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Vítor Bruno dispara contra "notícias difamatórias" e garante: "Nunca traí Sérgio Conceição"

André Guerra e Hugo Filipe Martins c/LUSA
Atualizado
Vítor Bruno reage às críticas
Vítor Bruno reage às críticasInstagram/Vítor Bruno
O atual treinador-adjunto do FC Porto, Vítor Bruno, que tem vindo a ser apontado à sucessão no comando técnico veio rejeitar a existência dessa proposta e defender-se do que considera ser "notícias difamatórias e caluniosas", referindo que apenas foi contactado por um clube fora de Portugal.

Estas declarações surgem depois de um conjunto de declarações de elementos da equipa técnica da qual fazia parte, que levaram a direção de André Villas-Boas a iniciar processos disciplinares.

Esta sexta-feira foi quente em todo o país, mas atingiu temperaturas recorde no FC Porto. No mesmo dia em que o clube anunciou o cessar do protocolo com os Super Dragões, três adjuntos de Sérgio Conceição, Eduardo Oliveira, Diamantino Figueiredo e Sirama Dembélé, vieram a público defender o treinador portista. Agora, os mesmos foram colocados sob alçada disciplinar pela SAD depois das palavras a órgãos de comunicação social.

No final do dia, foi a vez do visado Vítor Bruno responder. Segundo o técnico, está a ser alvo de “uma campanha orquestrada” com o objetivo de o “difamar e caluniar”, uma reação que surge depois de vários adjuntos terem saído em defesa de Sérgio Conceição na imprensa, que dá conta de uma alegada traição de Vítor Bruno a Conceição.

Vítor Bruno confirma, no mesmo texto, que foi sondado para trabalhar como treinador principal e que comunicou este desejo a Sérgio Conceição, que compreendeu as suas razões, estando agora a avaliar “as várias possibilidades” de trabalho para a nova época.

Leia abaixo o comunicado de Vítor Bruno na íntegra:

"Enquanto treinador-adjunto da equipa técnica em funções junto da equipa de futebol sénior A do Futebol Clube do Porto, em face das múltiplas notícias difamatórias e caluniosas agora veiculadas em diversos meios de comunicação social – sobre uma pretensa 'traição’ ao técnico principal, Sérgio Conceição –, venho esclarecer o seguinte: 

Cumpre afirmar, desde já e para que não restem quaisquer dúvidas, que nunca traí (‘apunhalei’ pelas costas, como de modo ardiloso se pretende inculcar) ou, por qualquer modo, fui desleal com o treinador principal Sérgio Conceição, com quem usei sempre da maior lisura, transparência e honestidade, impondo-se agora clarificar a verdade dos factos.

Fui sondado – poucos dias antes da final da Taça de Portugal, disputada no dia 26 de Maio no Jamor – sobre a possibilidade de treinar, a título principal, uma equipa num campeonato fora de Portugal, ao que a minha resposta foi peremptória, no sentido de haver abertura para discutir essa possibilidade – existindo o compromisso de conversar com o treinador principal Sérgio Conceição a esse respeito –; porém (e como, no meu modesto entendimento, se impõe), tal só aconteceria depois de terminada a época desportiva.

O que efectivamente aconteceu – de facto, tal assunto foi conversado de forma elevada, calma e civilizada entre mim e o treinador principal Sérgio Conceição, no início desta semana.

Compreendendo este perfeitamente as razões por mim avançadas para o assumir de uma equipa a título principal, o mesmo aceitou a minha decisão – e desejou-me, a final, os maiores sucessos. Em função disso, encontro-me a avaliar correntemente as várias possibilidades quanto ao meu futuro profissional – relativamente ao qual reservo a minha liberdade de escolha, cabendo a mim em exclusivo a decisão sobre o mesmo.

A verdade é, apenas e só, esta. Sendo que, toda a demais narrativa que terceiros mal-intencionados estarão a tentar construir e inculcar é eivada de absoluta má fé e totalmente falsa. Não passando de uma campanha orquestrada com o único e declarado propósito de me difamar, de me caluniar, procurando por todos os meios (e com recurso a uma multiplicidade de intervenientes) assassinar o meu carácter, a minha reputação e o meu bom-nome, o qual vem sendo construído há quase duas décadas no mundo do futebol, granjeando – passe a imodéstia – o respeito, consideração e amizade de todos com que tenho travado conhecimento, tendo pautado a minha vida e o exercício das minhas funções com o maior rigor, lealdade, dedicação e profissionalismo, empregando todo o meu saber e conhecimentos técnicos no desempenho da minha actividade e norteando a minha conduta – quer pessoal, quer profissional – pelos elevados princípios e valores que me foram incutidos.

Mercê das ofensas e calúnias totalmente imerecidas de que tenho sido alvo e vítima, sinto-me profundamente injustiçado, vendo a minha família perturbada e em sofrimento diário e permanente, quando sei que nada fiz de errado ou que possa justificar a campanha maquinada contra mim – urgindo, como tal, manifestar o meu frontal repúdio pelas ‘notícias’ que vieram agora a público e às quais nesta sede se responde (isto, sem prejuízo de, a seu tempo e caso assim o considere necessário e pertinente à defesa da minha honra, reagir às mesmas em sede judicial).

Por último – e aproveitando a oportunidade –, sublinho que nenhuma das ‘notícias’ surgidas nos últimos dias, alegadamente citando pessoas das minhas relações (as denominadas ‘fontes próximas’), apresentam qualquer fundo de verdade: não fiquei minimamente melindrado (pretensamente, teria considerado esse facto como uma ‘traição’, o que não corresponde, de todo, à realidade) com a circunstância de o treinador principal Sérgio Conceição haver renovado contrato com o Futebol Clube do Porto, ao invés da restante equipa técnica (sendo o mesmo, como é óbvio, livre de o fazer).

Em momento algum, tal circunstância teve alguma relação com a minha decisão de seguir um caminho distinto da aludida equipa técnica – nada tendo eu que ver com o ‘lançamento’ de tais notícias, as quais são absolutamente destituídas de sentido ou fundamento".