Um chapéu que esconde muitas debilidades: Estoril vence Nacional
Reveja aqui as principais incidências da partida
Vamos começar com uma frase feita do léxico futebolês (não será o única). Este era um daqueles jogos que são de 6 pontos. Estoril e Nacional começaram a época aquém das expectativas e partiam na zona inferior da tabela, com perspetivas de uma luta complicada por se manterem na elite.
As duas equipas mudaram muito durante este mercado de transferências e a pausa internacional era aquilo que os treinadores precisavam para encaixar os reforços e trabalhar rotinas. E o Nacional de Tiago Margarido não desperdiçou o tempo. No primeiro quarto de hora, o golo rondou a baliza de Joel Robles: Rúben Macedo e Tiago Reis desperdiçaram cabeceamentos, Appiah viu o guardião espanhol defender o remate e Ulisses acertou no poste após um cruzamento da direita.
Surge então o segundo cliché: quem não marca, sofre. Num dos poucos erros cometidos durante a partida, Esteves errou o atraso, Lucas França falhou o alívio de recurso e João Carvalho (19’) colocou a bola no fundo das redes com um belo chapéu, de aba larga o suficiente para esconder um início de jogo bastante débil.
O Nacional pareceu acusar o toque. A equipa de Tiago Margarido continuou a dominar a partida, a acercar-se com perigo, a ter as oportunidades, mas este era um dia não. Daqueles em que a bola não quer entrar (outra frase feita).
A frustração de Ulisses, que pontapeou Zanocelo de forma irresponsável quando o adversário estava no chão e foi expulso, representou o estado de alma de um Nacional que tentou, tentou, mas percebeu que hoje só ia levar frustração da Amoreira. Muito pouco frente a um Estoril que nem em vantagem numérica conseguiu ameaçar.
Para a história fica o terceiro jogo consecutivo sem sofrer golos e a primeira vitória do Estoril. Um balão de oxigénio na tabela para Ian Cathro, mas que não esconde as muitas dificuldades desta equipa. O Nacional cai para o 15.º lugar com quatro pontos.
Homem do jogo Flashscore: João Carvalho (Estoril)