Rui Duarte: "O jogo ficou estragado no início com uma expulsão que não existe"
Recorde aqui as incidências do encontro
Análise: "Não podemos apontar nada aos meus jogadores, foi um esforço tremendo. Tenho muito orgulho nos homens que tenho, na forma como se entregaram ao jogo. O jogo ficou estragado logo no início, aos 12 minutos, numa expulsão que não existe. O segundo amarelo é ridículo, não existe. Tivemos de alterar, o FC Porto é uma grande equipa, tivemos de mexer para nos mantermos vivos. Tivemos que nos agarrar, não íamos criar muitas oportunidades, mas podia surgir. Foi isso que aconteceu, temos uma oportunidade do Ricardo Horta, na segunda parte muito perigosa. Na primeira parte, o Ricardo Horta é abalroado na grande área, nem sei se vai para o VAR. Tivemos uma grande oportunidade de fazer golo numa bola parada, quando ainda estava 0-0. O FC Porto criou mais que nós, o Matheus agarrou-nos ao jogo, mas não posso apontar nada aos meus jogadores. Ficou demonstrado que lutamos pela vitória, não conseguimos, mas fica uma boa imagem da nossa equipa".
Ricardo Horta como lateral após expulsão: "O Ricardo, sem bola, ajudáva-nos a defender numa linha de 5. O FC Porto é muito difícil de defender com 11, quanto mais com 10. Fez um esforço tremendo, como toda a gente, a fechar a linha e a defender sem bola, mais a solicitar na frente quando tínhamos bola, fez um esforço tremendo. Isso revela o espírito da equipa e o carácter dos jogadores. O jogo merecia, principalmente nas incidências do jogo, uma outra forma de estar de conduzir. Podia ser bastante agradável e num 11 para 11 teríamos uma resposta firme do que é a nossa equipa".
Frustração por falhar o objetivo do terceiro lugar: "Sim, principalmente pela forma como aconteceu. Lutamos muito para chegar a este jogo e ainda estar com possibilidade de chegar ao terceiro lugar, mantivemos toda a gente ligada para lutar por esse objetivo e fica esse sentimento de frustração, mas também de orgulho pelo que fizeram. Não dava para mais tendo em conta as incidências, viram a forma audaz e corajosa, principalmente no onze inicial, como queríamos fazer este jogo, queríamos ser proativos e fomos em busca da vitória. Obviamente que, contra uma grande equipa, esta expulsão tirou-nos do jogo e agarramo-nos à organização, para segurar o resultado, e arriscar nos últimos minutos. O Álvaro Djaló, o Banza, o Rony... quem entrou ajudou bastante, criamos uma ou outra situação de golo que por pouco não aconteceram. Orgulho nos meus jogadores e fica a frustração".
Dois meses conturbados na equipa principal do SC Braga: "Passei e continuo a passar por momentos difíceis, só eu e a minha família sabemos o que aguentamos. Nunca perdemos o rumo do que queríamos, focados a 100% para levar o objetivo do coletivo a bom porto. Pondo a minha tristeza, mágoa de forma a abstrair-me um pouco, mas tenho de seguir em frente. Tenho de fazer isso pelo meu filho que não está cá, porque ele tinha uma alegria enorme pelo futebol, pelo pai, irmão, mãe.... Só assim fazia sentido continuar, se desistisse nesta fase da minha vida ele não teria orgulho no pai. Temos muita força para continuar, eu, a minha esposa, o meu outro filho de forma a podermos homenageá-lo todos os dias".