Semáforo da Liga: festival em Alvalade, para o bem e para o mal, e o Carlinhos de Portimão
VERDE: Golos, golos e mais golos
Depois de falhar um dos principais objetivos da temporada, ao sair derrotado nas meias-finais da Taça da Liga, frente ao SC Braga (1-0), o Sporting deu uma resposta cabal no regresso ao campeonato, pouco depois de ter sido ameaçado com a aproximação do Benfica, que tinha vencido momentos antes na Reboleira (1-4).
A turma de Rúben Amorim limpou as lágrimas, vestiu o fato de gala e massacrou (não pode ser adjetivado de outra forma) o Casa Pia (8-0), perante o seu público em Alvalade, numa exibição sólida e que permitiu dar palco a vários protagonistas.
Coates apareceu como goleador improvável, com dois golos; Trincão deu força à ideia de que está cada vez mais confiante e começa a atingir um nível que merece especial atenção por parte do selecionador Roberto Martínez; e ainda houve espaço para o regressado Geny Catamo mostrar que está pronto para a segunda metade da temporada.
No final do encontro, o técnico dos leões defendeu que o encontro na Taça da Liga tinha sido "mais conseguido" do ponto de vista exibicional, um sinal de exigência, no entanto tão cedo não será esquecido este festival de golos, mais um do Sporting na presente temporada.
AMARELO: Carlinhos ou Carlão?
O Portimonense tem vivido numa autêntica montanha russa de resultados na presente temporada. Momentos muito bons, momentos muito maus, que colocam o conjunto de Paulo Sérgio na 11.ª posição, com apenas mais quatro pontos do que o 16.ª e antepenúltimo classificado.
No entanto, no meio desta caminhada instável, há um nome que se tem distiguido dos demais: Carlinhos. O médio brasileiro está a protagonizar uma das melhores épocas da carreira do ponto de vista individual, tendo contribuído com um golo e uma assistência para o triunfo dos algarvios, frente ao Boavista (1-4), no Bessa.
Uma menção justa para um jogador de qualidade superlativa, sobretudo depois de uma época (2022/23) difícil, por conta de uma grave lesão.
VERMELHO: Apatia das antigas
O encontro entre Sporting e Casa Pia já foi muito escalpelizado nestas linhas e não devemos, de todo, retirar mérito ao que o leão fez para conseguir construir uma goleada à moda antiga. Mas também houve muito demérito do conjunto de Pedro Moreira.
Desde logo, os gansos entraram numa apatia inexplicável desde muito cedo no jogo, sem vontade expressa de mudar o rumo dos acontecimentos, traduzida em algumas perdas de tempo por parte do guarda-redes Ricardo Batista, que parecia não acreditar naquilo que estava a acontecer em Alvalade.
"É um dia duro, não é para esquecer, é para lembrar. Não conseguimos ganhar os duelos, não conseguimos marcar, competir, ser fortes nos duelos, preencher espaços. Assumo a responsabilidade", disse o treinador do Casa Pia no final do encontro.
Um resumo perfeito daquilo que (não) foi a prestação dos casapianos na casa do leão.