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Schjelderup e a saída do Benfica: “Preciso mais do que um minuto por jogo”

Bruno Henriques
Schjelderup ao serviço das águias
Schjelderup ao serviço das águiasSL Benfica
O internacional norueguês chegou à Luz em janeiro passado, cotado como um dos jogadores mais promissores do futebol europeu. Contudo, não se conseguiu impor nas escolhas de Roger Schmidt e após seis meses regressou ao Nordsjaelland, onde está por empréstimo até ao final da temporada.

Atualmente ano serviço dos sub-21 da Noruega, Andrea Schjelderup concedeu a primeira grande entrevista desde a mudança para o Benfica. Em conversa com a TV2, televisão norueguesa, revelou o momento em que decidiu que era altura de deixar a Luz.

Fui o nono jogador a entrar no duelo com o Feyenoord (faltavam seis minutos para os 90). Foi aí que os pensamentos começaram: vou ter oportunidades esta época ou é melhor procurar outra solução? Depois coube ao meu agente estabelecer diálogo com o Benfica sobre a possibilidade de sair. Algumas vezes as coisas não pareceram muito boas e fiquei frustrado. Tinha feito um plano e não correu como o planeado, tive de me alhear da frustração e focar”, desabafou.

Acabou por sair para o Nordsjaelland, no último dia do mercado de transferências.

Foi muito estranho, não sabia se ia sair. Foi no último dia que me dissera: ‘ok, podes ir’. Foi muito estranho”, desabafou, justificando o regresso ao antigo clube: “Existiram várias opções, mas esta foi a que me deu mais garantias e sobretudo porque vão disputar futebol europeu”.

Schjelderup assinou pelo Nordsjaelland
Schjelderup assinou pelo NordsjaellandNordsjaelland

“Concorrência inesperada”

Schjelderup abordou também a mudança para o Benfica que resultou num longo processo de negociação entre as águias e o Nordsjaelland.

“Existiu muita frustração algumas vez, parecia tudo perdido. Mas lembro-me que na manhã do Ano Novo acordei e parecia que estava tudo mais próximo de ser resolvido”, disse, lembrando a chegada a Lisboa: “Foi estranho, só passadas algumas semanas é que me apercebi que estava no Benfica, num clube grande dimensão. Estava tanta coisa a acontecer e de repente estava ali”.

Os primeiros tempos foram complicados, uma vez que o campeonato tinha parado para o Mundial-2022 e estava também na pausa de inverno.

Precisei de um mês para ficar na forma que precisava de competir. Ainda assim, esperava jogar mais. Disseram-me que ia ter alguns minutos, mas não aconteceu. Não sei porquê, não tenho uma resposta. Sinto que estava bem nos treinos e que ia ter oportunidades, mas o Benfica era uma das melhores equipas na Europa, ganhava por 3 e 4-0, jogava na Liga dos Campeões, era complicado entrar”, desabafou.

Depois de apenas dois jogos com a equipa principal, Andreas Schjelderup esperava ter mais tempo de jogo esta época. Mas a chegada de Di María e os planos anunciados para reter Gonçalo Guedes trocaram as voltas.

Estava muito motivado, sentia-me bem na pré-época, mostrei o que podia fazer, mas de repente chegou mais competição inesperada. Foi duro. Na minha idade preciso mais do que um minuto por jogo. Era importante para mim jogar”, concluiu.

Os números de Schjelderup
Os números de SchjelderupFlashscore