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Altos e Baixos: Pepê com lição de desportivismo, Gyökeres imparável e Herrera sem desculpa

Bruno Henriques
Pepê este em destaque pelo exemplo que deu
Pepê este em destaque pelo exemplo que deuManuel Fernando Araújo/LUSA
Os adeptos do futebol voltaram a assistir a jogos dos campeonatos este fim de semana e houve muito para ver. Como é habitual, o Flashscore destaca os altos e baixos dos últimos dias. Quem foram eles desta vez?

Alto: Pepê 

A começar por um ponto positivo do fim-de-semana, devemos fazê-lo por um exemplo, daqueles que nos mostram que no futebol competitivo ainda há lugar para o desportivismo. Na 10.ª jornada da Liga Portugal, no duelo entre FC Porto e Estoril, Pepê discutiu uma bola com Pedro Amaral, com o defesa dos canarinhos a controlar o lance, mas a ficar agarrado à coxa. De repente, o internacional brasileiro viu-se com caminho aberto para a baliza de Joel Robles, mas parou ao aperceber-se do adversário em dificuldades físicas. “O meu pensamento foi parar o jogo, porque gostava que fizessem o mesmo comigo”, explicou no final da partida.

Pese embora o facto do FC Porto já estar em vantagem, era uma oportunidade para marcar o segundo golo e ficar mais tranquilo no jogo. Mas a boa ação de Pepê acabou por ser recompensada, involuntariamente. Cinco minutos depois, Boma, central do Estoril, quase que pareceu agradecer ao extremo dos azuis e brancos, quando lhe ofereceu o golo com um passe errado e desta vez, Pepê não hesitou. Fazer o bem compensou.

Baixo: Héctor Herrera

E de um exemplo de desportivismo vamos para o oposto, daquilo que nunca se deve fazer, num campo de futebol ou em qualquer situação da vida. Capitão dos Houston Dynamo, Héctor Herrera deixou a equipa reduzida a 10 aos 67 minutos, no decisivo segundo jogo da série dos play-offs com os Seattle Sounders.

O internacional mexicano de 34 anos viu o cartão vermelho direto depois de ter cuspido na direção do árbitro Armando Villarreal que minutos antes lhe tinha mostrado um amarelo. Herrera foi apanhado pelo VAR, deixou a equipa em desvantagem numérica, num jogo em que estava obrigada a vencer para não ir para casa.

O duelo chegou empatado ao fim dos 90 minutos (1-1) e nos penáltis, a equipa de Seattle voltou a impor-se, deixando os texanos sem hipóteses de vencer a MLS.

Alto: Viktor Gyökeres

Incerteza é a palavra que se pode associar ao Sporting neste momento. Os leões já sabem que vão ficar sem Rúben Amorim na próxima pausa internacional – vai seguir para o Manchester United – e no seu lugar deve ficar João Pereira, técnico que só trabalhou nos sub-23 e Bês do conjunto verde e branco.

Mas se há um aliado que o próximo treinador leonino vai ter é Viktor Gyökeres. Apontado como um dos mais descontentes com Rúben Amorim, o avançado sueco marcou um poker diante do Estrela da Amadora (5-1), em mais uma demonstração de força e qualidade.

São já 45 golos em 45 jogos pelos leões no ano civil de 2024. Números estratosféricos e que ajudam a acalmar alguns corações mais inquietos dos adeptos leoninos.

Baixo: Wolverhampton

Não há como dizer de outra maneira. Está a ser um desastre este início de época do Wolverhampton. Ao fim de 10 jornadas, a equipa de Gary O’Neil soma apenas três pontos, fruto de três empates na Premier League, o mais recente com o Crystal Palace, e está destacado no último lugar do campeonato.

É verdade que o calendário não foi gentil (Arsenal, Chelsea, Newcastle, Aston Villa, Liverpool e Manchester City nas primeiras oito rondas), o plantel foi delapidado em termos de talento – Pedro Neto e Max Killman deixaram o clube – mas parece existir matéria para fazer algo mais.

A classificação do Wolverhampton
A classificação do WolverhamptonFlashscore

O duelo com o Southampton, penúltimo classificado, promete ser decisivo, até porque a salvação já está a quatro pontos e, seguindo esta tendência, a distância só tende a aumentar.

Alto: José Mourinho

Turquia e José Mourinho já se sabia que seria uma combinação explosiva e não tem desiludido. Este fim-de-semana, o Fenerbahçe venceu o Trabzonspor por 3-2, com um golo apontado aos 90+12 minutos.

José Mourinho não escondeu a emoção em Trabzon após o tento de Sofyan Amrabat, mas, talvez fruto da falta de treino, o técnico português acabou por protagonizar um deslizar de joelhos algo cómico, em que ficou travado na relva e tombou para frente.

E no final ainda presentou os adeptos com mais uma entrevista rápida que promete ser icónica. Visivelmente incomodado com os dois penáltis concedidos ao Trabzonspor, José Mourinho não se coibiu de chamar ao VAR um “rapazinho” e “o invisível melhor homem em campo”. “Antes de vir para cá, disseram-me muitas coisas não acreditei, mas é ainda pior”, desabafou.

Se em termos de jogo jogado, José Mourinho parece já não atrair tantos adeptos, fora de campo ainda continua a ser um mestre na forma de captar atenções.

Baixo: LaLiga

O futebol não é tudo na vida. A tragédia que se abateu na região de Valência após a tempestade DANA deixou marcas profundas em Espanha, com as imagens dos sobreviventes a tentarem reconstruir uma vida que sucumbiu à força das águas e da lama.

Nesse momento o desporto passou para segundo plano para todos, ou quase todos. A decisão da LaLiga em não adiar a jornada das provas profissionais – os duelos das equipas na comunidade valenciana não se realizaram – mostra alguma falta de tato na forma como lidar com esta tragédia.

Por outro lado há que assinalar as contínuas expressões de solidariedade e doações realizadas pelos vários clubes, destinadas a ajudar as comunidades afetadas a reerguerem-se.

Os jogos que se realizaram na LaLiga
Os jogos que se realizaram na LaLigaFlashscore

Alto: Ajax

Equipa mais titulada dos Países Baixos (36 Eredivisies), tetracampeão europeu (venceu a Liga dos Campeões em quatro vezes) e única equipa fora das big 5 a atingir a meia-final da Champions na última década, o Ajax entrou num declínio inesperado após a saída de Erik ten Hag no verão de 2022.

Um terceiro lugar e um quinto posto não é aceitável para os de Amesterdão e levaram a mudanças consecutivas no banco técnico – Alfred Schreuder, John Heitinga, Maurice Steijn, John van’t Schip e Hewiges Maduro tiveram jogos como treinadores principais nestes dois anos – mas a escolha em Francesco Farioli parece ter sido acertada.

Antigo adjunto de Roberto de Zerbi, o italiano de 35 anos conseguiu trazer o Ajax de volta aos bons momentos. Bater o Feyenoord em Roterdão (0-2) e o campeão PSV em casa (3-2) na mesma semana é um feito digno de nota. O Ajax ainda está a cinco pontos do primeiro lugar (com um jogo a menos), mas pela primeira vez em muito tempo sente-se que é possível voltar a sentar-se no trono dos Países Baixos.

Os últimos resultados do Ajax
Os últimos resultados do AjaxFlashscore

Baixo: Sparta Praga

De Amesterdão para outra capital europeia: Praga. Também recordista de títulos – 14 – o Sparta atravessa uma crise numa temporada que até prometia ser de sucesso, com o regresso à Liga dos Campeões após 19 anos de ausência.

Quatro derrotas nos últimos cinco jogos, a mais recente diante do Baník Ostrava que há 10 anos não venciam os espartanos na capital da República Checa. Já a 10 pontos do líder e rival Slavia, o Sparta vai procurar reerguer-se na Liga dos Campeões contra uma das sensações na prova milionária: o Brest.

Não promete ser nada fácil para o atual bicampeão checo.

Os últimos resultados do Sparta Praga
Os últimos resultados do Sparta PragaFlashscore

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