Vítor Bruno: "Teremos de dar passos em frente, a vitória tem obrigatoriamente de acontecer"
Farense: "Equipas ameaçadas pelo pouco número de pontos são sempre imprevisíveis. Já estive daquele lado e sei que muitas vezes agarram-se a tudo, unem-se e vão buscar muitas convicções. Teremos de saber a melhor forma de atacar o Farense. Teremos de estar muito ligados ao que somos, e ao que somos enquanto construção de jogo. Teremos de atacar o jogo de frente."
Horário do jogo: "O horário do jogo parece-me muito apelativo. Recordo-me dos meus tempos de infância e de acompanhar a Académica, indo pela mão de quem me levava. O estádio estava cheio... Aqui é um contexto diferente. Acho que o futebol deve ser um meio unificador e catalisador de um sentimento familiar forte. A vitória tem obrigatoriamente de acontecer".
Reação à derrota com Sporting: "Após uma derrota, a nossa vontade é atacar o próximo jogo de forma imediata. Nós implementamos uma regra aqui dentro: não entramos em agonia por mais de 24 horas. Acredito muito na energia e sinergias criadas. Só através dessa energia. As primeiras 24 horas foram duras, foram agonizantes, isso não se perdeu, está sempre cá guardado, nós não esquecemos. Mas estamos totalmente vinculados ao trabalho diário. A agonia pelo resultado de Alvalade durou 24 horas, depois fizemos mira ao trabalho para preparar o Farense, como alvo o que é o nosso jogar. Essa foi a grande preocupação".
Regresso dos internacionais: "É o que é. É um fator incontrolável. Vai ser alvo de debate, tenho a certeza absoluta. Estamos a falar de um ano suis generis. Com Mundial de clubes, seleções... Jogadores que consigam casar seleção e Mundial de clubes podem chegar aos 100 jogos numa época, que me parece absurdo, sem qualquer sentido e desprovido de qualquer nexo lógico."
Espaço aos reforços: "Não nego que quem ficou cá estas duas semanas connosco estará claramente mais preparado para dar uma resposta amanhã, do que quem esteve fora. É olhar para o momento. Alguns jogadores do passado que quando vão às seleções regressam e recuperam rapidamente. Outros, tudo é novidade e tem de fazer o percurso para se ligar à equipa. As decisões estão praticamente tomadas. Não as vou dizer aqui".
Fábio Vieira: "Preocupante não será, envolverá alguns dias, não muitos. Está a ser reavaliado diariamente e tem dado uma resposta fantástica e está super comprometido com a equipa. Ele tem aquele traço de genialidade que vocês conhecem. Também é genial no teto dele, na forma de funcionar, está a adaptar-se muito bem, traz uma energia boa. Vai regressar dentro em breve. São 10, oito ou 15 dias. Vamos ver. Espero que seja o mais rapidamente possível".
Situação de Galeno: "O Galeno tem sido um profissional de excelência, muitas vezes adaptado a um lugar que não é o dele e sempre com uma resposta e uma aceitação brutal para alguém que está habituado a ter golos e assistências. Podia ficar preso a esse preconceito de jogar numa posição que não é a dele. Nunca aconteceu. Não vou negar que tem algum impacto. Estamos a falar de uma questão financeira que qualquer jogador procura e do bem-estar familiar. Eventualmente, no dia a seguir cabisbaixo um pouco, sim, mas sempre com a noção que representa um grande clube. Foi o próprio que o frisou perante o grupo e perante mim. Fez-lhe bem ficar aqui estas duas semanas. Com algum egoísmo da minha parte, ainda bem que não foi à seleção. Foi bom estar connosco. Permitiu-lhe dar passos em frente na construção de um casamento. Vai lhe dar estabilidade. O Galeno é muito fiel aos valores de conduta, de lealdade, de rigor. Zero problemas com o Galeno. Muito satisfeitos com ele e com aquilo que nos pode dar".
Críticas do jogo com o Sporting: "Estou preso ao que os jogadores me dão diariamente. Faço o meu trabalho e sempre a defender a questão desportiva do clube. É inerente à minha função aqui. Se é com gente de fora, ou gente com 20 anos aqui, são aqueles que estão mais habilitados a dar resposta. Eu não consigo controlar o que vai na cabeça das outras pessoas. É impossível. É bom que haja espaço para a análise e críticas saudáveis, que não entrem por caminhos que não são os melhores. Não tenho problema nenhum com isso. Depende do que os jogadores me dão. Sou muito fiel ao trabalho e muito pouco tolerante à falta de compromisso, e graças a Deus isso não tem havido. Os jogadores têm sido de uma seriedade brutal e quando assim é da minha parte têm tudo".
Juventude do plantel: "A exigência é boa, gosto de gente exigente e apaixonada como são os adeptos. Gosto que os jogadores se comprometam com o jogo e treino. A idade, religião e cor tem pouco valor. Terão de fazer pela vida para lutar pelos lugares. Cabe-me a mim decidir."
100 dias como treinador do FC Porto: "São 100 dias enquanto treinador, mas como treinador principal são cinco e do outro lado está alguém que tem quase 500. Experiência acumulada, capital de experiência, com muitas vivências, o míster José Mota está claramente à minha frente. Não direi a nível de ambição. Queremos muito a ganhar. Numa casa como esta, os objetivos são imutáveis no tempo: ganhar, ganhar, ganhar."