Tassano privou com Gonzalo García e atira: "Excelente pessoa, vai dar certo no Arouca"
O Arouca não perdeu muito tempo para anunciar o sucessor de Daniel Sousa. O escolhido é o uruguaio Gonzalo García, de 40 anos, uma aposta arrojada, um pouco semelhante ao que tem sido a política de contratações do emblema da Serra da Freita, de reconhecido sucesso.
Mas, afinal, quem é Gonzalo García? Após uma carreira de futebolista com passagem pela formação do Real Madrid e que atingiu níveis muito interessantes nos Países Baixos e em Chipre, o uruguaio natural de Montevideo decidiu abraçar a carreira de treinador na época seguinte à de ter pendurado as chuteiras no SD Compustela, em 2017/18.
O início do novo capítulo da sua vida aconteceu no Esbjerg fB, da Dinamarca, onde foi adjunto de John Lammers, antes do regresso aos Países Baixos, então como adjunto do Twente.
"Conheci o Gonzalo quando fui para o Twente e ele foi muito importante para mim. Como também é uruguaio, ajudou-me muito nos primeiros dias no clube e, claro, durante a temporada. Só lhe posso agradecer por tudo", introduz o central Cristian Tassano, que na época agora finda esteve emprestado ao Torreense pelos russos do Khimki, em declarações ao Flashscore.
"Era minha intenção regressar na época seguinte ao Twente (estava emprestado pelo Sevilha), mas não foi possível... Foi nesse ano que ele sobe para treinador principal. Eu fui sempre falando muito com os meus colegas para perceber como é que o Gonzalo e perguntava-lhes sobre a ideia que ele tinha", prossegue.
"Sempre disseram coisas boas sobre ele. É um treinador que gosta de futebol ofensivo, sempre a sair com a bola, e não me surpreendeu nada, porque ele tinha sido jogador e conhecia o nosso lado, além de ter boas ideias", completa.
"Arouca vai ser muito bom para ele"
"Entrega", "garra" e "luta". É desta forma que Tassano descreve o perfil de um uruguaio. Além das questões técnicas, naturalmente importantes para o sucesso desportivo, o central assinala o lado humano do compatriota.
"É uma excelente pessoa. Estava sempre do lado dos jogadores e disponível para ajudar no que fosse preciso. (...) Estive a ver alguns comentários sobre a sua vinda e muitos diziam que a aposta em treinadores espanhóis não tem corrido bem aqui em Portugal. Mas ele não é espanhol, ele é uruguaio...", anota.
"Não esperava que ele viesse para Portugal, mas acho que é algo muito bom para ele e para a sua carreira. Acho que vai dar certo, ainda por cima no Arouca, que fez uma boa época e tem excelentes jogadores. Os adeptos têm de acreditar, porque eu acredito que vai correr muito bem", sustenta.
Após os dois anos no Twente, Gonzalo García passou mais dois na Croácia, então ao serviço do NK Istra 1961, antes de uma paragem de uma época, para agora assumir o Arouca.
Algum conselho? "Que siga as suas ideias. Tem boas ideias e acho que vai fazer uma boa época".