Cinco mulheres ícones no mundo corporativo que estão a mudar a história do desporto

Com destreza, personalidade, profissionalismo e sucesso, aglutinam nas trajetórias a luta pela igualdade de género, quebrando barreiras e estabelecendo a influência da mulher em ambientes considerados misóginos e machistas. 

A caminhada é longa, mas elas são, de fato, ícones e inspiram outras que virão. 

Confira abaixo:

Jeanie Buss 

Herdeira de Jerry Buss, o excêntrico e falecido proprietário do Lakers, Jeanie é a presidente da franquia desde a temporada 2013/2014. De acordo com o site especializado em finanças desportivas Sportico, o Los Angeles Lakers é a quarta equipa mais valiosa do mundo, com um valor de mercado estimado em 7,34 mil milhões de dólares. 

Jeanie Buss tornou-se a primeira mulher dona de franquia a vencer um título da NBA desde que a liga norte-americana foi fundada, em 1949. 

Leila Pereira 

Primeira mulher presidente da história do Palmeiras, Leila Pereira vive uma era de títulos à frente do clube paulista. No ano passado, a conquista do bicampeonato brasileiro representou o sexto título na gestão do Verdão. 

Foram dois Campeonatos Paulistas (2022 e 2023), uma Supertaça Sul-Americana (2022), uma Supertaça do Brasil (2023) e dois Campeonatos Brasileiros (2022 e 2023).

Mesmo com as taças empilhadas e notórios avanços administrativos, especialmente na gestão mais austera do futebol, Leila sofre com as críticas dos adeptos, que prostestam uma e outra vez por investimentos maiores no futebol.

Mas a "cartola" segue firme e forte, também utilizando a ironia para aplacar a relação de amor-ódio com setores palmeirenses, como as claques organizadas. 

Recentemente, Leila decidiu inovar numa conferência de imprensa, falando apenas para jornalistas mulheres. 

Susan Whelan 

Desde 2010, a executiva irlandesa Susan Whelan ocupa o cargo de diretor-executiva do Leicester City. Chegou à equipa inglesa na gestão do ex-presidente Vichai Srivaddhanaprabha e viveu um momento dourado, sendo uma das principais obreiras na conquista do histórico título da Premier League na temporada 2015/2016. 

A missão de Whelan neste momento é recolocar o Leicester na elite do futebol inglês. Os Foxes lideram o Championship, a segunda divisão inglesa, e aproximam-se de carimbar o regresso. 

Mia Hamm 

Dona de uma carreira brilhante nos relvados, a antiga jogadora Mia Hamm, ícone do futebol feminino norte-americano, é uma das proprietárias do Los Angeles FC, da MLS. A equipa foi fundada há nove anos, mas já conquistou a o título da liga norte-americana em 2022 e voltou à final da competição na temporada passada. 

Em 2014, Mia Hamm, apontada como uma das mulheres mais influentes do mundo do futebol, assumiu ainda um cargo diretivo na Roma, clube da Serie A italiana. Como atleta, Mia conquistou dois títulos mundiais e dois ouros olímpicos. Foi eleita a melhor jogadora do mundo em 2001 e 2002. Aposentou-se em 2004, aos 32 anos.

Kim Pegula 

Mãe da tenista Jessica Pegula, Kim é dona dos Buffalo Bills, da NFL, e do Buffalo Sabres, da NHL. Nascida em Fairport, Nova York, a executiva frequentou o Houghton College e formou-se, em 1991, em comunicações.

Kim iniciou a carreira profissional na East Resources, em 1991, e esteve envolvida na empresa até à sua venda em 2010. Em 8 de outubro de 2014, Kim, juntamente com o marido Terry, realizou um sonho de longa data ao tornarem-se os segundos proprietários da história dos Buffalo Bills.

A equipa tem uma das mais apaixonadas massas adeptas da NFL e tem vindo a fazer grandes campanhas nas últimas temporadas, especialmente com o talento do quarterback Josh Allen. 

Menção honrosa - Sheila Ford Hamp e os Lions 

Sheila Ford tornou-se a dona dos Detroit Lions, da NFL, em 2020. Assumiu a presidência ao suceder à sua mãe, Martha Firestone Ford.

Na última temporada da liga norte-americana, Detroit viveu uma história de cinderela, voltando à pós-temporada pela primeira vez desde 2016. A equipa ainda venceu um jogo de playoff, quebrando uma sequência de 32 anos, até então a maior da história. 

Martha Firestone Ford, mãe de Sheila, estava ligada ao Lions desde que o seu marido, o falecido William Clay Ford Sr., comprou o clube, em 1963,  tendo assumido a franquia após a morte do mesmo, em 2014.