivo, com “jogadores muito bons”, Rui Borges vincou que a sua equipa deve evitar a “confiança excessiva”.
“Estamos numa fase positiva. É normal que a equipa esteja numa fase de confiança, mas não pode ser confiança excessiva. Se isso acontecer, vamos pagar caro. Temos de ter leitura com e sem bola. Temos sido uma equipa muito inteligente e queremos fazer um bom jogo frente a uma equipa de qualidade, respeitando-a ao máximo”, assumiu.
Com cinco jogos na calha até 1 de setembro – três para o campeonato e os dois do play-off da Liga Conferência, com os bósnios do Zrinjski Mostar –, o timoneiro vitoriano admitiu rotatividade entre os titulares, mais por causa das “características individuais” dos seus atletas e de “questões estratégicas” relacionadas com cada encontro.
“Não sou apologista de mudar muito (o onze). Tenho de olhar para muitas coisas, para a parte estratégica, para características individuais, minhas e do adversário. Hoje já fiz cinco equipas possíveis para o jogo com o Estoril. Estou feliz por sentir os jogadores ligados. Eles querem jogar, seja cinco ou 90 minutos. Pode haver uma ou outra mudança (no domingo).”
Agradado com a capacidade física até agora exibida pelo plantel e com o número de jogadores ao dispor, o treinador admitiu que ter “mais ritmo competitivo” nesta fase da época pode ser vantajoso face a outras equipas da Liga, mesmo reconhecendo que alguns dos seus pupilos podem “não estar tão frescos com o passar dos jogos”.
O Vitória SC, sétimo classificado da Liga, com três pontos, recebe o Estoril, 18.º e último, sem pontos, em partida da segunda jornada, marcada para domingo, às 18:00, no Estádio D. Afonso Henriques, em Guimarães, com arbitragem de André Narciso, da associação de Setúbal.