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Schmidt lembra época passada e aborda mercado: "É quase impossível encontrar um jogador como Rafa"

Hugo Filipe Martins
Roger Schmidt deu entrevista a Toni
Roger Schmidt deu entrevista a ToniSL Benfica
Roger Schmidt, treinador do Benfica, deu uma entrevista à BTV, no programa "Mística a Dois", conduzido por Toni, ex-jogador e ex-treinador das águias, fez um balanço da época passada e analisou pela primeira vez os novos reforços dos encarnados.

"Acho que no primeiro ano fomos muito bem-sucedidos. Muitos jogadores que já estavam no Benfica, e que não tinham tido muito sucesso, estavam muito motivados para jogar um estilo de futebol diferente. E penso que, logo no início da pré-temporada, encontrámos os jogadores que colocavam em prática este tipo de futebol em campo. Por isso, ganhámos muita confiança. Depois acabámos por fazer uma época muito boa e fomos campeões", começou por recordar.

O técnico alemão analisou as diferenças entre a primeira e a segunda temporada, que terminou com muita contestação junto dos adeptos do Benfica.

"Entretanto, com estas expectativas, a segunda época não foi muito fácil. Demos o nosso melhor para jogar um futebol semelhante porque acho que os Benfiquistas esperam um estilo de futebol ofensivo. (...) Acho que também fizemos isso na época passada, o melhor que conseguimos, mas não fomos tão fiáveis e regulares como antes. Depois perdemos demasiados pontos e também alguma qualidade para ganhar o campeonato", lembrou.

Para esquecer o que aconteceu na época passada, Roger Schmidt conta com caras novas no plantel, mas também perdeu jogadores importantes, como Rafa. Na entrevista à BTV, o técnico reconheceu que será difícil substituir o novo jogador do Besiktas.

"O Rafa é quase um jogador único. Se virmos o perfil dele, é quase impossível encontrar um jogador como o Rafa", referiu.

Por outro lado, o treinador alemão comentou as contratações já oficializadas pelas águias neste mercado.

"O Pavlidis é um jogador que mostrou, sobretudo nas duas últimas épocas no Alkmaar, que é um avançado muito completo, com muita qualidade na finalização, a marcar golos e a fazer assistências, mas também um jogador muito trabalhador. Penso que é um jogador que tem o perfil para jogar este tipo de futebol ativo e de alta pressão e o que já demonstrou nas duas primeiras semanas, que também tem a mentalidade necessária para mostrar isso em campo", destacou.

"Com o Barreiro temos um jogador que é muito fiável, muito semelhante ao Florentino. Penso que ambos os jogadores, no que diz respeito à concentração tática, à qualidade, à força física, são capazes de jogar este tipo de futebol. E são muito bons a recuperar bolas, e penso que, por vezes, isso também é algo que é necessário na equipa para criar o equilíbrio certo", disse sobre o reforço contratado a custo zero.

"E o Niklas Beste é um jogador que jogou as duas últimas épocas a um nível muito elevado, tem um pé esquerdo fantástico na finalização, nas bolas paradas, nos cruzamentos, e é muito poderoso também nos sprints e nas corridas de alta intensidade", terminou.

Palavras para Di María

Por fim, o treinador do Benfica teceu ainda elogios a Ángel Di María, internacional argentino que terminou a carreira ao serviço da seleção, mas que irá continuar nos encarnados.

"Começou no Benfica e regressou ao Benfica. Esta é uma história fantástica de futebol, na minha opinião, porque ele poderia fazer tantas coisas diferentes. Podia ter ido atrás de mais dinheiro", destacou.

"Está muito motivado e continua a jogar ao mais alto nível. E acho que ele nos dá tanta, tanta qualidade e mentalidade", concluiu.