Mudanças
Jogo antecipado da 15.ª jornada, a partida encerrava a curiosidade da estreia de Ruben de la Barrera. Treinador galego, que deixou a seleção de El Salvador para assumir o conjunto vizelense, surgiu como um desconhecido. O primeiro onze do Vizela não trazia muitas mudanças (Lacava, castigado, e Diogo Nascimento deram o lugar a Matheus Pereira e Bustamante), mas já com uma nuance tática, com a equipa a jogar com três centrais (Escoval era o central pela esquerda, Matheus Quaresma fazia todo o corredor).
No Moreirense, Gonçalo Franco regressou ao onze, naquela que foi a única mexida de Rui Borges em relação ao conjunto que venceu o Portimonense na ronda passada.
Mudanças também aconteceram na equipa de arbitragem. Artur Soares Dias e Paulo Soares foram designados para estar no VAR, pelo Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol, mas ficaram retidos no trânsito da A1 e foram rendido por Hugo Miguel e Hugo Ribeiro.
Pragmatismo
Com a vitamina da chicotada psicológica e perante um estádio bem composto para assistir a um dérbi, o Vizela entrou melhor na partida. Com Samu a surgir mais avançado e a funcionar como organizador, o conjunto da casa foi tentando construir jogadas mais elaboradas para chegar ao golo, mas raramente incomodou Kewin (exceção feita a um desvio de Essende após cruzamento de Matheus Pereira).
Já o Moreirense, galvanizado por um excelente regresso à Liga, mostrou exatamente aquilo que tem ajudado a equipa de Rui Borges a triunfar. Coesos a defender, os cónegos foram pragmáticos na saída para o ataque e acabaram por ser a equipa mais perigosa do primeiro tempo. Alanzinho (29 minutos) e João Camacho (43 minutos) obrigaram Buntic a defesa atenta, mas a melhor oportunidade surgiu aos 30 minutos: Dinis Pinto surgiu na direita, cruzou e a bola cruzou toda a área sem que ninguém lhe tocasse.
Assim terminaram 45 minutos sem golos, mas entretidos em Vizela.
Faltou baliza
A etapa complementar cozeu-se muito nas mesmas linhas dos primeiros 45 minutos. O Vizela continuou a dominar a posse de bola, mas pecou por falta de aproximação à baliza. Um disparo de Bustamante (53 minutos) ao lado e uma chegada atrasada de Essende a um cruzamento de Matheus Pereira (63 minutos) foram os melhores momentos de uma equipa que parece ter falta de poder de fogo.
No lado contrário, o Moreirense também pareceu acusar algum desgaste. A entrada de Kodisang (60 minutos) deu uma faísca à equipa cónega (e resultou em amarelos para Escoval e Matheus Pereira), mas não se traduziu em termos efetivos e ninguém conseguiu desfazer o nulo.
Feitas as contas, o Vizela somou o segundo empate consecutivo e, conjugado com a derrota do Rio Ave, conseguiu deixar a zona de despromoção. Soma 12 pontos, os mesmo que vila-condenses e Gil Vicente (menos um jogo), no 15.º posto. Já o Moreirense está na sexta posição, com 26 pontos a três do Vitória SC, quinto classificado.
Homem do jogo Flashscore: Marcelo (Moreirense).
