Só é preciso uma centelha de esperança: Portimonense vence Vitória de Guimarães (2-1)
Reveja aqui as principais incidências da partida
A lamber as feridas da eliminação da Taça da Liga às mãos do Tondela, o Vitória de Guimarães regressou ao D. Afonso Henriques à procura de voltar a sorrir. Paulo Turra promoveu três alterações na equipa. Bruno Gaspar, João Mendes e Afonso Freitas regressaram ao onze.
No lado do Portimonense, Paulo Sérgio introduziu três caras novas. Vinícius Costa entrou para o lugar de Nakamura, Lucas Ventura, Paulinho e Jasper também figuraram nas escolhas dos algarvios.
A tranquilidade
Apesar da chuva que se fazia sentir no Estádio D. Afonso Henriques, as duas equipas entraram em campo sob brasas. Depois de um arranque quase perfeito (três vitórias), o Vitória de Guimarães sofreu duas derrotas e o desaire com o Tondela não abonou a favor de Paulo Turra. Já o Portimonense ainda procurava o primeiro triunfo nesta edição da Liga.
Foram os vimaranenses a conseguir chegar primeiro à tranquilidade, que surgiu pelos pés de Jota. Aos 17 minutos, o avançado português inteligentemente tirou Seck do caminho e contou com uma ajuda de Filipe Relvas para marcar golo.
Planos rasgados
Em vantagem, o Vitória mostrou uma postura mais adulta. Percebeu a aglomeração de jogadores do Portimonense no centro e procurou quase sempre utilizar as faixas, ou esticar jogo com Jota e André Silva para provocar perigo.
Já o Portimonense voltou a apresentar algum desnorte em termos ofensivos. A equipa de Paulo Sérgio sente muitas dificuldades em urdir jogadas e só mesmo pela aceleração de Hélio Varela é que consegue criar algum tipo de perigo. Um cenário alarmante.
Paulo Sérgio ainda tentou dar outra face à equipa, com a saída de Lucas Ventura aos 28 minutos (e o médio não escondeu a insatisfação). Acabou com Pedrão a lateral-direito, onde jogava agora Formiga, passou para uma defensa a três e espelhou o esquema montado por Paulo Turra.
Se é verdade que estancou o caudal ofensivo vitoriano (só o remate de Jota ao poste, aos 40 minutos, é que preocupou verdadeiramente), o Portimonense raramente conseguiu incomodar Bruno Varela.
Erros
Em total controlo do jogo, o Vitória de Guimarães procuro evitar erros. A nódoa ia caindo no melhor plano, quando Bruno Varela errou uma abordagem a um livre e o esférico só não entrou dentro da baliza depois de embater em Tomás Ribeiro por mera sorte.
Foi o sinal de aviso para aquilo que viria a acontecer já no final, depois de um segundo tempo morno, sem grandes oportunidades de lado a lado (existiu emoção, num lance que acabou por ser assinalado fora de jogo).
Aos 80 minutos, Manu Silva caiu por cima de Gonçalo Costa e Fábio Veríssimo assinalou penálti. Um lance que não parecia levar perigo tornou-se na melhor oportunidade dos algarvios. Chamado a converter, Carlinhos não desperdiçou. Bruno Varela ainda adivinhou o lado, mas não conseguiu segurar o remate colocado.
Balde de água fria
O Vitória reagiu bem ao golo sofrido. Partiu para cima do adversário que recuou linhas e tentou chegar ao golo do triunfo. Jota Silva e Tomás Handel testaram a atenção do guarda-redes algarvio que respondeu bem.
Uma das piores defesas do campeonato, o Portimonense mostrou uma compenetração assinalável para evitar o assalto final e conseguiu, para desespero das bancadas, onde os assobios eram cada vez mais audíveis.
E pior ficaram aos 90+6 minutos. Enquanto reclamavam um penálti na área contrária, Gonçalo Costa arrancou e viu Carlinhos usou toda a qualidade técnica para fazer o golo da vitória. Uma reviravolta inesperada em que uma centelha de esperança foi tudo o que a equipa de Paulo Sérgio precisou para sonhar.
O Vitória de Guimarães somou a segunda derrota consecutiva na Liga e está com 9 pontos, no quinto lugar. Já o Portimonense subiu ao 13.º posto, com cinco pontos.
Homem do jogo Flashscore: Carlinhos (Portimonense).