Sérgio Conceição assume irritação no plantel: "Temos de voltar a ser uma equipa alegre"
Famalicão: “Espero um Famalicão à imagem do que tem sido nesta época, sempre competente, a fazer um campeonato dentro do que perspetivou. Os últimos dois jogos são os que analisámos mais em pormenor, com o novo treinador (Armando Evangelista). O Chiquinho e o Riccieli estavam bem, mas entrarão outros, porque o Famalicão tem um plantel bem apetrechado. Vamos defrontar uma boa equipa da nossa Liga, mais um jogo difícil em que temos de fazer o máximo para ganhar três pontos”.
Zé Pedro: “Faz parte do grupo de trabalho. Tem alternado entre jogar connosco e manter o ritmo da equipa B, onde é o capitão. Tem evoluído de forma positiva, tem sido um trabalho da parte dele muito interessante, confiamos nele, faz parte do lote de centrais da primeira equipa. Estamos contentes com os centrais, amanhã jogarão aqueles que eu achar, podem ser centrais ou não, posso fazer uma adaptação, vamos ver. Poderá jogar um outro jogador ali, mas contente com o Zé Pedro”.
Pepe: "Apresentou-se aqui como um dos primeiros para trabalhar, sempre com a mesma ambição e dedicação. Não houve diferença no comportamento, mas obviamente que o estado de espírito não é o melhor, como é óbvio e evidente. Não é novidade nenhuma darem mais ênfase a tudo aquilo que forma reações e não à causa. É habitual e não posso falar mais porque se não levo mais um processo”.
Cautelas: “O principal perigo é tudo o que advém da nossa equipa. Do ambiente que podemos ou não criar dependendo da nossa prestação e por vezes das incidências do próprio jogo. Não quero culpar nada, mas não temos tido muita sorte com situações so jogos e temos tido infelicidade com a terceira equipa em assinalar situações que o jogo mudaria. Não ligo muito a isso, mas fui ver dados do último jogo contra o Vitória SC em que sofremos 23 faltas, poucos cartões, muitas vezes o jogo interrompido. Somos a quipá com menos tempo útil de jogo. Nós queremos manter um ritmo alto de jogo, ganhar e é difícil. As vezes mostra-se amarelo aos jogadores por estarem a perderem tempo e é uma situação recorrente. Não estou a dizer que é só isso, porque apanhámos equipas competentes em termos de organização, mas são situações que olhamos e são vários jogos. Não é normal o FC Porto estar tão baixo no tempo útil de jogo. Via entroncar noutras situações negativas que temos tido. Depois aliando a isso alguma falta de capacidade que temos de dar a vilta por cima”.
Trabalho mental: "É o mais importante durante a época. As equipas técnicas são bem compostas por diferentes elementos que são uma mais-valia, depois há essa componente mais emocional do jogo, que fazem mudar o foco na estratégia definida, a capacidade de ser intenso, isso é comandado pelo estado emocional. É tão importante como a estratégia que definimos. Não é fácil, no momento em que vivemos é o ano mais difícil nesse aspecto. E tudo o que o clube vive neste momento. Não estou a excluir que nós também não estivemos bem aqui ou acolá”.
Estratégia: “Há sempre coisas a ajustar, coisas que temos de analisar em função do que temos ou que o jogo nos dá. Mas há sempre algumas situações negativas que impede a equipa de se apresentar com mais soluções, mas nós temos de arranjar soluções e que a equipa entre no jogo focados e concentrados no que temos de fazer para o jogo de amanhã. Não vale a pena olhar para o que passou, analisar e focar no futuro próximo”.
Descontrolo emocional: “É uma consequência do que tem acontecido e que os jogadores estão atentos. Por vezes deviam tapar os ouvidos e fechar oso olhos, mas facilmente circulam muitas opiniões e notícias e por vezes é difícil manter a calma e o foco porque isto não nos leva a nada, só prejudica. O nervo é bom, o estar ligado ao jogo é fundamental, mas entrar em irritação com o que não podemos controlar só nos prejudica. Por vezes não é fácil. Há duas formas de ver isto: O Pepe que se descontrolou, mas daqui a muitos anos não vai haver nenhum com ele com esta qualidade aos 41 anos. Vejo exemplos um Pepe, um Cristiano Ronaldo, com coisas que por vezes num jogo vivido com muita emoção e paixão. Tem que ver com ter carreiras longas, com vitórias na Liga dos Campeões e ainda estar tão dentro do jogo contra um Estoril que comete um excesso. É isso que faz a manchete e não aquilo que ele. Falo dele, do Ronaldo que foi expulso e li coisas poucos agradáveis. Temos de ter orgulho. Estou a viver história com eles, mas dão brilho ao que não tem brilho nenhum. A irritação é geral, mas precisamos de ter os jogos ligados, mas com frescura mental.”
Conversas no balneário: "Alguns jornalistas sabem que tivemos sessões bidiárias e alguns jornalistas souberam. É por isso que perguntam? Eu acho que as conversas são importante. As coisas são faladas, eu gosto de enfrentar os desafios. Consoante o momento nós vamos ajustando o que é o nosso treino e estou cá para isso, pagam-me para isso, para tirar a equipa de uma situação menos positiva e levar para um patamar diferente. Temos de dar a voltar e voltar a ser uma equipa alegre para ter os resultados positivos”.