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Vítor Bruno explica gestão de grupo, elogia Vitória SC e jovens: "Vai ser uma referência"

Vítor Bruno
Vítor BrunoLUSA
Leia abaixo as declarações do treinador do FC Porto, Vítor Bruno, na antevisão ao encontro com o Vitória SC, agendado para sábado, em Guimarães, da sexta jornada da Liga Portugal.

Acompanhe aqui as incidências do encontro

Mensagem de apoio: "Menção honrosa a todos os que têm feito uma luta titânica contra os fogos que assolaram o centro e norte do país, GNR, bombeiros, civis e uma palavra de força e coragem para as famílias que lutaram a vida toda por aquilo que têm. Por último, não sei se o grupo me vai levar a mal, mas não posso deixar de o fazer, mas percebi que o dever cívico está bem fomentado neles. Num curto espaço de tempo puseram em marcha um plano para poder ajudar da forma que podiam e isso deixa-me muito orgulho e com uma ponta de vaidade".

Análise: "O Vitória SC tem o melhor arranque do milénio, com uma dinânimica que é visível a todos, apenas dois golos sofridos o que revela a excelência da sua organização defensiva. Vai jogar em casa perante os seus adeptos, vem de uma vitória com impacto diferente no campeonato, passei por ali e sei o que significa ganhar em Braga. Temos que ser nós, disciplinados, organizados, ambiciosos, correr muito e tentar ser o mais fiéis possíveis. Em determinados momentos podemos ter que adaptar e tomar boas decisões perante um adversário difícil".

Mexidas na defesa do Vitória SC: "Todos os pormenores têm significado, a linha defensiva obdece a uma série de regras, quanto mais afinados estiverem, melhor. Uma voz de comando faz a diferença, não sei se vão alterar ou não, o Mikel Villanueva está em dúvida, vamos ver. O Tomás Ribeiro está bem, vem motivado depois do golo em Braga, cabe-nos interpretar da melhor forma o que podemos explorar. Da nossa parte, a nossa linha defensiva tenho total conforto de jogar com qualquer um deles, têm dado boas respostas em jogo e em treino".

Samu titular: "O Rui Borges está à espera de possíveis alterações e que sabe o que oferece o Danny (Namaso) ou o Samu (Omorodion), mas não esqueçamos que há um Fran (Navarro) e um Deniz (Gul). Eu percebo a curiosidade, o Samu agitou os últimos 30 minutos do último jogo. Quanto ao Danny Namaso, temos carácter quase obsessivo de olhar para métricas e números e crucificamos avançados que não fazem golos, mas enquanto me garantir rendimento enquanto aos comportamentos que lhe pedimos, terá sempre vida. Seja o Danny, o Fran, o Samu ou o Deniz".

O que Samu dá ao jogo: "O Samu fez Jogos Olímpicos, nem sempre foi titular, regressou ao clube, teve pausa por estar no torneio, foi para o Atlético de Madrid, nem sempre foi utilizado em treino, veio para o FC Porto, esteve meia dúzia de dias connosco, foi para a seleção e fez 60 minutos nos dois jogos o que foi muito bom para ele a nível físico, mas ao mesmo tempo ficou provado do contacto com o grupo e desconectou do nosso estilo. Aos poucos está a misturar-se com o trabalho do avançado no nosso modelo de jogo, tem características diferentes que nos pedem coisas dele. Depende do rendimento dele, da semana, do que o adversário pede, perceber momento do jogador... Qualquer um dos quatro avançados e sem reserva nenhuma dá-me muitas garantias. Depois é preciso casar com as outras coisas que queremos casar com o nosso avançado". 

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Ouça o relato no site ou na appFlashscore

Um grande FC Porto em Guimarães: "Terá que ser sempre, não só perante um Vitória SC que é forte do ponto de vista individual e que coletivamente está muito bem trabalhado. Vamos ter dificuldades, isso é inegável, são 100% vitoriosos a jogar em casa esta época. Temos que ser nós próprios, não quero olhar para o contexto em sim, tenho que inspirar os que me rodeiam e fazê-los perseguir um estado de insatisfação permanente. Que queiram sempre ganhar, que isso seja viciante e esteja nas entrenhas de cada jogador e quem trabalha pelo FC Porto. São os jogadores que vão a jogo, eles é que tomam decisões e por vezes é o plano individual, um detalhe, que resolve o jogo. A beleza do futebol é essa, no fim de semana passado criamos 12 ou 13 oportunidades de golo, o futebol é o único desporto em que o uma equipa pode ter supremacia sobre a outra e não ganhar o jogo. Temos que deixar muita energia em campo, esperar que os adeptos nos acompanhem e nos dêem boleia para uma vitória".

Incêndios condicionaram o treino: "Condicionou a abordagem do treino, o número de pausas para hidratar, limpar as vias respiratórias. Não estava um ar irrespirável, mas que se notava que criava dificuldades com o tempo".

Gestão de grupo: "Eles sabem, eu não falo com eles da boca para fora. Sou claro na comunicação com eles, com total autenticidade e congruente nas decisões. Eles sabem que todos vão ser importantes e vão ser mesmo, não é paleio para a praia, é com verdade e isso vai acontecer. Entramos num ciclo infernal de jogos, obviamente depois há pausa para seleções, mas todos vão ser importantes nos jogos. Podemos preparar planos alternativos, olhar para o adversário, aproveitar o pouco tempo que temos com os jogadores".

Pepê no apoio ao avançado: "Isso obdece ao plano estratégico para cada jogo, o Pepê apareceu duas vezes na cara do golo vindo daquele espaço, contra o Rio Ave derivou de fora para dentro da esquerda, com o Farense jogou atrás do Danny, são nuances. Não nos lembramos pontualmente, isto faz parte de uma série de regras sobre o que queremos para aquele tipo de jogo. O Pepê pode jogar em qualquer lado a médio ofensivo, pode jogar a lateral, apesar de não ficar tão satisfeito - ao contrário do Galeno -, mas é uma possibilidade e já o fez no passado com competência. A vantagem de ter um plantel diversificado é fazê-los flutuar em determinadas posições e dificultar a antecipação do adversário".

Rodrigo Mora como opção: "O Mora terá espaço para fazer o crescimento dele, tem estado bem na equipa B, não é só pelo golo que fez em Penafiel. Não é só por isso, é pela forma como se entrega aos jogos, às ideias e como respeita o que lhe é pedido, já falamos sobre ele várias vezes. Tem muito talento, masnão importa meter muito peso em cima dele, terá de fazer o seu trajeto e agora tem uma ajuda muito importante na equipa B com o Castro. É uma voz de comando, auxílio e condução dos meninos. Quando tiver de ser lançado, será lançado e já esteve mais longe de acontecer. Há espaço para todos".

Fábio Vieira: "Também está num momento em que brevemente voltará, é alguém que pode pisar aquele espaço (atrás do avançado)".

Djaló e Deniz Gul na ficha de jogo: "Não vos posso dizer porque ainda não lhes comuniquei e não seria correto da minha parte dizer em público".

Integração de Deniz Gul passa pela equipa B?: "É uma questão que já foi ponderada, pondo os pratos na balança, achamos que é mais benéfico ficar mais tempo integrado no grupo, até para começar a saber o nome dos colegas da forma correta. Esse é um momento importante para ele, vem de um contexto diferente, a cultura nórdica é bem diferente da portuguesa. Precisa desse espaço, vai tê-lo, vai ter minutos naturalmente, se é amanhã ou mais para a frente fica no ar".

Preparação concreta para Otávio após erro no último jogo: "Em relação ao ambiente estão habituados a grande grau de exigência, seja em Portugal, seja lá fora. A vantagem de treinar um clube como o FC Porto é que os objetivos são imutáveis no tempo: estejamos com 10 pontos de avanço, 3 atrás, com crise financeira ou desafogo, a necessidade é sempre a mesma: ganhar. Quanto ao Otávio, como qualquer jovem, está a dar passos naturais de crescimento, compete com quatro jogadores de grande valia: o Zé Pedro, o Nehuén, o Tiago Djaló e o Gabriel Brás. É uma questão de opção, temos dois psicólogos no Olival para esse tipo de cuidados e confiamos muito em quem trabalho no clube. Todos os centrais me dão garantias, até o Gabi que tem ido à equipa B. Não tenho dúvida que será uma referência do FC Porto em pouco tempo".