Trinta minutos para esquecer o mau arranque: Benfica vence Casa Pia na Luz
Recorde as incidências da partida
O fantasma da primeira jornada assombrou os encarnados ao longo da última semana. As vozes críticas em torno de Roger Schmidt voltaram a acentuar-se, muito por culpa do parco futebol apresentado em Famalicão e que resultou numa derrota, por 2-0. Os adeptos dos encarnados, sobretudo eles, esperavam mais para a segunda ronda.
O Estádio da Luz voltou a abrir as portas e o treinador germânico foi muito mais conservador do que era expectável. Apenas uma alteração no onze em relação ao último encontro, com o internacional português António Silva a ocupar a vaga de Morato no eixo defensivo das águias, ao lado de Tomás Araújo. Já o Casa Pia de João Pereira apresentou-se com uma mudança significativa na baliza - Patrick Sequeira no lugar de Ricardo Batista.
Onde andas, confiança?
Depois da pálida imagem em Famalicão, era esperado que o Benfica desse uma resposta cabal e dissipasse grande parte das dúvidas em relação à sua qualidade coletiva. Esse seria sempre o cenário ideal para afastar as vozes críticas, mas não aconteceu nos primeiros 45 minutos.
As águias até entraram dominantes e, logo aos três minutos, conseguiram levar a bola à zona de ação do guarda-redes Patrick Sequeira. Gianluca Prestianni recebeu de Alexander Bah e rematou ligeiramente ao lado da baliza dos gansos. Pouco depois, na outra baliza, Trubin mostrou segurança para defender o remate de Nuno Moreira.
A confiança ou a falta dela, neste caso, parecia não querer nada com a turma de Roger Schmidt. As peças pareceram muitas vezes desenquadradas e o fio de jogo simplesmente não existia. O rasgo de irreverência que havia de Rafa em 2023/24 desapareceu e reencarna de sol a sol nos pés do miúdo Prestianni. Mas parece insuficiente.
Seguimos de volta ao jogo. Aos 25 minutos, João Mário aproveitou o espaço e atirou forte para defesa de Patrick Sequeira. Um pequeno bruá nas bancadas para acordar uns adeptos cada vez mais descrentes.
Uma aproximação ali, uma aproximação acolá e pouco mais. O intervalo chegou com um coro de assobios e podia ser visto como sendo o melhor conselheiro das águias, que precisavam, acima de tudo, acertar agulhas.
Uma boa notícia: Tiago Gouveia
No regresso para o segundo tempo, Prestianni apareceu novamente como elemento mais inconformado, mas foi já sem o jovem argentino em campo que o Benfica chegou ao golo.
Aos 65 minutos, Roger Schmidt promoveu uma tripla alteração - Marcos Leonardo, Kokçu e Tiago Gouveia foram a jogo - e a equipa soltou-se um pouco mais e encontrou o caminho para o 1-0.
Álvaro Carreras, que tinha entrado no decorrer do primeiro tempo para o lugar do castigado Beste, iniciou a jogada, colocou o esférico em Tiago Gouveia e o jovem extremo cruzou com conta, peso e medida para o cabeceamento certeiro de Vangelis Pavlidis.
Logo no minuto seguinte, Nuno Moreira desperdiçou uma oportunidade soberana na cara de Trubin, e o Benfica encontrou a tranquilidade por Tiago Gouveia. O jovem extremo entrou e revolucionou por completo o jogo das águias, com um golo para o 2-0 depois da assistência que abriu definitivamente o jogo.
Já mais confortáveis na partida, a águias dissiparam todas as dúvidas em cima do minuto 90, quando Aursnes atirou para o fundo da baliza casapiana.
Contas feitas, o Benfica não foi brilhante, mas venceu... e os adeptos podem respirar de forma um pouco mais tranquila, pelo menos até ao próximo jogo.
Homem do jogo Flashscore: Tiago Gouveia (Benfica)