Semáforo da Liga: Fim de jejum, prova do conquistador e pólvora seca
VERDE: O regresso do canário
O Estoril colocou um ponto final num jejum de cinco semanas sem vitórias na Liga. Os canarinhos venceram pela primeira vez no novo ano, depois de um final de mês de janeiro relativamente positivo, em que eliminaram o Benfica nas meias-finais da Taça da Liga e discutiram o troféu com o SC Braga.
Mateus Fernandes, jovem médio emprestado pelo Sporting ao emblema da Linha, anotou o único golo da partida frente ao Estrela da Amadora (1-0), aos 57 minutos, que permitiu à equipa de Vasco Seabra ultrapassar a barreira dos 20 pontos e subir alguns degraus na tabela.
Ainda longe da salvação, o Estoril pode ter encontrado aqui o clique necessário para partir rumo a um ciclo positivo, que permita consubstanciar a qualidade individual/coletiva em pontos.
AMARELO: A resposta de André Silva
André Silva esteve com um pé e meio no Hellas Verona no mercado de janeiro, mas "mudanças em cima da hora" levaram a que o Vitória SC encerrasse as negociações e segurasse o avançado brasileiro no Castelo.
A oportunidade de rumar à Serie A italiana era um cenário que agradava ao camisola 7 dos conquistadores e o travão colocado pelo emblema vimaranense poderia ter afetado emocionalmente o avançado. No entanto, a julgar pelo encontro em Vizela, tal não aconteceu.
O jogador de 26 anos apareceu a titular em Vizela (0-1) e marcou o golo que valeu os três pontos à equipa de Álvaro Pacheco. São já 10 golos anotados em 2023/24, estando, assim, igualado o melhor registo da carreira. A continuar neste nível terá o merecido salto no final da época.
VERMELHO: Pólvora seca em Rio Maior
Casa Pia e Boavista empataram 0-0 na passada segunda-feira num jogo monótono e sem ideias que seria o encerramento da 20.ª jornada, não fosse o adiamento do Famalicão-Sporting devido à falta de policiamento.
As palavras escolhidas para o lead da crónica do encontro em Rio Maior resumem de forma perfeita tudo aquilo que (não) foi o duelo entre Casa Pia e Boavista.
Em 90 e poucos minutos de futebol, gansos e axadrezados não conseguiram efetuar um único remate enquadrado com a baliza contrária. Resumindo e concluindo, não é com espetáculos destes que valorizamos o futebol português.