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Sporting torna Harder alternativa a Ioannidis e divide maior despesa com Benfica

LUSA
Conrad Harder oficializado como jogador do Sporting
Conrad Harder oficializado como jogador do SportingSporting CP
A fracassada novela em torno de Fotis Ioannidis foi resolvida pelo Sporting com a chegada de Conrad Harder na segunda-feira, último dia da janela de transferências na Liga Portugal, cujos maiores investimentos foram dos leões e Benfica.

Colocado na rota dos campeões nacionais ainda antes do final da época passada, Ioannidis era o principal alvo do treinador Rúben Amorim para colmatar a saída de Paulinho no ataque, mas a permanente intransigência dos gregos do Panathinaikos obrigou a privilegiar alternativas na reta final do mercado.

O brasileiro Vitor Roque foi sondado já na derradeira quinzena de agosto, mas acabou emprestado pelo FC Barcelona ao Betis em Espanha e motivou a investida no jovem dinamarquês Conrad Harder, recrutado ao Nordsjaelland por 19 milhões de euros (ME) fixos, acrescidos de três ME em bónus, na transação mais cara do defeso.

O guarda-redes bósnio Vladan Kovacević (ex-Raków, 4,8 ME), o defesa central belga Zeno Debast (ex-Anderlecht, 15,5 ME, mais 5,5 ME em variáveis) e o extremo esquerdo uruguaio Maxi Araújo (ex-Toluca, 13,6 ME) foram outras incursões do Sporting, que recuperou o guardião Diego Callai do empréstimo ao Feirense.

As contratações mais caras da história do Sporting
As contratações mais caras da história do SportingFlashscore

A despesa leonina de 52,9 ME suplantou os 39,1 ME desembolsados pelo FC Porto, novo destino do lateral esquerdo Francisco Moura (ex-Famalicão, cinco ME), do avançado espanhol Samu Omorodion (ex-Atlético de Madrid, 15 ME) e do dianteiro sueco Deniz Gül (ex-Hammarby, 4,5 ME, mais 500.000 euros em objetivos).

O argentino Nehuén Pérez (ex-Udinese, 4,1 ME) e Tiago Djaló (ex-Juventus), ambos centrais, e o médio Fábio Vieira (ex-Arsenal), de regresso aos dragões dois anos depois, chegaram por empréstimo, da mesma forma como o extremo direito Francisco Conceição, filho do ex-treinador portista Sérgio Conceição, rumou aos bianconeri, quatro meses depois de a anterior administração então liderada por Pinto da Costa ter exercido uma opção de 10,5 ME junto dos neerlandeses do Ajax.

O avançado espanhol Fran Navarro, de regresso da cedência aos gregos do Olympiacos, vencedores da Liga Conferência, também agitou o primeiro mercado azul e branco sob presidência de André Villas-Boas e liderança técnica do antigo adjunto Vítor Bruno, mas com vigilância do regime de fair play financeiro da UEFA.

O investimento de 52,5 ME do Benfica repartiu-se entre o defesa esquerdo alemão Jan-Niklas Beste (ex-Heidenheim, oito ME), o médio luxemburguês Leandro Barreiro (ex-Mainz), o extremo esquerdo turco Kerem Aktürkoglu (ex-Galatasaray, 11 ME) e o ponta de lança grego Vangelis Pavlidis (ex-AZ Alkmaar, 18 ME).

O lateral direito burquinês Issa Kaboré (ex-Manchester City), o centrocampista Renato Sanches (ex-Paris Saint-Germain), campeão europeu por Portugal em 2016 e regressado à Luz oito anos depois, e o dianteiro suíço Zeki Amdouni (ex-Burnley) vieram por empréstimo, enquanto o defesa canhoto espanhol Álvaro Carreras e o extremo destro argentino Benjamín Rollheiser tiveram as respetivas opções de compra de seis ME e 9,5 ME acionadas junto do Manchester United e do Estudiantes.

O Benfica resgatou ainda o dianteiro dinamarquês Andreas Schjelderup da cedência ao Nordsjaelland, numa altura em que está sem treinador, após ter despedido o alemão Roger Schmidt no sábado, a apenas dois dias do fecho do mercado, decisão tomada três semanas antes pelo SC Braga, ao render Daniel Sousa por Carlos Carvalhal logo após a jornada inaugural da Liga Portugal, num verão em que totalizou gastos sem precedentes de 21,45 ME.

Bright Arrey-Mbi (ex-Hannover, 6,2 ME), Thiago Helguera (ex-Nacional, 3,75 ME), João Marques (ex-Estoril Praia, 3,5 ME), Amine El Ouazzani (ex-Guingamp, 3,5 ME), Roberto Fernández (ex-Málaga, 1,8 ME) e Robson Bambu (ex-Nice, 1,2 ME) implicaram custos de transferência, tal como Bartlomiej Wdowik, que tinha chegado do Jagiellonia Bialystok por 1,5 ME, mas seria emprestado ao Hannover poucas semanas depois.

Se Yuri Ribeiro (ex-Legia Varsóvia), Ismaël Gharbi (ex-PSG), Gabri Martínez (ex-Girona) ingressaram como agentes livres, João Ferreira (ex-Watford) e Rafik Guitane (ex-Estoril Praia) acertaram cedências, tendo Jean-Baptiste Gorby e André Horta voltado do Paços de Ferreira e do Olympiacos, respetivamente.

Os últimos dois meses contaram com especial azáfama em Vila do Conde, onde o Rio Ave atingiu as duas dezenas de reforços por entre quase seis ME, movido pela recente entrada do grego Evangelos Marinakis com investidor maioritário da recém-criada SAD verde e branca, num volume perseguido pelo Estrela da Amadora, cujo conterrâneo Nani, campeão da Europa em 2016, retornou ao futebol nacional cinco anos depois, após rescindir com o Adana Demirspor.

Em sentido inverso, o Boavista enfrentou impedimentos de inscrição de novos jogadores da FIFA pela quarta janela consecutiva, devido a dívidas, consentindo as saídas dos reforços Bruninho e Ibrahim Alhassan, ambos oficializados em julho, ao fim de dois meses.

Vários jogadores regressaram à Liga Portugal, casos de Leonardo Buta, Gabrielzinho e Guilherme Schettine (Moreirense), Ivo Rodrigues (Arouca), Rafa Soares, Gil Dias, Rochinha e Mario González (Famalicão), Cassiano (Casa Pia), Lucas Áfrico, Raúl Silva, Derick Poloni, Filipe Soares, Álex Millán e Tomané (Farense) ou João Novais, Kiko Bondoso, Tiago Morais, Clayton e Ahmed Hassan (Rio Ave).

Desse lote também constam Jordi Mboula (Gil Vicente), Pedro Amaral, João Carvalho, Xeka e Hélder Costa (Estoril Praia), Francisco Ferro, Danilo Veiga, Alan Ruiz e Jovane Cabral (Estrela da Amadora), Frederico Venâncio e Guilherme Ramos (Santa Clara), Miguel Baeza, Nigel Thomas e Dyego Sousa (Nacional) ou Kiki, Giorgi Aburjania e Jaume Grau, todos recrutados pelo AVS, que surpreendeu na segunda-feira com o anúncio de Guillermo Ochoa, histórico guarda-redes da seleção do México.