Semáforo da Liga: História em Guimarães, loucura no Bessa e Chaves no fundo
VERDE: Bons ventos de Guimarães
A temporada terminou com chave de ouro para os dois emblemas mais representativos da cidade de Guimarães. Pese a instabilidade no comando técnico, que levou o clube a apresentar cinco treinadores ao longo da época, o Vitória SC bateu o recorde de pontos no principal escalão do futebol português.
Os vitorianos estavam obrigados a vencer na visita a casa do surpreendente Arouca (1-3), de Daniel Sousa, e não tremeram na hora de escrever o último capítulo da história de 2023/24. A equipa comandada por Rui Cunha na 34.ª e última ronda ainda foi para o intervalo em desvantagem, mas foi capaz de dar a volta e sair com os três pontos.
Já o vizinho Moreirense tinha igualado a sua melhor pontuação na Liga na jornada anterior, mas também não quis ficar por aí. Os homens de Rui Borges também ficam para a história. A vitória sobre o Estoril (2-1) permitiu aos cónegos fixar um novo máximo: 55 pontos.
Um magnífico trabalho do jovem técnico, em temporada de estreia na Liga, e já se fala mesmo na possibilidade de ele rumar ao Vitória SC na próxima época.
AMARELO: REIsinho eleito no último suspiro
Portimonense, Estrela da Amadora e Boavista chegavam à última jornada ainda com as contas da manutenção para resolver e sabiam de antemão que só dois é que podiam fugir ao play-off. Ao longo da tarde de sábado houve muitas emoções à flor da pele, por conta de um sobe e desce constante, e foi tudo decidido no último segundo. Literalmente!
Aos 90+7 o Boavista estava condenado ao play-off, em virtude da conjugação de resultados registados no momento, mas uma infração de um jogador do Vizela no Bessa mudou o final da história (2-2).
O árbitro Tiago Martins foi ver as imagens e não teve dúvidas em apontar para a marca dos onze metros, onde Miguel Reisinho vestiu a capa de herói e levou os milhares de adeptos da Pantera à loucura. Um final digno de filme.
VERMELHO: Chaves com a lanterna
A última jornada serviu apenas para cumprir calendário para os homens do Chaves, mas também para confirmar que os flavienses ficariam com o último lugar e os registos de pior ataque (31 golos marcados) e pior defesa (72 golos sofridos), este em igualdade com o Portimonense.
A derrota em Alvalade, frente ao campeão Sporting (3-0), foi o ponto final numa época para esquecer para o conjunto transmontano, que regressa ao segundo escalão, apenas duas épocas depois de ter alcançado a subida.
E já começaram as consequências: Moreno não vai continuar no comando técnico.