A mais recente equipa a estampar uma empresa de apostas online na camisola é o Bournemouth, que anunciou um acordo de dois anos com a bj88 na terça-feira.
A exemplo de Espanha, Itália, Países Baixos e Bélgica – países que já proíbem a prática –, os clubes ingleses decidiram em abril de 2023 restringir a presença de casas de apostas nas camisolas dos clubes da Premier League, mas só a partir de agosto de 2026.
Na temporada passada, 8 dos 20 clubes da Premier League tinham este tipo de patrocínio. O número já aumentou para 11, e pode chegar a 12 caso o Chelsea – único clube que ainda não anunciou o patrocinador principal para 2024/2025 – vá pelo mesmo caminho.
No último ano, os adeptos do Chelsea conseguiu barrar o acordo do clube londrino com uma empresa de casino online.
Aston Villa, Bournemouth, Brentford, Crystal Palace, Everton, Fulham, Leicester, Nottingham Forest, Southampton, West Ham e Wolverhampton vão exibir a marca de uma empresa de jogos de azar na parte frontal das suas camisolas na temporada que começa no mês que vem.
Apenas um clube das principais divisões da Inglaterra baniu completamente as casas de apostas no seu estádio: o Luton.
Parte de uma associação anti-apostas no futebol, o Luton disse que perdeu cerca de 4 milhões de euros por negar acordos com empresas do setor e acabou despromovido para o Championship na última temporada.
Novo código de conduta
Na quarta-feira, a Premier League adotou um "código de conduta" para o patrocínio de casas de apostas no futebol inglês.
Segundo a liga, "o patrocínio de jogos de azar deve ser promovido e oferecido de forma socialmente responsável", com "mensagens educativas" incluídas em "todas as ações de marketing".
A Premier League também diz que passa a exigir que "a receita comercial obtida com o patrocínio de jogos de azar seja reinvestida em infraestruturas e programas que atendam aos adeptos e às comunidades".
Outro item do novo código é meio óbvio, mas explica que os patrocínios "não devem comprometer a integridade das competições".