Uma nova era de esperança: Casa Pia vence Arouca (1-0)
Reveja aqui as principais incidências da partida
Na 22.ª jornada da Liga, o Casa Pia estreava o terceiro treinador. Depois de Filipe Martins e Pedro Moreira era a vez de Gonçalo Santos, antigo jogador do Estoril e adjunto das últimas duas equipas técnicas, tomar as rédeas dos gansos. E uma das primeiras medidas foi o regresso ao 3x4x3, com destaque para o regresso ao onze de Nermin Zolotic e as entradas de André Geraldes e Rúben Lameiras.
No lado do Arouca, Daniel Sousa manteve a confiança no mesmo ozne que bateu o FC Porto na ronda anterior. Apesar de começar na ala esquerda, Morlaye Sylla derivava para o meio e permitia a Cristo González jogar com mais liberdade no apoio a Mújica.
As costas do lobo
Desde o primeiro minuto que se percebeu a toada da partida. Mais personalizada e numa fase de plena confiança, o Arouca assumiu o controlo da posse da bola e encostou à área uma equipa lisboeta a quem parecia faltar alguma agressividade defensiva.
Ricardo Batista brilhou ao negar os remates de Cristo González e (8 minutos) e Morlaye Sylla (39 minutos), mantendo a baliza a zeros e permitindo ao Casa Pia sonhar com um desfecho mais positivo em relação às últimas jornadas (em cinco rondas só conseguiu um empate com o Boavista). Porque se é certo que os lobos da Serra da Freita apertavam o cerco na frente, abriam espaço nas costas e os gansos sabiam exatamente o que explorar.
Aos 17 minutos, Nuno Moreira deu um aviso, quando permitiu a Arruabarrena uma grande defesa. Aos 20 minutos, Rúben Lameiras, lançado por Tchamba colocou mesmo a bola no fundo das redes, mas o lance foi invalidade por um fora de jogo de sete centímetros. Mas estava dado o aviso, este era um ganso que sabia morder.
À terceira é de vez
A etapa complementar não diferiu muito daquilo que foram os primeiros 45 minutos. O Arouca é uma equipa bem estruturada, com jogadores que sabem tratar a bola e bastantes recursos ofensivos, mas apresentou-se algo passivo em Rio Maior e nunca conseguiu aproveitar algumas dúvidas de um Casa Pia que tinha como principal prioridade não voltar a perder.
E quando conseguiua encontrar o caminho da baliza esbarrava num Ricardo Batista inspirado. O guarda-redes voltou a exibir-se ao melhor nível da época passada e por duas vezes negou o golo a Cristo González e Jason Remeseiro, com defesas atentas.
No ataque a ideia era simples: aproveitar o físico de Clayton e chegar o mais rápido possível ao ataque. Aos 52 minutos, o avançado brasileiro teve um golo anulado, novamente numa jogada em que foi lançado em profundidade, mas já o povo que à terceira é de vez numa fonte de sabedoria que raramente erra.
Aos 74 minutos, Pablo Roberto conseguiu sair pela esquerda, aproveitou a demasiada impetuosidade de Robson Bambu (que chocou com um colega) e ao chegar à linha de fundo cruzou para a área onde apareceu Clayton a festejar aquele que foi o sétimo golo na Liga.
Em vantagem, o Casa Pia cerrou fileiras, procurou defender-se e agarrar-se a três pontos preciosos, que contaram com a ajuda da trave, num lance que a finalização de Mújica acabou desviada por Zolotic.
Mais de dois meses depois (três derrotas e um empate), o Casa Pia voltou a vencer em casa e afastou-se do lugar de play-off de manutenção. Está agora no 11.º posto, com 23 pontos, mais dois que o Rio Ave. Já o Arouca encontra-se na sétima posição com 28 pontos.
Homem do jogo Flashscore: Ricardo Batista (Casa Pia).
