Um último suspiro para não estragar a festa: Vitória SC empata com Farense (1-1)
Reveja aqui as principais incidências da partida
Em relação à equipa que bateu o FC Porto na última jornada, Álvaro Pacheco fez apenas uma alteração forçada. Manu cumpri castigo e foi rendido por Jorge Fernandes no trio de centrais. Ricardo Mangas continua lesionado e Afonso Freitas é o dono do lado esquerdo da defesa do Vitória SC. Continuava a aposta num onze sem referências ofensivas, com Jota Silva e Kaio César a dividirem a frente de ataque com João Mendes.
No Farense, José Mota também mudou uma peça. Rafael Barbosa assumiu a posição mais avançada do meio-campo, com Mattheus Oliveira a ser relegado para o banco de suplentes.
A festa passa pesadelo
O ambiente era de festa em Guimarães. Na luta pela final da Taça de Portugal e com o pódio a uma distância que permite sonhar, os adeptos vimaranenses voltaram a mostrar o apoio inexcedível que os caracteriza. Depois de um cordão para acompanhar o autocarro, o D. Afonso Henriques apresentou-se com uma moldura humana de assinalar (quase 20 mil adeptos).
E o que até parecia ser uma tarde de festa, para dar as boas sensações que a equipa precisa para virar a eliminatória da Taça de Portugal no Dragão, acabou por virar algum pesadelo.
Com um bloco baixo, o Farense mostrou desde cedo ao que vinha. Belloumi recuperou o fulgor do início da temporada e a equipa algarvia carregava pelo lado direito, aproveitando as combinações do argelino com Pastor.
E foi assim que chegou o primeiro golo. Belloumi conduziu, Pastor cruzou e Bruno Duarte (9 minutos) antecipou-se a Jorge Fernandes para cabecear para o fundo das redes. A lei do ex a estragar o ambiente de festa vitoriana.
A partir do golo, o Vitória SC assumiu o controlo do jogo e até conseguiu marcar com um belo remate de João Mendes (anulado por fora de jogo de Jota Silva), mas acabou por esbarrar quase sempre na organização defensiva algarvia. O Farense também ia ameaçando com saídas rápidas e as bancadas sentiam e a frustração era visível com alguns assobios audíveis. O ambiente também ia transparecendo para a equipa, com o insólito de Jorge Fernandes recusar-se a juntar-se à reunião durante a pausa para refrescar aos 30 minutos.
No final do primeiro tempo, talvez a segunda pior notícia do primeiro tempo para Álvaro Pacheco. João Mendes lesionou-se num lance com Rafael Barbosa e saiu em lágrimas e de maca do relvado do D. Afonso Henriques. Uma das figuras da equipa com um problema físico que não augurava nada de bom.
Uma estreia
O segundo tempo a toada da partida virou completamente. Como era de esperar, o Vitória SC assumiu o total controlo da partida e procurou a todo o custo o empate.
Jota Silva deambulou por todas as posições do ataque, Nélson Oliveira entrou para ser referência, viu Butzke juntar-se-lhe para jogarem ambos em cunha. Nuno Santos tentou emular aquilo que João Mendes fez na primeira parte. Os vitorianos apertaram, mas o melhor que conseguiram foram um remate de Miguel Maga, isolado, que Ricardo Velho segurou.
O Farense aguentava com podia. Muito assente num Cláudio Falcão tentacular no meio-campo, tapando os principais caminhos de acesso às zonas de perigo e Bruno Duarte sempre perigoso nas saídas para o ataque. Tudo isto enquanto tentava meter o jogo no congelador com substituições e lesões numa tarde quente em Guimarães (em termos de temperatura e de ambiente).
Foi preciso esperar até aos 90+7 minutos para finalmente o Vitória SC conseguir quebrar a resistência algarvia. E por intermédio de um lance de bola parada. Numa jogada de insistência de André André surgiu um canto no lado direito. Bola batida para a área, com Jorge Fernandes a subir mais alto e a colocar a bola no fundo das redes, para festa das bancadas. Foi a estreia a marcar do central.
O caldeirão do D. Afonso Henriques despertou, mas faltava tempo para mais. Pouco depois, o árbitro apitou e terminou a partida com um misto de alívio e frustração.
Com este resultado, o Vitória SC está no quarto lugar com 57 pontos, mas ainda espera pelo que SC Braga (56 pontos) e FC Porto (58) vão fazer. Já o Farense consegue chegar aos 31 pontos e pode respirar melhor em relação à zona de despromoção.
Homem do jogo Flashscore: Cláudio Falcão (Farense).