Semáforo da Liga: Genyo à solta, Vitória gigante no Dragão e desnorte do capitão
VERDE: Genyo de Alvalade
O dia 6 de abril vai perpetuar para sempre na memória de Geny Catamo, como o jogo de consagração do internacional moçambicano ao serviço do Sporting, depois do bis no dérbi da Segunda Circular, frente ao Benfica (2-1), que deixou os leões um passo mais à frente na corrida pelo título de campeão nacional.
Sobre o herói do encontro, a história do camisola 21 é inspiradora e deve servir de exemplo para os jovens jogadores.
O Amora foi a porta de entrada para o futebol português, em janeiro de 2019, mas meio ano depois já estava na Academia de Alcochete para vestir as cores do Sporting.
Representou os juniores, sub-23 e equipa B, com a estreia pela equipa principal pelo meio, antes dos empréstimos a Vitória SC e Marítimo, onde não conseguiu a afirmação.
No entanto, como em muitas histórias de superação, a caminhada de Geny teve um encontro com a felicidade em 2023/24. Rúben Amorim confiou-lhe a titularidade na ala direita e o moçambicano tem dado boa conta do recado. O prémio chegou no passado sábado.
AMARELO: Conquista do Dragão
E por falar em histórias bonitas, o que dizer da relação entre Álvaro Pacheco e Vitória Sport Club? Casamento perfeito!
Os vitorianos catapultaram-se para uma dinâmica exibicional muito positiva na presente temporada e os resultados são consequência de um grande trabalho na cidade de Guimarães: desde 2016/17 que o Vitória SC não registava cinco ou mais vitórias consecutivas na Liga.
A última foi este domingo, em pleno Estádio do Dragão, diante do FC Porto (1-2), permitindo a aproximação aos dragões, que complicaram ainda mais a sua luta por um lugar na próxima edição da Liga dos Campeões.
A seis jornadas para o encerramento da Liga, os conquistadores estão a sete pontos (em 18 possíveis) de superar o seu recorde de pontos numa única temporada no principal escalão do futebol português.
VERMELHO: Os binóculos da expulsão
No lado oposto, o FC Porto somou mais uma desilusão no último fim de semana - não sofria duas derrotas consecutivas na Liga há oito anos - e o espelho do seu momento nada positivo em 2023/24 reflete a expulsão de Pepe.
O experiente central português, que deveria ser uma voz de comando e tranquilidade num mar tão conturbado, perdeu o discernimento que lhe é devido e acabou expulso por protestos junto do árbitro Fábio Veríssimo, quando faltavam ainda 20 minutos para os 90.
Ou seja, Pepe deixou a sua equipa em inferioridade numérica, numa altura em que os dragões procuravam de forma desesperada pelo golo do empate e ainda vai ficar de fora do próximo jogo, frente ao Famalicão. Por muitas queixas que possa(m) ter, esta atitude do camisola 3 é incompreensível.
