Sentença de Madson definiu debate no Algarve: Moreirense vence Farense (0-1)
Recorde as principais incidências
Farense e Moreirense têm mais pontos convergentes do que divergentes. Lembrando um debate político entre dois candidatos que defendem pontos parecidos, Farense e Moreirense começaram por trocar sorrisos, até ao primeiro ataque no sentido da baliza do adversário.
As duas equipas vieram da Liga 2 com um plano eleitoral recheado de boas intenções e os resultados ao longo da temporada fogem às sondagens iniciais, que apontavam os dois clubes à luta pela manutenção.
Por isso, não foi de estranhar que o espetáculo fosse entretido. Como tem sido habitual, o eleitorado preencheu bem as urnas do São Luís e o debate começou de uma forma interessante.
Logo aos 11 segundos, Rafael Barbosa deu o primeiro sinal da partida. Poucos minutos depois, os jogadores do Moreirense interromperam o adversário e tiveram os primeiros minutos de debate, com Gonçalo Franco a ameaçar a baliza de Ricardo Velho em duas ocasiões consecutivas.
O Moreirense era mais objetivo nas suas intenções e deixava impaciente o eleitorado algarvio, cujas intenções de voto pendiam claramente para os Leões de Faro.
Depois de um período de discurso equilibrado, o candidato do sul deu dois tiros no pé que acabaram por definir o rumo do debate.
O primeiro surgiu na sequência de um lançamento de linha lateral do Moreirense, mal defendido pelo Farense, que acabou por resultar no único golo da partida. Ricardo Velho ainda defendeu a primeira intenção de Madson, mas o extremo brasileiro acabou mesmo por marcar na recarga (30 minutos).
Numa altura fatídica para o partido de José Mota, o secretário geral do Farense não podia acreditar quando um dos seus representantes foi expulso da sessão, por entrada dura sobre Fabiano. O lateral cónego desviou-se a tempo de uma lesão grave, mas o VAR não deixou que Mattheus fugisse à expulsão e à consequente ausência da partida com o Sporting, em Alvalade.
Apesar da força do povo desde as bancadas do São Luís, era difícil recuperar de um momento destes e José Mota, que entrou no campo a protestar um possível penálti assinalado contra a sua equipa, sabia disso. O lance foi limpo, mas nem o Polígrafo conseguiu desfazer a verdade do resultado.
Com mais um jogador em campo, o Moreirense jogou pelo seguro e esperou que o seu adversário cometesse mais erros.
Perante tanta adversidade, nota positiva para este candidato (deixemos o número para Sebastião Bugalho). Reduzido a 10 e em desvantagem, José Mota não utilizou desculpas, nem fugiu à narrativa e foi à procura do empate.
Aqui e ali, Luís Asué tentou interromper o oponente com algumas iniciativas à entrada da área de Ricardo Velho, mas a defesa algarvia, qual Carlos Daniel, foi organizada na forma como manteve o jogo disputado até final.
A boa reação às falhas da primeira parte do debate foi suficiente para resgatar a boa avaliação, mas não o regresso aos pontos, que têm sido mais escassos nesta fase de eleições - o Farense somou a quinta jornada sem vencer.
Homem do jogo Flashscore: Madson (Moreirense)