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Liga Moçambicana de Futebol pede inquérito a tumultos com gás lacrimogéneo

LUSA
Jogo entre o Textáfrica e o Black Bulls teve o caso mais grave
Jogo entre o Textáfrica e o Black Bulls teve o caso mais graveBlack Bulls
A Liga Moçambicana de Futebol pediu a abertura de um inquérito para avaliar o “grau de culpabilidade” da arbitragem em incidentes que culminaram com tumultos, com as autoridades a dispararem gás lacrimogéneo, em jogos do campeonato.

A Liga Moçambicana de Futebol (LMF) decidiu solicitar à Comissão Nacional de Árbitros de Futebol (CNAF) a abertura de um inquérito para aferir um eventual grau de culpabilidade das decisões das equipas de arbitragens nos jogos que possam ter despoletado reações negativas dos espetadores nos dois campos”, lê-se num comunicado da organização enviado hoje à Lusa.

Em causa estão tumultos ocorridos no sábado e domingo em campos das cidades de Pemba, no norte de Moçambique, e de Chimoio, no centro do país, envolvendo adeptos que alegavam má atuação da equipa de arbitragem, quando se jogava a 10.ª jornada do principal campeonato moçambicano de futebol.

O caso mais grave foi registado no jogo de domingo entre o Textáfrica e a Associação Black Bulls, realizado no campo da Soalpo, em Chimoio, na província central de Manica, em que os tumultos levaram a polícia a utilizar gás lacrimogéneo no campo, causando alguns feridos graves e ligeiros, além da danificação de diverso património.

A LMF manifestou-se solidária com as vítimas, em particular os “jornalistas desportivos atingidos pelo fumo expelido pelos disparos das granadas de gás lacrimogéneo”, pedindo também que a polícia use “meios dissuasores proporcionais à gravidade dos eventos”.

A Liga Moçambicana de Futebol exigiu também que “os delegados dos jogos em causa apresentem um relatório detalhado dos eventos e possíveis causas para ulteriores decisões fundadas nos regulamentos da LMF e da FMF (Federação Moçambicana de Futebol)”.

O Sindicato Nacional de Jornalistas em Manica lamentou os incidentes que afetaram os profissionais de comunicação, apelando a que as entidades envolvidas na organização dos eventos desportivos melhorem as condições de segurança.