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Santa Clara: "É um adversário que vem de uma dinâmica interessante do ano passado e se dúvidas houvesse quanto a isso, fizeram questão de as dissipar neste início de época. Tiveram vitórias na pré-época perante adversários da Liga Portugal, uma vitória contundente agora no Estoril depois de terem estado a perder (1-4), na pré-época perdiam por 2-0 com o Boavista e venceram 2-4, com o Rio Ave a perder 1-0 viram para 1-2... Isso tem muito de autor. É uma equipa adulta, madura, que sabe o que faz em campo e que nos vai exigir para irmos equipados com o espírito FC Porto, com espírito de missão".
Saídas: "O Evanilson não está na convocatória, é sempre impactante a 24 horas do jogo perder alguém tão influente, não podemos esquecer os números desde que chegou, 60 golos... Sempre com um número assinalável de jogos por época, mesmo apesar das lesões que o condicionaram, mas esteve sempre presente. Faz mais falta quem neste momento está cá. A saída do Fábio (Cardoso) também está confirmada, sinceramente olhamos para os titulares absolutos e são ausências que fazem falta por aquilo que são e representam, o Fábio não sendo um titular indiscutível e perdendo espaço no ano passado e este ano, é alguém que é um profissional que dá gosto de trabalhar. Carácter acima do normal num balneário, muito apaixonado, muito honesto, sério e comprometido com o trabalho. De todos os profissionais que já trabalhei fará parte do meu 11 titular, merece tudo de bom, nunca desiste e esses são os verdadeiros campeões, que quando tudo se está a desabar conseguem agarrar-se às pequenas pontas. É de assinalar o seu espírito".
Evanilson a caminho do Bournemouth - leia aqui
Consequências desportivas e entradas: "Teremos de olhar para o mercado, tenho falado de forma reiterada nas conferências e é fruto da realidade do futebol. O presidente sabe das necessidades da equipa, a comunhão é total e a partilha é permanente, eu também sei a necessidade que o clube tem de fazer encaixes financeiros. É algo que não consigo controlar, mas temos que estar atentos, alvos identificados e soluções dentro de casa que podem dar resposta e é isso que temos".
Mudança no estilo de jogo: "Muitas vezes a capacidade das grandes equipas é adaptarem-se ao que o jogo pede, esse é segredo de quem está com uma grande maturidade. Às vezes há jogos que nos pedem para chegar à baliza em dois toques, outros que pedem 40 ou 50 passes e esse vai ser o segredo de amanhã. Perceber em que condições o jogo vai aparecer, adequar e adaptar rapidamente e que os jogadores percebam que vai ser preciso competir, só assim conseguimos um bom resultado. Isto é ponto de ordem, cada minuto e segundo vão ter que ser no máximo. Nos Açores é sempre difícil, nos últimos 4 jogos, ganhamos 2, perdemos 1 e empatamos outro. Em casa têm sempre bons resultados, não queremos sofrer com isso".
Francisco Conceição: "Se está a ser negociado não sei, faço mea culpa porque na última conferência disse que estaria disponível em 2 ou 3 dias, mas na terça-feira, e era essa a nossa previsão de regresso, teve que fazer uma manobra mais invasiva para ver se conseguimos debelar o problema que ele tem. Isto não é tanga, não é tabu, é exatamente assim. Esperamos que possa integrar o trabalho de amanhã com os não-convocados e treinar com a equipa no sábado para continuar com a equipa na próxima semana. Se está ou não a ser negociado, não lhe sei dizer".
O que Danny Namaso oferece à equipa: "O cunha na equipa vê-se de muitas maneiras diferentes, depende do rendimento da equipa, hoje dizem que se vê, mas se não correr bem diz-se que está desadequado e o Danny não devia jogar, isto faz parte do dia-a-dia. O Danny tem feito por merecer, tem conquistado e sido sério no trabalho, não gosto de castrar os jogadores e tirar-lhes criatividade, ele tem isso. Nos avançados olhamos para o genial, o drible, o golo, a assistência, eu olho para outras coisas e não apenas isso. Os homens da frente têm que estar seriamente comprometidos no momento em que a equipa não tem a bola, o Danny tem-no feito na perfeição e acrescenta com bola também, isso é transversal em todas as equipas. Na quarta-feira, na Supertaça Europeia, se vermos o segundo golo do Real Madrid e percebemos a ação do Rodrygo, internacional brasileiro, na génese do golo a recuperar a bola. Digo sempre que o onze do último fim de semana, mesmo em caso de vitória, não tem de ser o mesmo do seguinte, há três variáveis que interferem nas decisões finais: o jogo passado, rendimento da semana e dimensão estratégica. O Danny tem feito um grande trabalho que considero de grande compromisso".
Toni Martínez substituto de Evanilson: "São todos soluções internas, o que me agrada mais é ver como atacam o treino. É normal que haja alguma desilusão, alguns têm de ficar de fora, mas depois a forma como respondem no campo de treino é revelador do carácter de cada um deles. E o Toni mesmo desiludido, que é normal, o sinal que me deu no primeiro treino da semana deu-me a entender de com quem posso contar. Vi no jornal a semana passada que o Marko (Grujic) tinha perdido o comboio por causa de um erro no jogo com o Sporting, uma notícia desprovida de sentido, aqui ninguém crucifica por erros. Estigmatizar alguém por um erro seria quase desumanizar uma pessoa, o erro faz parte da condição humana e eu olho muito para isso e como reagem perante o erro. O Toni não tem sido utilizado, mas está à porta de jogar".
Clima durante o jogo: "A única forma de entrar na preparação para o jogo era pedir para estar 30º também no Porto, isso não controlamos. Temos que ir a jogo independentemente das condições e adaptar ao que o jogo está a pedir. O ano passado tivemos um jogo em condições miseráveis nos quartos de final da Taça de Portugal e aí os intervenientes têm obrigação de perceber como o jogo está a ser desenrolado e garantir a integridade física dos jogadores. Até aí, enquanto o jogo estiver a andar, lá estaremos para dar o corpo".
Quantos reforços quer no plantel: "Em termos numéricos, o presidente sabe qual é a minha expectativa. Não gosto de ter plantéis muito alargados porque a comunhão com a equipa B funciona nesse sentido, a relação tem sido total, o João Brandão (treinador da equipa B) tem sido inexcedível quanto à partilha das necessidades dele. O que entendemos é que os miúdos precisam desse espaço para competir e pode crescer. Em relação a reforços, vamos ver... Sinceramente acho que temos aqui dentro muitas soluções, olhamos muito para fora e há sempre um risco inerente à volatilidade do mercado. Nós entendemos porque temos alguns sinalizados, no caso de acontecer o que está a acontecer agora, depois é uma questão de engenharia financeira, ver até onde podemos ir, garantindo a defesa total dos interesses do clube, numa partilha que tem havido diariamente entre administração e equipa técnica".
