Com a participação na Liga dos Campeões na temporada passada, a o SC Braga conseguiu os maiores rendimentos globais superiores da sua história.
"A Sociedade foi capaz de gerar rendimentos globais superiores a 90 milhões de euros, os mais elevados de sempre desde a sua constituição", referiu a sociedade minhota, na comunicação enviada à CMVM.
Os rendimentos operacionais, excluindo transferências de jogadores, atingiram os 55,152 milhões de euros. Já os rendimentos líquidos gerados com transações de atletas totalizaram os 34,882 milhões de euros, muito graças aos negócios de Al Musrati (Besiktas) e Álvaro Djaló (Athletic Bilbao).
Os gastos operacionais (excluindo transferências de jogadores) aumentaram 32%, de 45,2 milhões de euros em 2022/23 para 59,63 milhões em 2023/24. As razões para a subida prendem-se com o "investimento realizado com vista o reforço (em particular) da equipa principal; pagamento de prémios de desempenho, essencialmente, pelo acesso à Fase de Grupos da UEFA Champions League e conquista da Taça da Liga; e entrada em funcionamento da segunda fase da Cidade Desportiva".
Também as remunerações com o pessoal aumentaram, situando-se nos 21,767 milhões de euros, bem acima dos 12,892 milhões da temporada anterior. Juntam-se ainda os prémios de desempenho (5.985 milhões de euros), prémios de assinatura (3,712 milhões), encargos sobre remunerações (2,846 milhões), seguros de acidentes de trabalho (3,149 milhões) e outros gastos (1,353 milhões).
"Estes valores incluem todos os gastos inerentes aos atletas (masculinos e femininos), treinadores e staff que compõem as equipas da Braga SAD, nomeadamente formação (sub-15, sub-17 e sub-19), equipa sub- 23, equipa B e equipa principal, e demais colaboradores", explica a sociedade minhota.
No que se refere à posição financeira, o ativo atingiu os 168,033 milhões de euros, registando um crescimento de 49,410 milhões face ao período homólogo (42%), enquanto o passivo ascendeu a 88,028 milhões, denotando um acréscimo de 32,067 (57%), que segundo a sociedade deverá ser enquadardo num contexto de investimentos, quer no reforço do plantel principal “designadamente na aquisição dos direitos de inscrição desportiva dos atletas Bruma, João Marques, Robson Bambu, Thiago Helguera, El Ouazzani”, quer ao nível de infraestruturas.
A SAD bracarense indica ter concluído a temporada 2023/24 com capitais próprios positivos de 80,005 milhões de euros, “o que corresponde ao montante mais elevado de sempre da Sociedade (mais de 13 vezes o seu capital social), cenário que permite uma autonomia financeira de 48%”.